Jorge Martins Cardoso

 

Um eterno aprendiz



Textos

A LIBERDADE... O CONHECIMENTO... A ARTE... O PREÇO... O TEMPO... "Nelson Rodrigues, Otto Lara Resende e a BIOENERGÉTICA...". (J. M. C.).



     Vamos por ordem na casa. Ou melhor dizendo, vamos por ordem no quarto-biblioteca. Está uma cômica bagunça. Ainda bem que os BEIJA-FLORES estão me ajudando bastante. Quando eles estão disponíveis, ou seja, quando eles deixam de namorar as belíssimas e perfumadas FLORES, os danadinhos com a LIBERDADE que tem, com a VELOCIDADE que possuem e com seus longos biquinhos, ajudam a catalogar os meus milhares de papéis. E o fazem com uma perfeição inacreditável. Coisa divina!
     Os leitores devem ter observado que eu tenho publicado uma série de letras de MÚSICAS. É que eu ando preocupado em concluir o meu PEN-DRIVE. O problema é que eu sou metido a perfeccionista. Ou eu faço um trabalho perfeito (ou metido a perfeito), ou não faço o trabalho. Repertório é repertório!  
     Os artigos sobre SAÚDE, especialmente os artigos sobre a inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA, irão retornar com uma argumentação surpreendente. E vai surpreender mesmo! É apenas uma questão de TEMPO. E TEMPO é TEMPO...  
     Peguei um pedaço do meu TEMPO e ontem (26/novembro/2015) fui assistir mais uma vez à um filme brasileiro, que deve ser muito conhecido pelo pessoal da 5ª idade, como é o meu caso. O nome do filme é “BONITINHA, MAS ORDINÁRIA”. A escolha do filme foi absolutamente casual.
     Acontece que no filme aparece, para nossa surpresa, a psicanálise e a “desprezada” BIOENERGÉTICA. E, sobre a ENERGIA VITAL, eu só previa voltar ao assunto lá pra março do próximo ano. Mas... Tocando em frente...  
      





Nelson Rodrigues.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Magnum opus – “O Vestido de Noiva”.


    
     Nelson Falcão Rodrigues (Recife, 23 de agosto de 1912 — Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 1980) – 68 anos - foi um jornalista e escritor brasileiro, e tido como o mais influente dramaturgo do Brasil.
     Nascido no Recife, Pernambuco, mudou-se em 1916 para a cidade do Rio de Janeiro. Quando maior, trabalhou no jornal A Semelhança da Manhã, de propriedade de seu pai. Foi repórter policial durante longos anos, de onde acumulou uma vasta experiência para escrever suas peças a respeito da sociedade. Sua primeira peça foi “A Mulher Sem Pecado”, que lhe deu os primeiros sinais de prestígio dentro do cenário teatral.
     O sucesso mesmo veio com “O Vestido de Noiva”, que trazia, em matéria de teatro, uma renovação nunca vista nos palcos brasileiros. Com seus três planos simultâneos (realidade, memória e alucinação construíam a história da protagonista Alaíde), as inovações estéticas da peça iniciaram o processo de modernização do teatro brasileiro.
     A consagração se seguiria com vários outros sucessos, transformando-o no grande representante da literatura teatral do seu tempo, apesar de suas peças serem taxadas muitas vezes como “obscenas e imorais”.  
     Em 1962, começou a escrever crônicas esportivas, deixando transparecer toda a sua paixão por futebol. Veio a falecer em 1980, no Rio de Janeiro.

Biografia.



Infância.


