A LIBERDADE... "Um beija-flor, que estava namorando uma cheirosa "alfazema" murmurou: O CIGARRO adverte: o governo é prejudicial à saúde".
Auto-Hemoterapia, Dr. Fleming e os antibióticos...
11º Artigo Extra (XI) A LIBERDADE de fumar... 24ª parte O artigo escrito pela jornalista Cynara Menezes merece várias reflexões. 1ª - Tanto o presidente Uruguaio, Mujica, como a sua esposa, a senadora Lucía Topolansky, confessaram ter pouco ou zero conhecimento sobre a maconha até assumirem o projeto pela legalização. "Nós dois, como temos certa idade (ela, 69, ele 78), éramos perfeitos ignorantes no assunto. Éramos. Agora não". (1) Hoje, Mujica deve ter 79 anos de idade e a senadora deve ter 70 anos. Historicamente, a grande maioria das pessoas nesta faixa etária, jamais fumaram maconha. Portanto a legalização da maconha deverá "beneficiar" a geração bem mais jovem. O "BENEFICIAR" é entre aspas mesmo. Já no caso dos cigarros convencionais (tabaco), devido à sua longa história de permissividade, não é infrequente encontrarmos pessoas nesta faixa etária, fazendo uso de cigarros, charutos, cachimbos, etc. O cigarro, por ser uma droga lícita, nos apresenta três principais protagonistas: O usuário (o fumante), o fabricante (o produtor) e o lucro (o dinheiro). E, diga-se de passagem, movimenta milhões de dólares. Já a maconha, por ser uma droga ilícita, nos apresenta quatro principais protagonistas: O usuário (o fumante), o fabricante (o produtor), o lucro (o dinheiro) e o traficante (que pensa no lucro, ou seja, no dinheiro). No caso dos traficantes, na maioria dos casos, eles também são usuários, e, para obter dinheiro de qualquer maneira, eles utilizam-se de expedientes os mais variados possíveis, inclusive o uso da violência. A "indústria" da maconha, também movimenta milhões de dólares. 2ª - "O Uruguai, minúsculo em população, pode funcionar como um 'país-laboratório' perfeito. O potencial impacto negativo para os países vizinhos, se vier a acontecer, deverá ter proporções muito pequenas", opina o psiquiatra Luís Fernando Tófoli, professor da Unicamp. "Ao se colocar em perspectiva o tamanho do passo dado na direção de poupar as vidas perdidas na guerra contra o tráfico, é um risco que vale a pena ser corrido". (1). O que ficamos sem saber, é se o psiquiatra em questão, é um cientista, ou é dono de uma Clínica Particular. Já o texto escrito pelo jornalista Wálter Fanganiello Maierovitch, também merece algumas reflexões. 1ª - Na página inicial de seu artigo, aparece a foto do Sr. Harry Anslinger, o precursor da "Guerra às Drogas" (segundo ele), e algumas curiosas mensagens: "A colheita do diabo"; "Uma boa menina até ela acender um cigarro de maconha"; "A verdade sobre a marijuana"; "O cigarro do inferno!". (1). 2ª - Mas, ao pesquisarmos a verdadeira história de Harry Anslinger, ficamos sabendo que ele não passava de um testa-de-ferro, de poderosas empresas, inclusive do mais poderoso jornalista americano do século passado, o Sr. William Randolph Hearst. (2). 3ª - Diz ainda o jornalista: Quando a Holanda rompeu com as convenções da ONU, baseou-se em parecer de uma comissão científica e estudos policiais... (1). Aqui, pela 1ª vez, aparece a palavra científica, o que é bom. Também aparece o vocábulo comissão, o que melhora o texto. E, finalmente, aparece a expressão parecer, o que torna o artigo ainda melhor. Embora me posicione na condição de um modesto pesquisador, no entanto, coloco-me na situação de um exigente leitor. E é nesta condição de leitor, que eu solicito obsequiosamente à revista Carta Capital, a relação da comissão científica e sobretudo o conteúdo do "bendito" parecer. Caso contrário, fica o dito pelo não dito. 4ª - Na Califórnia, as autoridades apontam a venda da marijuana como tábua de salvação para os vazios cofres públicos... (1). Ah! O negócio então é dinheiro, na forma de impostos, tarifas, etc. Dinheiro por dinheiro, basta o que já gastamos com os cigarros convencionais, embrulhados numa tonelada de impostos! A nossa preocupação principal é saber se