A LIBERDADE... O CONHECIMENTO... A ARTE... "Ai quem me dera ser POETA pra CANTAR em seu louvor belas CANÇÕES, lindos POEMAS, doces frases de AMOR". (TOM JOBIM).
O Bêbado e a Equilibrista.
Elis Regina. Composição de João Bosco e Aldir Blanc. Exibições – 842.342 Caía a tarde feito um viaduto E um bêbado trajando luto Me lembrou Carlitos A lua tal qual a dona do bordel Pedia a cada estrela fria Um brilho de aluguel. E nuvens lá no mata-borrão do céu/Chupavam manchas torturadas/Que sufoco!/Louco!/O bêbado com chapéu-coco/Fazia irreverências mil/Pra noite do Brasil/Meu Brasil! Que sonha com a volta do irmão do Henfil Com tanta gente que partiu Num rabo de foguete. Chora A nossa Pátria mãe gentil Choram Marias e Clarisses No solo do Brasil. Mas sei que uma dor assim pungente/Não há de ser inutilmente/A esperança/Dança na corda bamba de sombrinha/E em cada passo dessa linha/Pode se machucar. Azar! A esperança equilibrista Sabe que o show de todo artista Tem que continuar. Como Nossos Pais Elis Regina Composição: Belchior Exibições – 1.373.375 Não quero lhe falar Meu grande amor Das coisas que aprendi Nos discos Quero lhe contar como eu vivi E tudo o que aconteceu comigo. Viver é melhor que sonhar/Eu sei que o amor/É uma coisa boa/Mas também sei/Que qualquer canto/É menor do que a vida/De qualquer pessoa. Por isso cuidado, meu bem Há perigo na esquina Eles venceram e o sinal Está fechado pra nós Que somos jovens. Para abraçar seu irmão/E beijar sua menina na rua/É que se fez o seu braço/O seu lábio e a sua voz. Você me pergunta Pela minha paixão Digo que estou encantada Como uma nova invenção Eu vou ficar nesta cidade Não vou voltar pro sertão. Pois vejo vir vindo no vento/Cheiro de nova estação/Eu sinto tudo na ferida viva/Do meu coração. Já faz tempo Eu vi você na rua Cabelo ao vento Gente jovem reunida Na parede da memória Essa lembrança É o quadro que dói mais Minha dor é perceber/Que apesar de termos/Feito tudo o que fizemos/Ainda somos os mesmos. E vivemos Ainda somos os mesmos E vivemos Como os nossos pais Nossos ídolos/Ainda são os mesmos/E as aparências/Não enganam não/Você diz que depois deles/Não apareceu mais ninguém. Você pode até dizer Que eu tô por fora Ou então Que eu tô inventando Mas é você/Que ama o passado/E que não vê/É você/Que ama o passado/E que não vê/Que o novo sempre vem. Hoje eu sei Que quem me deu a idéia De uma nova consciência E juventude Tá em casa Guardado por Deus Contando o vil metal. Minha dor é perceber/Que apesar de termos/Feito tudo, tudo/Tudo o que fizemos/Nós ainda somos/Os mesmos e vivemos. Ainda somos Os mesmos e vivemos Ainda somos Os mesmos e vivemos Como os nossos pais. Águas de Março. ELIS REGINA – COMPOSITOR – Tom Jobim. É pau, é pedra, é o fim do caminho É um resto de toco, é um pouco sozinho É um caco de vidro, é a vida, é o sol É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol É peroba do campo, o nó da madeira Caingá candeia, é o Matita-Pereira. É madeira de vento, tombo da ribanceira/É o mistério profundo, é o queira ou não queira/É o vento ventando, é o fim da ladeira/É a viga, é o vão, festa da cumeeira/É a chuva chovendo, é conversa ribeira/Das águas de março, é o fim da canseira/É o pé, é o chão, é a marcha estradeira/Passarinho na mão, pedra de atiradeira. É uma ave no céu, é uma ave no chão É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão É o fundo do poço, é o fim do caminho No rosto um desgosto, é um pouco sozinho. É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto/É um pingo pingando, é uma conta, é um conto/É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando/É a luz da manha, é o tijolo chegando/É a lenha, é o dia, é o fim da picada/É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada/É o projeto da casa, é o corpo na cama/É o carro enguiçado, é a lama, é a lama. É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã É um resto de mato na luz da manhã São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração. É pau, é pedra, é o fim do caminho/É um resto do toco, é um pouco sozinho/É uma cobra, é um pau, é João, é José/É um espinho na mão, é um corte no pé/São as águas de março fechando o verão/É a promessa de vida no teu coração. É pau, é pedra, é o fim do caminho É um resto de toco, é um pouco sozinho É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã É um belo horizonte, é uma febre terçã São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração. É pau, é pedra, é o fim do caminho/É um resto de toco, é um pouco sozinho/É pau, é pedra, é o fim do caminho/É um resto de toco, é um pouco sozinho. Pau, pedra, fim do caminho Resto de toco, pouco sozinho Pau, pedra, fim do caminho Resto de toco, pouco sozinho. Pedra, caminho/Pouco, sozinho/Pedra, caminho/Pouco, sozinho/Pedra, caminho/É o toco...
jorge martins, Elis Regina e Outros.
Enviado por jorge martins em 26/08/2015
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