Jorge Martins Cardoso

 

Um eterno aprendiz



Textos

A LIBERDADE... O CONHECIMENTO... A ARTE... O PREÇO... O TEMPO... "Para o poeta baiano 'Apaixonado Jovem': Ou publica o livro ou não volto pra Bahia!!!". (J. M. C.).

Paulo Diniz.


     Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Informação Geral.


Nascimento – 24 de janeiro de 1940 (75 anos).
Origem – Pesqueira, Pernambuco.
País – Brasil.
Período em Atividade – 1966 – Atualmente.

    


     Paulo Diniz (Pesqueira, Pernambuco, 24 de janeiro de 1940) é um cantor brasileiro.


Biografia.


    
     Filho de Vanderlon Diniz. Dos 12 aos 16 anos trabalhou numa fábrica de doces da sua cidade. Mais tarde mudou-se para o Recife, onde tentou ganhar a vida engraxando sapatos, como crooner e baterista em casas noturnas, locutor de casas comerciais e, em seguida, locutor e ator da Rádio Jornal do Commercio, de onde foi demitido por pronunciar um nome errado.
     Do Recife, seguiu para Caruaru, e, depois, para Fortaleza, onde atuou como locutor e ator de rádio e televisão.
     Em 1964 foi para o Rio de Janeiro, onde consultou a Rádio Tupi e passou a compor com mais frequência. Sua primeira gravação saiu em 1966, com a música O Chorão.
     Em 1966, no auge do movimento Jovem Guarda, lançou seu primeiro disco, e o iê-iê-iê "O Chorão" se tornou sucesso nacional.
     Em 1970, compôs, em parceria com o amigo Odibar, o hino de protesto "Quero Voltar Pra Bahia", cujos versos carregados de saudade prestavam homenagem a Caetano Veloso, que se encontrava exilado em Londres.
     A música alcançou os primeiros lugares das paradas em todo o país e se tornou uma espécie de hino, canção-símbolo de uma época conturbada da história política e social do Brasil.
     Quatro anos depois lançou dois LPs, e em seguida dedicou-se à tarefa de musicalizar poemas de língua portuguesa de autores como Carlos Drummond de Andrade (E Agora, José?), Gregório de Matos (Definição do Amor), Augusto dos Anjos (Versos Íntimos), Jorge de Lima (Essa Nega Fulô) e Manuel Bandeira (Vou-me Embora pra Pasárgada).
     Suas músicas foram gravadas por Clara Nunes, Emílio Santiago, Simone e outros cantores. Entre seus sucessos destacam-se "Pingos de Amor", gravado por vários intérpretes, "Canoeiro", "Um Chopp pra Distrair" e "Ponha um Arco-Íris na sua Moringa", mas o sucesso que o consagrou foi a música "Quero Voltar Pra Bahia".
     Entre 1987/1996, em decorrência de graves problemas de saúde que quase o deixaram paralítico, não gravou nenhum disco.
     Parcialmente recuperado, em 1997 retomou a carreira, quando novamente já tinha residência fixa no Recife.
     Atualmente, residindo no Recife, faz apresentações por várias cidades e capitais do Nordeste brasileiro, com a mesma voz vibrante de antes, porém numa cadeira de rodas, já que a doença que quase o paralisou nos anos 80 retornou a partir de 2005, e dessa vez paralisou seus membros inferiores.

    

Observações do escriba:
     1ª - Os pernambucanos, o pessoal de Pesqueira e o pessoal do Recife (principalmente o pessoal da imprensa escrita), precisam fazer uma entrevista mais detalhada com o poeta e cantor Paulo Diniz, para ajudar a Wikipédia a aperfeiçoar a biografia dele. Ele é filho de Vanderlon Diniz. E o nome da mãe? Fica registrada a nossa sugestão.
     2ª – Da mesma maneira que Paulo Diniz “musicalizou” poemas de escritores famosos, os músicos e grupos musicais devem ficar atentos aos milhares de poemas publicados no Recanto das Letras. Com uma Viola, Um Boa Viola, muitos deles poderão ser “musicalizados” desde que respeitado os direitos autorais. É uma questão de Diálogo, Um Bom Diálogo.    




