Jorge Martins Cardoso

 

Um eterno aprendiz



Textos

A LIBERDADE do CONHECIMENTO e o CONHECIMENTO da LIBERDADE... "Oh, dona CAFEÍNA! Antes ti que a heroína! Um CIGARRO e a lucidez às vezes é uma boa PROTEÍNA!" (Edson Gil).






      (15) – CHICO VASCONCELLOS.


De retorno à Bahia o publicitário Chico Vasconcelos.
      

Jornal Grande Bahia | Carlos Augusto | Publicado em 16/06/2007.

  O jornalista e empresário Chico Vasconcellos ao falar sobre a empresa de marketing político Estação Palavra, que acaba de implantar a sua sede em Salvador, ele a define como uma paulista/baiana que tem como objetivo integrar a criatividade do baiano e a seriedade do paulista. A Estação Palavra investe na multiplicidade e no estímulo às adversidades: o marketing político e os projetos editoriais.
Perfil.
      A Estação Palavra começou a sua viagem em São Paulo em 1977, mas segundo Vasconcellos, os seus trilhos começaram a ser construídos em 1978 na redação do Jornal da Bahia. Depois de participar de importantes campanhas como de Mário Kertész e Waldir Pires, ele se associou a Emiliano José para criar a Editexto – Projetos Editoriais. A Editexto, além de ter realizado várias campanhas políticas na Bahia, assessorou a empresa e marketing do governo de Cuba durante a conferência Ibero-Americana e elaborou projeto de coordenação do núcleo de eventos da campanha Quércia/presidente em 1994.
      Em 1996, ao lado de Sérgio de Souza e João Novo, Vasconcellos fundou a Editora Casa Amarela, período em que elaborou o que ele considera o mais importante projeto jornalístico de sua vida: o lançamento da revista Caros Amigos. Publicação combativa e provocativa. Após oito edições, ele deixa a Editora Casa Amarela para fundar a Estação Palavra.
      Após atuar por uma década em São Paulo a sede da Estação Palavra e Objectiva Comunicações foi transferida para Salvador, situada na Rua Cel. Almerindo Rehem, 82 – Edf.: Bahia Executive Center, 13º andar – Caminho das Árvores. A empresa publicitária atua com um quadro de 32 profissionais de alto nível, além de mais quatro que são integrados à Objectiva Comunicações.    
      Mesmo diante dessa nova e audaciosa investida empresarial, Vasconcellos garante que o escritório de São Paulo continua em atividade tendo como ponto de apoio o maior parque gráfico e centro econômico do País.



    .















(16) – JOÃO NORO.


      Telejornal exibido aos domingos, às 8h, com 60 minutos de duração. Apresenta reportagens e prestação de serviços voltados para o homem do campo.

      
      CURIOSIDADES.
      

      Período: 06/01/1980 - NO AR (edição de domingo); 09/10/2000 até 28/11/2014– NO AR (edição diária);
      
      A partir de 28/11/2014 - Horário: Edição aos domingos: 8h, com 60 minutos de duração.
    
      O sucesso do programa levou o apresentador Carlos Nascimento a ser constantemente reconhecido como “o homem do Globo Rural” na rua, em viagens de avião e nos lugares e situações mais improváveis. Em 1981, durante a cobertura de uma visita do presidente João Figueiredo ao Peru, o jornalista foi abordado pelo então ministro chefe da Casa Militar, general Danilo Venturini. Não era comum que os militares dispensassem muita atenção à imprensa nesse tipo de situação. Os outros repórteres presentes, ignorados friamente pelo militar, ficaram pasmos. O próprio apresentador ficou surpreso quando soube que o general, que tinha um sítio no Brasil, queria lhe falar de sua admiração pelo Globo Rural.
      A partir de outubro de 1985, a Editora Globo levou às bancas a revista Globo Rural, uma tradução para a mídia impressa da linguagem do programa de televisão. O projeto era coordenado pelo jornalista João Noro, que também dividia a chefia de redação com Humberto Pereira. O editor-chefe era José Hamilton Ribeiro. Como o programa, a revista apresentava matérias sobre o homem do campo, informações sobre o mercado, indicadores econômicos e espaço para a opinião do leitor.  
      Entre os colaboradores da revista estavam os jornalistas Luiz Carlos Cardoso, Sérgio de Souza e Sérgio Figueiró da Silva, além do poeta e escritor Carlos Drummond de Andrade. O engenheiro agrônomo João da Costa e o médico veterinário Luiz Pustiglione, que trabalhavam como consultores do Globo Rural, prestavam o mesmo serviço à publicação.