o uso da maconha tem realmente alguma ação medicinal, se é uma substância lúcido-recreativa, ou se é uma substância perigosamente nociva à saúde. Relembrando um pouco a história do "misterioso" Harry Anslinger: "A Conferência da Maconha foi realizada em 5 de dezembro de 1938, onde Anslinger convocou o departamento de tesouro americano assim como médicos renomados do país. (2). O que será que renomados médicos americanos teriam opinado sobre a maconha, no distante ano de 1938, quando, naquela época, era corriqueiro o uso de cigarros e charutos, contando inclusive com o apoio da maioria da imprensa, e da crescente e glamourosa indústria cinematográfica? Sobre a indústria de papel, a indústria madeireira e a indústria têxtil, certamente, eles (os médicos) não foram opinar coisíssima nenhuma. Opinar sobre a maconha em 1938? - Quantos e quais os médicos participaram daquela referida Conferência? Cinquenta? Cem? Vamos dar mais asas à imaginação! Quais as especialidades deles? Cirurgiões? Anestesistas? Tisiologistas? Cardiologistas? Clínicos Gerais? Sanitaristas? Os tisiologistas, - especialistas em tuberculose -, por exemplo, certamente, estavam mais preocupados em tratar os tuberculosos e cuidar dos sanatórios. Sejamos sinceros: sobre o longevo tabagismo, na época, provavelmente eles não sabiam quase nada! Sendo assim, sobre a maconha eles não sabiam absolutamente nada! Refiro-me aqui aos conhecimentos científicos! O que eles opinaram na época? Ora bolas! Endeusaram o tabaco e infernizaram a maconha. Mesmo sem ter praticamente nenhum embasamento científico sobre o primeiro produto (o tabaco), e muito menos sobre o segundo produto (a maconha). Para termos uma forte idéia da força do tabagismo na época, basta citarmos, no campo político, três grandes estadistas: Getúlio Vargas (1882-1954), Winston Churchill (1874-1965) e Frankin Roosevelt (1882-1945), usavam e abusavam do tabaco, (no caso, charutos). Há quem afirme, que o presidente norte-americano, também fizesse uso de cigarros. O 'slogan' "A LIBERDADE de fumar...", relembra: No passado, o tabaco era endeusado, enquanto a maconha era satanizada. No presente, o tabaco é satanizado enquanto a maconha está sendo endeusada. Mais uma vez, recorremos à um breve silogismo. Premissa maior: O presidente Mujica, ex-guerrilheiro, legalizou a maconha no Uruguai. Premissa menor: A presidente Dilma, é ex-guerrilheira. Conclusão: A maconha será legalizada no Brasil. Mesmo sem consistentes estudos científicos. Já de olho na minha "gorda" aposentadoria, e, sabendo que é falta de educação jogar pontas de cigarros nas ruas, antecipando-me à legalização da maconha no Brasil, é que venho solicitar encarecidamente ao atual Ministro da Indústria e Comércio, que seja patenteada uma das minhas fumegantes idéias: solicitamos que seja patenteada em meu nome, uma fábrica para a produção de cinzeiros, exclusivamente para os maconheiros. Assim a "democracia da maconha" fica completa, e eu encho o meu bolso de dinheiro, legitimamente. A maioria das pessoas que estão escrevendo sobre a maconha (inclusive renomados médicos), do ponto de vista puramente científico, não sabem quase nada sobre o assunto. Depois de 76 anos (2014 - 1938 = 76), devemos realizar outra Conferência da Maconha? Pra quê? Já não existem as famosas "Marchas da Maconha", com ampla cobertura da imprensa? O negócio é o seguinte: vamos botar o nosso bloco nas ruas, ou seja, a "Marcha do Tabaco", a "Marcha dos Tabaqueiros" ou a "Marcha dos Tabacudos". Por hoje chega de tanta "Tabaquice". A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e, a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua. Se Deus nos permitir voltaremos outro dia. Boa leitura e bom dia. Aracaju, 22 de dezembro de 2014. Jorge Martins Cardoso - Médico - CREMESE - 573. Fontes: (1) - Revista Carta Capital - Ano XIX - nº 779 - 18 de dezembro de 2013 - capa e páginas 24 à 29. (2) - Dra. Wikipédia.
jorge martins
Enviado por jorge martins em 09/07/2015
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