     Nascido na capital de Pernambuco e quinto de quatorze irmãos, Nelson Rodrigues mudou-se para o Rio de Janeiro ainda criança, onde viveria por toda sua vida. Seu pai, o ex-deputado federal e jornalista Mário Rodrigues, perseguido politicamente, resolveu estabelecer-se na então capital federal em julho de 1916, empregando-se no jornal Correio da Manhã, de propriedade de Edmundo Bittencourt.
     Segundo o próprio Nelson em suas Memórias, seu grande laboratório e inspiração foi a infância vivida na Zona Norte da cidade. Dos anos passados numa casa simples na Rua Alegre, 135 (atual rua Almirante João Cândido Brasil), no bairro de Aldeia Campista, saíram para suas crônicas e peças teatrais as situações provocadas pela moral vigente na classe média dos primeiros anos do século XX e suas tensões morais e materiais.
     Sua infância foi marcada por este clima e pela personalidade do garoto Nelson. Retraído, era um leitor compulsivo de livros românticos do século XIX. Nesta época ocorreu também para Nelson a descoberta do futebol, uma paixão que conservaria por toda a vida e que lhe marcaria o estilo literário.

     Na década de 1920, Mário Rodrigues fundou o jornal A Manhã, após romper com Edmundo Bittencourt. Seria no jornal do pai que Nélson começaria sua carreira jornalística, na seção de polícia, com apenas treze anos de idade. Os relatos de crimes passionais e pactos de morte entre casais apaixonados incendiavam a imaginação do adolescente romântico, que utilizaria muitas das histórias reais que cobria em suas crônicas futuras.
     Neste período, a família Rodrigues conseguiria atingir uma situação financeira confortável, mudando-se para o bairro de Copacabana, então um arrabalde luxuoso da orla carioca.
     Apesar da bonança, Mário Rodrigues perderia o controle acionário de A Manhã para o sócio. Mas, em 1928, com o providencial auxílio financeiro do vice-presidente Fernando de Melo Viana, Mário fundou o diário Crítica.
     Como cronista esportivo, Nelson escreveu textos antológicos sobre o Fluminense Football Club, clube para o qual torcia fervorosamente. A maioria dos textos eram publicados no Jornal dos Sports. Junto com seu irmão, o jornalista Mário Filho.
     Nelson foi fundamental para que os Fla-Flu tivessem conquistado o prestígio que conquistaram e se tornassem grandes clássicos do futebol brasileiro. Nelson Rodrigues criou e evocava personagens fictícios como Gravatinha e Sobrenatural de Almeida para elaborar textos a respeito dos acontecimentos esportivos relacionados ao clube do coração.

Adolescência e juventude.


     Nelson seguiu os seus irmãos Mílton, Mário Filho e Roberto integrando a redação do novo jornal. Ali continuou a escrever na página de polícia, enquanto Mário Filho cuidava dos esportes e Roberto, um talentoso desenhista, fazia as ilustrações.  
     Crítica era um sucesso de vendas, misturando uma cobertura política apaixonada com o relato sensacionalista de crimes. Mas o jornal existiria por pouco tempo. Em 26 de dezembro de 1929, a primeira página de Crítica trouxe o relato da separação do casal Sylvia Serafim e João Thibau Jr.
     Ilustrada por Roberto e assinada pelo repórter Orestes Barbosa, a matéria provocou uma tragédia. Sylvia, a esposa que se desquitara do marido e cujo nome fora exposto na reportagem invadiu a redação de Crítica e atirou em Roberto com uma arma comprada naquele dia. Nelson testemunhou o crime e a agonia do irmão, que morreu dias depois.


     “Foto: Casamento de Nelson Rodrigues e Elza Bretanha, 1940”.