Discografia.

   .   Brasil, Brasa, Braseiro, 1967
• Quero Voltar Pra Bahia, 1970
• Paulo Diniz (álbum de 1971), 1971
• E agora, José?, 1972
• Lugar Comum, 1973
• Paulo Diniz (álbum de 1974), 1974
• Paulo Diniz (compacto simples) 1975
• Estradas, 1976
• É Marca Ferrada, 1978
• Canção do Exílio, 1984
• Pegou de Jeito 1985
• 20 super sucessos-novas regravações 1997
• Reviravolta 2004.






Categorias:
• Nascidos em 1940
• Naturais de Pesqueira
• Cantores de Pernambuco.





     Algumas músicas do cantor Paulo Diniz.









01 - Quero Voltar Pra Bahia.


Paulo Diniz.


Exibições: 91.496




I don't want to stay here
I wanna to go back to Bahia.


Eu tenho andado tão só
Quem me olha nem me vê
Silêncio em meu violão
Nem eu mesmo sei por que.


De repente ficou frio
Eu não vim aqui para ser feliz
Cadê o meu sol dourado?
Cadê as coisas do meu país?


I don't want to stay here
I wanna to go back to Bahia.


Eu tenho andado tão só
Quem me olha nem me vê
Silêncio em meu violão
Nem eu mesmo sei por que.


Via Intelsat eu mando
Notícias minhas para "O Pasquim"
Beijos pra minha amada
Que tem saudades e pensa em mim.


I don't want to stay here
I wanna to go back to Bahia.








02 - Pingos de Amor.


Paulo Diniz.


Exibições: 102.766




A vida passa, telefono e você já não me atende mais.
Será que já não temos tempo nem coragem de dialogar?


Ainda ontem pela praia alguma coisa me lembrou você.
E veio a noite, namorados se encontrando e eu estava só.


Vamos ser outra vez nós dois
Vai chover pingos de amor.
Vamos ser outra vez nós dois
Vai chover pingos de amor.


Ainda ontem pela praia alguma coisa me lembrou você.
E veio a noite, namorados se encontrando e eu estava só.


Vamos ser outra vez nós dois
Vai chover pingos de amor.
Vamos ser outra vez nós dois
Vai chover pingos de amor.












03 - E Agora José?


Paulo Diniz.


Exibições: 135.678



E agora, José?
A festa acabou,
A luz apagou,
O povo sumiu,
A noite esfriou,
E agora, José?
E agora, você?


Você que é sem nome,
Que zomba dos outros,
Você que faz versos,
Que ama, protesta?
E agora, José?


Está sem mulher,
Está sem carinho,
Está sem discurso,
Já não pode beber,
Já não pode fumar,
Cuspir já não pode,


A noite esfriou,
O dia não veio,
O bonde não veio,
O riso não veio
Não veio a utopia
E tudo acabou
E tudo fugiu
E tudo mofou,
E agora, José?


Sua doce palavra,
Seu instante de febre,
Sua gula e jejum,
Sua biblioteca,
Sua lavra de ouro,
Seu terno de vidro,
Sua incoerência,
Seu ódio - e agora?


Com a chave na mão
Quer abrir a porta,
Não existe porta,
Quer morrer no mar,
Mas o mar secou,
Quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?


Se você gritasse,
Se você gemesse,
Se você tocasse
A valsa vienense,
Se você dormisse,
Se você cansasse,
Se você morresse...
Mas você não morre,
Você é duro, José!


Sozinho no escuro
Qual bicho-do-mato,
Sem teogonia,
Sem parede nua
Para se encostar,
Sem cavalo preto
Que fuja a galope,
Você marcha, José!
José, para onde?


Você marcha José, José para onde?
Marcha José, José para onde?
José para onde?
Para onde?