(17) - Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

      Foi por duas vezes seguidas (dois mandatos consecutivos) eleito Presidente da República Federativa do Brasil. E, diga-se de passagem, contando com o apoio do meu voto pessoal, com o voto de muitos familiares meus e com o voto de muitos amigos meus. Para completar ainda votei na PRESIDENTA Dilma (1ª eleição). Entre outros fatores, principalmente por causa de um abutre sergipano ligado ao PT, meu desejo hoje é tocar fogo no PT. O ex-presidente Lula volta à condição de “sapo barbudo”, a PRESIDENTA Dilma volta à condição de “ex-guerrilheira”, e o abutre sergipano (do PT) haverá de enfrentar “O CONDE de MONTE CRISTO”. Quem viver verá! A sigla PT, hoje, para mim, e para outros milhões de brasileiros significa: PARTIDO dos TRAMBIQUEIROS.











(18) – Fernando Henrique Cardoso (PSDB).


      Mais conhecido como o “Príncipe dos Sociólogos”, foi eleito por duas vezes consecutivas Presidente do Brasil. Nunca votei neste senhor para presidente, e nem para qualquer outro cargo eletivo. O PSDB, entretanto, deve continuar a existir, com FHC ou sem FHC, para ajudar a tocar fogo no PT.










(19) – Cleo e Daniel.



SEGUNDA-FEIRA, JUNHO 26, 2006.



Cléo e Daniel.


      


      Um PSICANALISTA em crise é o tipo de ponto de partida que ninguém quer ver na vida real, mas que na ficção colocou “Cléo e Daniel” como um dos maiores clássicos da literatura para jovens no Brasil.

      Escrito por ROBERTO FREIRE em 1966, “Cléo e Daniel” foi estouro absoluto de vendas, tanto em livrarias quanto em bancas de jornais, no formato jornal-livro que algumas editoras dos anos 60 e 70 exploravam. Levava-se a milhares de jovens uma literatura complexa e sofisticada, cheia de meandros difíceis de serem compreendidos pelo público-alvo, mas plenamente aceitos por este.

      FREIRE – um TERAPEUTA de mão cheia, que se inspirou na tragédia “Daphnis e Chloe” do poeta romano Longus – ao longo da vida, vira e mexe voltou a lista dos best-sellers: “Sem Tesão Não Há Solução” e “Coiote” são dois exemplos. Mas foi com “Cléo e Daniel” que sua escrita merecidamente se consagrou e criou um paradigma de estilo e qualidade.

      Ao levar a obra para o cinema, FREIRE teve o adendo de Humberto Pereira – que o auxiliou na adaptação, no roteiro e na direção –, e, sobretudo o trabalho de mestre, cargo de Rudolf Icsey na fotografia esplêndida, parte integrante, indissociável do todo. Pode-se dizer que, sem Icsey, o diretor estreante – que nunca mais repetiu a experiência – teria rendido 100 minutos absolutamente abaixo do produto final.

      Na produção, Fernando de Barros – diretor do primeiro episódio de “Lua de Mel e Amendoim” (1971) – e Alberto Ruschel – o Teodoro de “O Cangaceiro” (1952), de Lima Barreto; um dos produtores de “O Palácio dos Anjos” (1970), de Walter Hugo Khouri – creditado como Alberto Miranda.

      Distribuição da onipresente Cinesdistri de Oswaldo Massaini. Trilha sonora com senhas ocultas – caso de trechos da ópera “Daphnis e Chloé”, de Maurice Ravel, remetendo à fonte original do poema de Longus, como citamos acima – e outras nem tão ocultas assim – Chico Buarque, Toquinho, o grupo “O Bando” e Rogério Duprat; este, na direção musical.

      A música vem, aliás, num estilão que impregna “Cléo e Daniel” com inspirações no cinema americano dos anos 40, 50, sabe-se lá se conscientemente ou não, mas o caso é que por vezes se espera Bette Davis aparecer no melhor drama da Warner, com um copo de uísque na mão, reinventando o papel da angustiada mãe de Cléo – dondoca de meia-idade, auto-centrada, vivida por Beatriz Segall.