     Mário Rodrigues, deprimido com a perda do filho, faleceu poucos meses depois. Sylvia, apoiada pelas sufragistas e por boa parte da imprensa concorrente de Crítica, foi absolvida do crime. Finalmente, durante a Revolução de 30, a gráfica e a redação de Crítica são empastelados e o jornal deixa de existir.
     Sem seu chefe e sem fonte de sustento, a família Rodrigues mergulha em decadência financeira.
     Foram anos de fome e dificuldades para todos. Pouco afinados com o novo regime, os Rodrigues demorariam anos para se recuperarem dos prejuízos causados pela tuberculose.
     Ajudado por Mário Filho, amigo de Roberto Marinho, Nélson passa a trabalhar no jornal O Globo, sem salário. Apenas em 1932 é que Nélson seria efetivado como repórter no jornal. Pouco tempo depois, Nelson descobriu-se tuberculoso.
     Para tratar-se, retira-se do Rio de Janeiro e passa longas temporadas em um sanatório na cidade de Campos do Jordão. Seu tratamento é custeado por Marinho, que conquistou a gratidão de Nélson pelo resto de sua vida.
     Recuperado, Nelson volta ao Rio e assume a seção cultural de O Globo, fazendo a crítica de ópera.
     No O Globo, foi editor do suplemento O Globo Juvenil. Além de editar, Nelson roteirizou algumas histórias em quadrinhos para o suplemento, dentre elas, uma versão de O fantasma de Canterville, de Oscar Wilde. Em 1940 casou-se com Elza Bretanha, sua colega de redação.
     A partir da década de 1940, Nelson dividiu-se entre o emprego em O Globo e a elaboração de peças teatrais. Em 1941 escreve “A Mulher Sem Pecado, que estreou sem sucesso. Pouco tempo depois assinou a revolucionária “Vestido de Noiva”, peça dirigida por Zbigniew Ziembiński e que estreou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro com estrondoso sucesso.
     O teatrólogo Nelson Rodrigues seria o criador de uma sintaxe toda particular e inédita nos palcos brasileiros. Suas personagens trouxeram para a ribalta expressões tipicamente cariocas e gírias da época, como "batata!" e "você é cacete, mesmo!".
     “Vestido de Noiva” é considerada até hoje como o marco inicial do moderno teatro brasileiro.


Maturidade.

     Em 1945 abandonou O Globo e passou a trabalhar nos Diários Associados. Em O Jornal, um dos veículos de propriedade de Assis Chateaubriand, começou a escrever seu primeiro folhetim, “Meu Destino é Pecar”, assinado pelo pseudônimo "Suzana Flag". O sucesso do folhetim alavancou as vendas de O Jornal e estimulou Nelson a escrever sua terceira peça, “Álbum de Família”.
     Em fevereiro de 1946, o texto da peça foi submetido à Censura Federal e proibido. “Álbum de Família” só seria liberada em 1965.
     Em abril de 1948 estreou “Anjo Negro”, peça que possibilitou a Nelson adquirir uma casa no bairro do Andaraí e em 1949 Nelson lançou “Doroteia”.
     Em 1950 passou a trabalhar no jornal de Samuel Wainer, a Última Hora. No jornal, Nélson começou a escrever as crônicas de “A Vida Como Ela É”, seu maior sucesso jornalístico.
     Na década seguinte, Nelson passou a trabalhar na recém-fundada TV Globo, participando da bancada da “Grande Resenha Esportiva Facit”, a primeira "mesa-redonda" sobre futebol da televisão brasileira e, em 1967, passou a publicar suas “Memórias” no mesmo jornal Correio da Manhã onde seu pai trabalhou cinquenta anos antes.

O fim.

     Nos anos 70, consagrado como jornalista e teatrólogo, a saúde de Nélson começa a decair, por causa de problemas gastroenterológicos e cardíacos de que era portador. O período coincide com os anos da ditadura militar, que Nelson sempre apoiou.
     Entretanto, seu filho Nelson Rodrigues Filho tornou-se guerrilheiro e passou à clandestinidade. Nesse período também aconteceu o fim de seu casamento com Elza e o início do relacionamento com Lúcia Cruz Lima, com quem teria uma filha, Daniela, nascida com problemas mentais.  
     Depois do término do relacionamento com Lúcia, Nelson ainda manteria um rápido casamento com sua secretária Helena Maria, antes de reatar seu casamento com Elza.
     Nelson faleceu numa manhã de domingo, em 1980, aos 68 anos de idade, de complicações cardíacas e respiratórias. Foi enterrado no Cemitério São João Batista, em Botafogo.
     No fim da tarde daquele mesmo dia ele faria treze pontos na Loteria Esportiva, num "bolão" com seu irmão Augusto e alguns amigos de "O Globo". Dois meses depois, Elza atendia ao pedido do marido de, ainda em vida, gravar o seu nome ao lado do dele na lápide de seu túmulo, sob a inscrição: "Unidos para além da vida e da morte. E é só".

Obras.


Características da obra.