E agora José?
José para onde?
E agora José?
Para onde?









04 - O Meu Amor Chorou.


Paulo Diniz.


Exibições: 50.629




O meu amor chorou
Não sei por que razão
O meu amor chorou
Não sei por que razão.


Também pudera
Eu não estava acostumado
À vida de casado
E faço força pra ficar
Em casa sossegado
Mas amor é tão difícil
A gente se conter.


Antigamente a minha vida
Era de bar em bar
Pelas ruas da cidade
A lua quando sai
Saudade vem e a gente vai
E fica pela rua até o amanhecer.


Mas te prometo um dia, meu amor
Mudar de vida pra te consolar
E pra fazer seu gosto
Embora morra de desgosto
Trocarei tudo o que tenho
Procê não chorar. (2X).









05 - Um Chopp Pra Distrair.



Paulo Diniz.


Exibições: 52.226



Ela passou,
Deixando um sorriso no chão
Deu um banho de beleza nos meus olhos
E aí começou o verão
Mil cores pintando o painel
Copacabana...


Ela parou,
Na loja de discos e escutou
A canção que eu fiz pra ela
A minha mensagem de amor
É tudo que eu tenho pra dar
Chorei de amor,
Eu sei, chorei de amor
E um Chopp pra distrair...


Um Chopp pra distrair,
Um Chopp, Chopp, pra distrair...












06 - Vou-Me Embora Pra Pasárgada.


Paulo Diniz.


Exibições: 17.042.




Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.


Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vêm a ser contraparente
Da nora que eu nunca tive.


E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro bravo
Subirei em pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!


E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água.
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada.


Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
de impedir concepção.


Tem telefone automático
Alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
prá gente namorar ah! ah!
Tem prostitutas bonitas
prá gente namorar ah! ah!


E quando estiver mais triste
Mais triste de não ter jeito
Quando de noite me der vontade
de me matar...


Lá sou amigo do rei
Terei a mulher que eu quero
na cama que escolherei
Lá sou amigo do rei
Vou-me embora pra Pasárgada.


Lá sou amigo do rei
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei.









07 - Ponha um Arco-Íris na sua Moringa.



Paulo Diniz.


Exibições: 14.943




Ponha um arco-íris na sua moringa ai ai ai
Fique lelé da cuca num dia de sol ai ai ai
Praia de Ipanema, Simonal sorrindo
Vai na Montenegro toma um Chopp e sai.


Ponha um arco-íris na sua moringa ai ai ai
É lúcido é válido inserido no contexto ai ai ai
Eu não tenho um nome muito natural
Caminho procurando pela moça Gal.


Papo com o Lubidei
Vem sou um universal
Charles precisa voltar pra ficar, pra ficar.









08 – Canoeiro.


Paulo Diniz.


Exibições: 6.164



Vai canoeiro vai canoar
Vai canoeiro canoeirar
Leito do rio pra Yemanjá
Leva teu santo teu patuá.


Canoeiro a sorte se avista no norte
Canoeiro o vento te arrasta pra lá
Canoeiro vai, canoeiro vem.


Tem um peito bronze queimado de sol e coberto de fé, dá amor até a quem lhe negou;
Tem um peito bronze queimado de sol e coberto de fé, canoeiro vai, canoeiro vem.








09 - O Chorão.


Paulo Diniz


Exibições: 20.249



Vejam só que coisas engraçadas, a vida tem pra nos dar;
Vou pedir que prestem atenção na história que vou contar hummmm!


Outro dia vinha pela rua quase morri de rir
Pois um cara que passou por mim chorava fazendo assim.


An ran ran ran ran ran ran.


É demais, é demais como chora esse rapaz;
Não conheço outro caso assim chorar como ele faz.



Aracaju, 03 de dezembro de 2015.

Jorge Martins.
jorge martins, Paulo Diniz, Odibar, Outros poetas e Outros compositores.
Enviado por jorge martins em 03/12/2015


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