      Levada ao consultório de Rudolf Flugeman (John Herbert) – o PSIQUIATRA em crise –, Cléo (Irene Stefânia) se recupera do aborto imposto há pouco tempo pela mãe. Ricos, do society, mãe, filha e pai não se entendem bem: a filha anda à solta por São Paulo entre festinhas e comprimidos, até que no que era pra ser o porto seguro da situação, o consultório de Flugeman, acaba conhecendo Daniel (Chico Aragão).

      Amigo de Marcus (Rodrigo Santiago), "pederasta" sofisticado e novinho – Cléo, Marcus e Daniel têm idade entre 15 e 17 anos, aproximadamente – Daniel chega a Flugeman com a promessa de que o profissional possa liberar doses sem receita das pílulas em que se viciou em tratamento médico recente.

      Completamente atormentado, Daniel agride os pais, repete de ano por faltas, repele as investidas sutis de Marcus, transa com uma garota (Sonia Braga, anos luz antes do modelito rural, a la Jorge Amado) observado pelos dois, acastelados em outra cama e em plena atividade.

      Em outro núcleo, Flugeman e o amigo Benjamin (Haroldo Costa) confabulam sobre a perda do amor contemporâneo – uma estratégia do roteiro que deixa claro o vazio existencial sofrido pelos personagens, tanto os adolescentes quanto os maduros. Vão ao bordel da senhorita Gaby – Myriam Muniz, dos maiores nomes do cinema brasileiro em todos os tempos –, lúgubre como numa citação a “Freaks” (1932), de Tod Browning, a começar pelo sanfoneiro desdentado.

      Benjamin morre de câncer, o ceticismo de Flugeman aumenta e ele termina lavando as mãos quanto ao desespero de Cléo e Daniel, agora namorados, afoitos, sem nem entenderem bem o porquê de estarem juntos e nem o porquê de por acaso se separarem. Transam na rua, dentro de uma propriedade religiosa, na cama de Gaby – observados por ela, que enxerga ali a pureza perdida, ou a proximidade dos dois em direção ao caos em que ela própria vive numa cena que é a cara de Edith Piaf.

      Sabe-se que o dinheiro da produção se esgotou antes do previsto, e ROBERTO FREIRE terminou o filme às pressas, sem o apuro que preferiria. A ausência de diálogos por mais de 20 minutos talvez seja uma característica desse quadro. Idem os takes importantíssimos em que os namorados, supostamente mortos, embrulhados em um lençol, se movem de maneira que não passa batida.

      “Cléo e Daniel” consegue deixar, porém, o insight do autor sobre a geração concebida no baby-boom – período que se seguiu ao término da Segunda Guerra Mundial –, prestes a encarar os anticoncepcionais e o sexo sem culpa.
      O livro aprofunda os excessos de Flugeman, a atitude de indução ao suicídio dos meninos, a prevalência do homem mais velho sobre os dois jovens. O que no livro é expresso, no filme é intuído ou tido como consequência dos problemas dos personagens. De qualquer forma, o resultado é satisfatório, revela controle sobre o tema, superando erros que não chegam a comprometer o desenvolvimento da narrativa.
Por Andrea Ormond às 5:37AM.


Seis comentários:

Luiz com Z disse...
Rudolf Flugeman me lembra aquele instrumento flugelhorn, e por isso talvez pareça pra mim mais nome de maestro do que de psicanalista. Mais um pra minha lista de ver antes de ler a resenha da Andréa. Beijo. 1:53AM.



Sergio Andrade disse...
Mais uma bela resenha, Andréa! Mas desta vez vou ter que discordar de você. Não li o livro, mas o filme até começa bem, no entanto lá pela metade vira um amontoado de lugares-comuns e clichês, principalmente na figura do tal psicanalista em crise. No final só se salva a beleza e o talento de Irene Stefânia. Beijos!11:42AM.


Matheus Trunk disse...

Que coisa Andréa! Não vi o filme, nem li o livro, mas achei muito interessante o seu texto. Não sei se você viu, mas fiz um TOP 10 Boca do Lixo na Freakium! www.freakium.com
Abraços,
Matheus. 6:07 PM.

      Andréa Ormond disse...
      Oi Luiz, pode ler tranquilo, mesmo porque no caso de "Cleo e Daniel" o final já é contado logo na primeira cena. Beijo. Oi Sergio, não discordamos de todo, pois acho o livro muito superior ao filme, talvez por causa dos problemas financeiros envolvendo a produção. Mesmo assim considero que dá para assistir com gosto. E o ROBERTO FREIRE é PSICANALISTA, não diretor de cinema, vamos dar um refresco pra ele rs. Beijos!