     O teatro entrou na vida de Nelson Rodrigues por acaso. Uma vez que se encontrava em dificuldades financeiras, achou no teatro uma possibilidade de sair da situação difícil em que estava. Assim, escreveu "A Mulher Sem Pecado…", sua primeira peça.
     Segundo algumas fontes, Nelson tinha o romance como gênero literário favorito e suas peças seguiram essa predileção, pois as mesmas são como romances em forma de texto teatral. Nelson é um originalíssimo realista. Não é à toa que foi considerado um novo Eça.
     De fato, a prosa de Nelson era realista e, tal como os realistas do século XIX, ele criticou a sociedade e suas instituições, sobretudo o casamento.
     Sendo esteticamente realista em pleno Modernismo, Nelson não deixou de inovar tal como fizeram os modernos. O autor transpôs a tragédia grega para o sociedade carioca do início do século XX, e dessa transposição surgiu a "tragédia carioca", com as mesmas regras daquela, mas com um tom contemporâneo.
     O erotismo está muito presente na obra de Nelson Rodrigues, o que lhe garante o título de realista. Nelson não hesitou em denunciar a sordidez da sociedade tal como o fez Eça de Queirós em suas obras.
     Esse erotismo realista de Nelson teve sua gênese em obras do século XIX, como "O Primo Basílio", e se desenvolveu grandemente na obra do autor pernambucano. Em síntese, Nelson foi um grande escritor, dramaturgo e cronista, e está imortalizado na literatura brasileira.

Acervo.


     O Cedoc – Centro de Documentação da Funarte possui amplo acervo sobre o dramaturgo, como fotos de peças, programas das produções teatrais, resenhas e comentários sobre espetáculos teatrais, entre eles “Vestido de Noiva”, encenado pela primeira vez para um Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
     Boa parte dos registros fotográficos de peças do dramaturgo existentes no Cedoc foram feitos pelo Estúdio Foto Carlos, que, nas décadas de 40 a 80 e foram digitalizadas graças ao projeto Brasil Memória das Artes, incluindo registros de raridades, como uma participação de Nelson Rodrigues como ator. No Portal da Funarte ainda é possível ver vídeos produzidos sobre o dramaturgo e sua obra.

Frases.


     Ruy Castro organizou, para a Editora Companhia das Letras, um volume que reúne, sob o título de “Flor de Obsessão”, as “mil melhores frases” de Nelson Rodrigues. Se quisesse, reuniria três mil, como estas vinte:
• “O Marx é uma besta”.
• “O brasileiro é um feriado”.
• “O Brasil é um elefante geográfico. Falta-lhe, porém, um rajá, isto é, um líder que o monte”.
• “Sou a maior velhice da América Latina. Já me confessei uma múmia, com todos os achaques das múmias”.
• “Toda oração é linda. Duas mãos postas são sempre tocantes, ainda que rezem pelo vampiro de Düsseldorf”.
• “O grande acontecimento do século foi a ascensão espantosa e fulminante do idiota”.
• “Na vida, o importante é fracassar”.
• “A Europa é uma burrice aparelhada de museus”.
• “Hoje, a reportagem de polícia está mais árida do que uma paisagem lunar. O repórter mente pouco, mente cada vez menos”.
• “Daqui a duzentos anos, os historiadores vão chamar este final de século de ”a mais cínica das épocas”. O cinismo escorre por toda parte, como a água das paredes infiltradas”.
• “Sexo é para operário”.
• “O socialismo ficará como um pesadelo humorístico da História”.
• “Subdesenvolvimento não se improvisa. É obra de séculos”.
• “As grandes convivências estão a um milímetro do tédio”.
• “Todo tímido é candidato a um crime sexual”.
• “Todas as vaias são boas, inclusive as más”.
• “O presidente que deixa o poder passa a ser, automaticamente, um chato”.
• “Não gosto de minha voz. Eu a tenho sob protesto. Há, entre mim e minha voz, uma incompatibilidade irreversível”.
• “Sou um suburbano. Acho que a vida é mais profunda depois da praça Saenz Peña. O único lugar onde ainda há o suicídio por amor, onde ainda se morre e se mata por amor, é na Zona Norte”.
• “O adulto não existe. O homem é um menino perene”.
• "Não vou para o inferno, mas não tenho asas".
• "A maior forma de solidão é a companhia de um paulista".
• "O óbvio também é filho de Deus”.
• "O dinheiro compra até amor sincero”.