Oi Matheus, passou um tempo atrás no Canal Brasil de madrugada, depois de muito tempo sem ser reprisado. Vi seu "Top 10 da Boca" na Freakium sim, ficou excelente, vou inclusive te mandar um email comentando. Um beijo. 3:10 PM.


Didi disse...

ROBERTO FREIRE é polêmico até entre PSICANALISTAS por conta de sua "SOMATERAPIA”. Eu vi o filme e tive as mesmas impressões que as tuas. O fim do filme fica angustiante, mas creio que não tira os seus méritos.

É isso. 3:55 AM.


LECTER disse...

ÓTIMO! LI ESSE LIVRO EM 1991, TINHA 22 ANOS, UMA LOUCURA, PARECIA O ROTEIRO DA MINHA VIDA, MORAVA EM BRASÍLIA E VIVIA IMERSO EM ÁLCOOL E DROGAS, OUVIA RENATO RUSSO 24HS POR DIA, FOI UM PERÍODO MUITO DURO DA MINHA VIDA; RECOMENDO-O A TODOS, O AUTOR PARECE ESTAMPAR A HISTÓRIA DA MINHA GERAÇÃO: FINAL DA DÉCADA DE 1980 E COMEÇO DA DÉCADA DE 1990, EMBORA O LIVRO SEJA DA DÉCADA DE 1960. UMA BOA LEITURA! 11:50 AM.




      Sobre: (20) - Miriam Muniz, (21) – John Herbert e (22) – Beatriz Segall, salvo pequeno engano, já fizemos alguns “comentários”.





(23) - Irene Stefânia.


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


      Irene Stefânia (São Paulo, 1948), 67 anos (São Paulo – SP) é uma atriz brasileira.


Biografia.


      Irene estudou filosofia e música clássica. Em 1966, estréia no cinema, já como protagonista, em “O alegre mundo de Helô”, de Carlos Alberto de Souza Barros. Desde então, já foram mais de 20 filmes, sempre com talento e encantando com sua beleza, principalmente nos anos 60 e 70.
      Um dos poucos profissionais brasileiros dedicado exclusivamente ao cinema, fez apenas três telenovelas: “Tempo de Viver” (1972), “Supermanoela” (1974) e “Música ao Longe” (1982).
      Com outra musa do cinema, Leila Diniz, fez três filmes: “Fome de Amor” e “Asyllo Muito Louco”, ambos de Nelson Pereira dos Santos, e “Os Paqueras” (1969).... (Reginaldo Faria). Irene trabalharia também com Sylvio Back, em seu longa-metragem de estréia (“Lance Maior”, 1968). Em 1978 faz a pornochanchada “Damas do Prazer” e só voltaria às telas nove anos depois, no laureado “Anjos do Arrabalde”, de Carlos Reichenbach.


Filmografia.

.     Anjos do arrabalde (1987).... Carmo
•Damas do prazer (1978)
•Amor e medo (1974).... Olívia
•Nem Santa, nem donzela (1973) [1]
•O doce esporte do sexo (1971)
•Mãos vazias (1971)
•Azyllo muito louco (1970)
•Cleo e Daniel (1970).... Cléo
•O donzelo (1970)
•É Simonal (1970).... Ana Cristina
•As armas (1969)
•A cama ao alcance de todos (1969)
•Os paqueras (1969).... Margarete
•Fome de amor (1968).... Mariana
•A doce mulher amada (1968).... Carolina
•Lance maior (1968).... Neusa
•Garota de Ipanema (1967).... Regina
•O mundo alegre de Helô (1967).... Helô






Categorias:
•Nascidos em 1948
•Naturais de São Paulo (cidade)
•Atrizes premiadas no Festival de Brasília
•Atores de São Paulo.



          Por hoje ficamos por aqui. Temos uma longa e deliciosa caminhada pela frente. Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia. Desejamos a todos um bom fim de semana, uma boa leitura e um bom dia.  

Aracaju, sábado, 22 de agosto de 2015.
Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE nº 573.


    Fontes: (1) – Dra. Internet. (2) - Dr. Google. (3) – Dra. Wikipédia. (4) - Revista Caros Amigos. (5) – Outras Fontes.
jorge martins
Enviado por jorge martins em 22/08/2015


Comentários


 
Site do Escritor criado por Recanto das Letras