     São frases simples, mas que tomadas por uma análise profunda podem gerar boas obras filosóficas e históricas.

Teatro.

     Nélson Rodrigues escreveu dezessete peças teatrais. Sua edição completa abrange quatro volumes, divididos segundo critérios do crítico Sábato Magaldi, que agrupou as obras de acordo com suas características, dividindo-as em três grupos: PEÇAS PSICOLÓGICAS, Peças míticas e Tragédias cariocas. Assim, as peças seguem o plano de publicação.


PEÇAS PSICOLÓGICAS.
• A Mulher Sem Pecado.
• Vestido de Noiva.
• Valsa nº 6.
• Viúva, Porém Honesta.
• Anti-Nélson Rodrigues.

Peças míticas
• Álbum de Família.
• Anjo Negro.
• Senhora dos Afogados.
• Doroteia.

Tragédias Cariocas I
• A Falecida.
• Perdoa-me Por me Traíres.
• Os Sete Gatinhos.
• Boca de Ouro.

Tragédias Cariocas II
• O Beijo no Asfalto.
• Bonitinha, Mas Ordinária ou Otto Lara Resende.
• Toda Nudez Será Castigada.
• A serpente.


Ordem cronológica.


Estreias das peças (todas no Rio de Janeiro).
• A Mulher Sem Pecado - 1941 - Direção: Rodolfo Mayer.
• Vestido de Noiva - 1943 - Direção: Zbigniew Ziembiński.
• Álbum de Família - 1946 - Direção: Kleber Santos.
• Anjo Negro - 1947 - Direção: Zbigniew Ziembiński.
• Senhora dos Afogados - 1947 - Direção: Bibi Ferreira.
• Doroteia - 1949 - Direção: Zbigniew Ziembiński.
• Valsa nº 6 - 1951 - Direção: Milton Rodrigues.
• A Falecida - 1953 - Direção: José Maria Monteiro.
• Perdoa-me Por me Traíres - 1957 - Direção: Léo Júsi.
• Viúva, Porém Honesta - 1957 - Direção: Willy Keller.
• Os Sete Gatinhos - 1958 - Direção: Willy Keller.
• Boca de Ouro - 1959 - Direção: José Renato.
• O Beijo no Asfalto - 1960 - Direção: Vinícius Oliveira de Paula.
• Bonitinha, Mas Ordinária - 1962 - Direção Martim Gonçalves.
• Toda Nudez Será Castigada - 1965 - Direção: Zbigniew Ziembiński.
• Anti-Nélson Rodrigues - 1974 - Direção: Paulo César Pereio.
• A Serpente - 1978 - Direção: Marcos Flaksman.


Romances.
• Meu Destino é Pecar – 1944.
• Escravas do Amor – 1944.
• Minha Vida – 1944.
• Núpcias de Fogo – 1948.
• A Mulher Que Amou Demais – 1949. (sob o pseudônimo de Myrna).
• O Homem Proibido – 1959.
• A Mentira – 1953.
• Asfalto Selvagem: Engraçadinha, Seus Pecados e Seus Amores – 1959.
• O Casamento – 1966.

Contos.
• Cem Contos Escolhidos - A Vida Como Ela É... – 1972.
• Elas Gostam de Apanhar – 1974.
• A Vida Como Ela É — O Homem Fiel e Outros Contos – 1992.
• A Dama do Lotação e Outros Contos e Crônicas – 1992.
• A Coroa de Orquídeas – 1992.


Crônicas.
• Memórias de Nélson Rodrigues – 1967.
• O Óbvio Ululante: Primeiras Confissões – 1968.
• A Cabra Vadia – 1970.
• O Reacionário: Memórias e Confissões – 1977.
• Fla-Flu... E as Multidões Despertaram – 1987.
• O Remador de Ben-Hur – 1992.
• A Cabra Vadia - Novas confissões – 1992.
• A Pátria Sem Chuteiras - Novas Crônicas de Futebol – 1992.
• A Menina Sem Estrela - Memórias – 1992.
• À Sombra das Chuteiras Imortais - Crônicas de Futebol – 1992.
• A Mulher do Próximo – 1992.
• Nélson Rodrigues, o Profeta Tricolor – 2002.
• O Berro Impresso nas Manchetes – 2007.
• O Quadrúpede de Vinte e Oito Patas.


Telenovelas.
Baseadas na obra de Nelson Rodrigues.
• A Morta Sem Espelho - TV Rio – 1963.
• Sonho de Amor - TV Rio – 1964.
• O Desconhecido - TV Rio – 1964.
• O Homem Proibido - TV Globo – 1982.
• Meu Destino É Pecar - TV Globo – 1984.
• Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados - TV Globo – 1995.
• A Vida Como Ela É - TV Globo – 1996.


Filmes.
Baseados na obra de Nelson Rodrigues.
• Somos Dois - 1950 - Direção: Milton Rodrigues.
• Meu Destino é Pecar - 1952 - Direção: Manuel Pelufo.
• Mulheres e Milhões - 1961 - Direção: Jorge Ileli.
• Boca de Ouro - 1963 - Direção: Nelson Pereira dos Santos.
• Meu Nome é Pelé - 1963 - Direção: Carlos Hugo Christensen.
• Bonitinha Mas Ordinária - 1963 - Direção: J.P. de Carvalho.
• Asfalto Selvagem - 1964 - Direção: J.B. Tanko.
• A Falecida - 1965 - Direção: Leon Hirszman.
• O Beijo - 1966 - Direção: Flávio Tambellini.
• Engraçadinha Depois dos Trinta - 1966 - Direção: J.B. Tanko.
• Toda Nudez Será Castigada - 1973 - Direção: Arnaldo Jabor.
• O Casamento - 1975 - Direção: Arnaldo Jabor.
• A Dama do Lotação - 1978 - Direção: Neville d'Almeida.
• Os Sete Gatinhos - 1980 - Direção: Neville d'Almeida.
• O Beijo no Asfalto - 1980 - Direção: Bruno Barreto.
• Bonitinha Mas Ordinária ou Otto Lara Rezende - 1981 - Direção: Braz Chediak.
• Álbum de Família - 1981 - Direção: Braz Chediak.
• Engraçadinha - 1981 - Direção: Haroldo Marinho Barbosa.
• Perdoa-me Por me Traíres - 1983 - Direção: Braz Chediak.
• Boca de Ouro - 1990 - Direção: Walter Avancini.
• Traição - 1998 - Direção: Arthur Fontes, Cláudio Torres e José Henrique Fonseca.
• Gêmeas - 1999 - Direção: Andrucha Waddington.
• Vestido de Noiva - 2006 - Direção de Joffre Rodrigues.
• Bonitinha Mas Ordinária ou Otto Lara Rezende – 2009.




Ver também.
• Complexo de Vira-Lata.
• Lista de Traduções Creditadas a Nelson Rodrigues.






Categorias:
• Nascidos em 1912.
• Mortos em 1980.
• Agraciados com o Prêmio Jabuti.
• Nelson Rodrigues.
• Naturais do Recife.
• Romancistas do Brasil.
• Anticomunistas do Brasil.
• Jornalistas de Pernambuco.
• Cronistas do Brasil.
• Contistas de Pernambuco.
• Escritores da Geração de 45 do Brasil.
• Comentaristas esportivos do Brasil.


     Observação do escriba: Nelson Rodrigues era um fumante compulsivo.









Otto Lara Resende.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Magnum opus – “O Retrato na Gaveta”.

    

     Otto de Oliveira Lara Resende (São João del-Rei, 1º de maio de 1922 — Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 1992) – 70 anos - foi um jornalista e escritor brasileiro. Otto é pai do economista André Lara Resende.
     Seu pai, Antônio de Lara Resende, era professor, gramático e memorialista, e foi casado com Maria Julieta de Oliveira, com quem teve 20 filhos, dos quais Otto era o quarto.


Biografia


     Otto começou a lecionar francês aos quatorze anos e, aos dezoito, começou a trabalhar como jornalista no periódico O Diário, de Belo Horizonte. Dai por diante nunca mais deixou de ser jornalista, tendo chegado a editar o suplemento literário do Diário de Minas.
     No Rio de Janeiro, trabalhou no Diário de Notícias, em O Globo, Diário Carioca, Correio da Manhã, Última Hora, revista Manchete, Jornal do Brasil e TV Globo.
     Formou-se em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais.
     Em 1957 a Editora José Olympio publicou seu segundo livro de contos, “Boca do Inferno”.
     Fundou com Rubem Braga e Fernando Sabino, entre outros amigos, a Editora do Autor. Lá, publicou “O Retrato na Gaveta” (1962) e “O Braço Direito” (1963).
     Em 1964, escreveu “A Cilada”, um conto sobre a avareza, no livro “Os Sete Pecados Capitais”, publicado pela Editora Civilização Brasileira, e do qual participaram também Guimarães Rosa (Soberba), Carlos Heitor Cony (Luxúria), Mário Donato (Ira), Guilherme Figueiredo (Gula), José Condé (Inveja) e Lygia Fagundes Telles (Preguiça).
     Em 1967 estreou seu programa “O Pequeno Mundo de Otto Lara Resende”, na TV Globo, uma participação diária de 60 segundos durante a qual falava sobre os acontecimentos do dia.
     Na época de sua morte, trabalhava como cronista para o jornal Folha de S. Paulo.

Academia Brasileira de Letras.


     Em 03 de julho de 1979 foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, na cadeira 39, vaga com a morte de Elmano Cardim.



Obras.
• O Lado Humano (contos, 1952).
• Boca do Inferno (contos, 1957 e 1998).
• O Retrato na Gaveta (contos, 1962).
• O Braço Direito (romance, 1964).
• A Cilada (conto, 1965, publicado em "Os Sete Pecados Capitais).
• As Pompas do Mundo (contos, 1975).
• O Elo Partido e Outras Histórias (contos, 1991).
• Bom Dia Para Nascer (Crônicas na Folha de S. Paulo, 1993).
• O Príncipe e o Sabiá e Outros Perfis (História, 1994).
• A Testemunha Silenciosa (novelas, 1995).






Categorias:
• Nascidos em 1922.
• Mortos em 1992.
• Agraciados com o Prêmio Jabuti.
• Membros da Academia Brasileira de Letras.
• Escritores contemporâneos do Brasil.
• Jornalistas de Minas Gerais.
• Contistas de Minas Gerais.
• Romancistas do Brasil.
• Cronistas do Brasil.
• Novelistas do Brasil.
• Escritores de Minas Gerais.
• Alunos da Universidade Federal de Minas Gerais.
• Naturais de São João del-Rei.








     O jornalista Nelson Rodrigues (1912-1980) nasceu em Pernambuco, porém praticamente viveu no Rio de Janeiro. O jornalista Otto Lara Resende (1922-1992), nasceu em Minas Gerais e também viveu muito no Rio de Janeiro. O jornalista e médico Roberto Freire (1927-2008), nasceu em São Paulo todavia, andava muito no Rio de Janeiro. É possível que os três tenham se conhecido pessoalmente, ou, que os três tenham lido alguma coisa um do outro.
     Existem três versões sobre o filme “Bonitinha, Mas Ordinária”. A primeira é de 1963. A segunda é de 1981. A mais recente (a terceira) é de 2009. As três versões são adaptadas do drama homônimo de Nelson Rodrigues.
     A 1ª versão cinematográfica é chamada de “Bonitinha, Mas Ordinária”. A 2ª e a 3ª versão são chamadas de “Bonitinha, Mas Ordinária ou Otto Lara Resende”. A explicação é a seguinte: Nos três filmes (três versões) existe uma frase célebre de Otto Lara Resende que diz que “O mineiro só é solidário no câncer”, idéia fixa de Edgar (um dos personagens principais do drama), significando que o homem somente é solidário numa situação extremada.
     Eu assisti a princípio a 3ª versão que apresenta a seguinte ficha técnica:
- Direção: Moacyr Góes.
- Gênero: Drama.
- Duração: 90 minutos.
- Distribuidora: Califórnia Filmes.
- Estréia: 24 de maio de 2013.
Elenco.
- Leandra Leal (Ritinha).
- João Miguel (Edgar).
- Letícia Colin (Maria Cecília).
- Gracindo Júnior (o milionário Werneck).
- Leon Goes (Peixoto).
     Lá para as tantas (entre os 50 e 55 minutos do filme), Gracindo Júnior (o milionário Werneck), organiza uma festa de arromba, envolvendo muita bebida, muito sexo e muita cocaína pura, cocaína da boa. Em certa altura o Werneck interrompe a festa e diz: “Vamos fazer uma brincadeira de psicanálise”. Neste momento é interrompido por um dos figurantes que diz: “Vamos fazer BIOENERGÉTICA”. Ao que o Werneck retruca: “Eu sou freudiano porra! Que BIOENERGÉTICA!”. Então o Werneck começa a fazer o papel de Freud, ouvindo o relato de várias mulheres sobre traições sexuais, na presença dos maridos. A maioria dos participantes é da alta sociedade carioca. É uma verdadeira SODOMA! Relembrando aos leitores que Sigmund Freud foi usuário de cocaína e prescrevia cocaína para alguns dos seus pacientes com problemas sexuais (neuroses e psicoses).
     Então, por curiosidade, fui assistir à 1ª versão (a de 1963).
     Na 1ª versão Jece Valadão é Edgar, Odete Lara é Ritinha, Lia Rossi é Maria Cecília (filha do milionário Werneck) e Ambrósio Fregolente é o milionário Werneck. O filme é ambientado na cidade do Rio de Janeiro, na época com a paisagem bem diferente da atual.
     Nesta versão, o milionário Werneck faz uma festa de arromba, com muito sexo, regada à bebida e rola a maconha. Não é mencionado o uso de cocaína. O milionário faz uma sessão de psicanálise, mas, o termo BIOENERGÉTICA não aparece.
     Na vida real, Ambrósio Fregolente (o milionário Werneck), começou a estudar medicina na década de 40 e abandona o curso por causa do teatro e do cinema. No entanto, forma-se em medicina em 1965, com 53 anos de idade, e dedica-se à psiquiatria.
     Uma das primeiras pessoas informadas por telefone da sua formatura em medicina é o dramaturgo Nelson Rodrigues.
     Nas duas versões mencionadas (1ª e 3ª), a psicanálise é mencionada, bem como é mencionado a participação de um médico especialista em recuperar cirurgicamente o hímen das diversas mulheres desvirginadas precocemente. Nas duas versões os principais atores fumam muitos cigarros (comuns). Não sei se terei paciência e TEMPO de assistir à 2ª versão (que é de 1981). As leitoras e os leitores fiquem à vontade, para assisti-la e fazer qualquer comentário.  
     Resumindo, o filme “Bonitinha, Mas Ordinária”, envolve sexo, estupro, etilismo, tabagismo, racismo e corrupção (dos ricaços), maconha (na 1ª versão) e cocaína de “boa qualidade” (na 3ª versão). Com o diferencial de que a BIOENERGÉTICA é citada na 3ª versão.  
     Resumindo o resumo: A ENERGIA VITAL ou BIOENERGÉTICA, continuando a não ser aceita pela medicina convencional, nos leva à seguinte conclusão: MEDICINA BONITINHA, MAS ORDINÁRIA.
     Se Deus nos permitir voltaremos outro dia. Boa leitura e bom dia.  
Aracaju, sexta-feira, 27 de novembro de 2015.
Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.
        
      Fontes: (1) – Dra. Internet. (2) – Dr. Google. (3) – Dra. Wikipédia. (4) – Outras fontes.
jorge martins
Enviado por jorge martins em 27/11/2015


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