Hospital Sírio-Libanês.

    

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     “Foto do Hospital Sírio-Libanês".


     O Hospital Sírio-Libanês é um dos mais importantes hospitais do Brasil e da América do Sul, localizado no distrito de Bela Vista, junto à Avenida Paulista, zona central de São Paulo cidade, Brasil.
     Foi fundada pela grande comunidade síria e libanesa de São Paulo em 1921. É uma das unidades de saúde mais conhecidas no Brasil, devido à alta qualidade dos cuidados.
     Em 1º de Julho de 2010, o hospital foi visitado pelo presidente sírio, Bashar al-Assad e sua esposa Asma al-Assad durante a sua visita oficial ao Brasil, premiando seu diretor Dr. Riad Younes com a Ordem do Mérito da Síria.


Categorias:
• Hospitais no Brasil.
• Construções de São Paulo (cidade).
• Hospitais fundados em 1921.



Hospital Sírio-Libanês.
Hospital de Medicina Avançada.
Especialidades – Doenças Pulmonares e Torácicas – Dr. Riad Naim Younes.
Pronto Atendimento – Internação – Centro Cirúrgico – Hospital Dia – Banco de Sangue – Banco de Sangue do Cordão Umbilical e Placentário.

Um dos mais conceituados Médicos do Hospital Sírio-Libanês, escreveu  sobre  A IMUNOTERAPIA!

Dr. Riad Naim Younes.
CRM (SP) – 51.545.
Cargo no Sírio-Libanês – Diretor Clínico.
Títulos, cargos e filiações:
- Fellowship no Departamento de Cirurgia do Hospital Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, New York (1988-1990).
- Doutorado em Cirurgia (USP) – 1994.
- Professor Livre-Docente no Departamento de Cirurgia da USP (1994).
Formação Profissional:
- Ano de Formação – 1984.
- Universidade – Faculdade de Medicina da USP.
- Especialização – Cirurgia Torácica.  

Publicações:
- Younes RN: Surgical Resection of Unilateral Lung Metastases: Is Bilateral Thoracotomy Necessary? World J Surg: 26: 2002.
- Younes RN: Nonsmall Cell Lung Cancer: Evalutation of 737 consecutive patients in a single institution.
- Clinics. Jun; 59 (3): 119-27, 2004.  

Atividades Prévias:
- Chefe do Departamento de Cirurgia Torácica do Hospital do Câncer A. C. Camargo (1990-2007).
- Coordenador do Grupo de Estudo de Tumores Neuroendócrinos (2004-2007).
- Professor Adjunto da UNIP (1997-2007).
- Diretor Científico do Centro de Pesquisas Oncológicas da UNIP (1997-2007).


     Como já dissemos em outro artigo, o Dr. Riad Naim Younes é colunista da revista “Carta Capital”. Logo abaixo o mais importante artigo que ele já escreveu até a presente data, segundo a nossa opinião.

“Foto: Riad Younes”.
     Médico, Diretor Clínico do Hospital Sírio-Libanês e Professor da Faculdade de Medicina da USP.


IMUNOTERAPIA em câncer de pulmão.


     Câncer de pulmão continua sendo uma doença temível, agressiva e grave. Quando disseminado pelo corpo, a quimioterapia torna-se a arma mais eficaz para controlar as metástases. Infelizmente, a maioria dos pacientes acaba perdendo a batalha. Uma nova abordagem tem apresentado resultados impressionantes: a IMUNOTERAPIA do câncer.
     Uma nova classe de medicamentos para ESTIMULAR o SISTEMA IMUNOLÓGICO, as CÉLULAS de DEFESA do ORGANISMO do paciente para que reconheçam as células do câncer como um invasor estranho.
     Diferente da quimioterapia, que combate diretamente as células do câncer, a IMUNO-ONCOLOGIA apresenta uma nova forma de encarar essa doença. Com resultado dos avanços dessa linha de pesquisa, recentemente a FDA, órgão que regulamenta a liberação de novas drogas nos Estados Unidos, aprovou a primeira IMUNOTERAPIA para o tratamento do câncer de pulmão.
     Sobre essa novidade, conversamos com o doutor Marcelo Cruz, oncologista clínico e coordenador do Serviço de Segunda Opinião do Hospital São José, Beneficência Portuguesa de São Paulo.
     Carta Capital: A IMUNOTERAPIA em câncer já é realidade ou só experimental?
     Marcelo Cruz: Já é uma realidade. Essa nova classe de TERAPIA já está aprovada para o tratamento de melanoma, uma forma agressiva de câncer de pele, e há vários estudos em fases bastante avançadas para diversos tipos de câncer, como rim, bexiga, mama.
     Carta Capital: E no caso do câncer de pulmão?
     Marcelo Cruz: A IMUNOTERAPIA está sendo estudada justamente nos pacientes com doença disseminada, de mais difícil controle.
     Carta Capital: E os resultados até o momento?
     Marcelo Cruz: Os estudos iniciais avaliaram a eficácia da IMUNOTERAPIA em pacientes com câncer avançado que já haviam apresentado resistência a várias quimioterapias. Apesar disso, uma parte dos pacientes que receberam essa nova TERAPIA apresentou benefício no combate à doença e aumento do tempo de vida. Como resultado dos avanços dessa linha de pesquisa, a FDA aprovou o NIVOLUMABE como a primeira IMUNOTERAPIA para o tratamento de um dos tipos mais frequentes de câncer de pulmão.
     Carta Capital: A aprovação pela FDA foi rápida, em comparação com outras drogas.
     Marcelo Cruz: Três meses antes da data esperada, o que mostra a agilidade no processo de tornar essa TERAPIA inovadora e eficaz disponível para os pacientes nos Estados Unidos.
     Carta Capital: Como age a droga?
     Marcelo Cruz: Ela inibe uma substância conhecida como PD-1. Essa PROTEÍNA, quando ativa, não deixa que o SISTEMA IMUNE ataque as células do câncer. Dessa forma, inibindo o PD-1, o SISTEMA IMUNE do paciente volta a reconhecer as células do câncer como algo estranho ao organismo e passa a combater o inimigo. Em pacientes com câncer escamoso de pulmão que já haviam recebido tratamento com quimioterapia, o NIVOLUMABE aumentou as chances de controle de doença e tempo de vida dos pacientes, quando comparado com o DOCETAXEL, uma quimioterapia convencional.
     Carta Capital: Como é administrada e quais são os efeitos colaterais?
     Marcelo Cruz: O NIVOLUMABE é administrado por via intravenosa em intervalos de duas semanas. Os efeitos colaterais mais conhecidos são fadiga, dores musculares, náuseas e perda de apetite, mas em geral são bem tolerados e não interferem com a continuidade do tratamento. Efeitos colaterais mais graves existem em cerca de 3% dos casos, e podem incluir diarreia de difícil controle, tosse e falta de ar relacionada com pneumonite (um quadro de inflamação dos pulmões).
     Carta Capital: A droga já está disponível para administração aos pacientes em algum lugar no mundo?
     Marcelo Cruz: Uma vez aprovada pela FDA, a droga já pode ser utilizada nessa nova indicação nos Estados Unidos. Certamente a EMA (órgão regulador de novas TERAPIAS na Europa) também deverá se posicionar em breve.
     Carta Capital: Qual a expectativa de sua aprovação e disponibilidade no Brasil?
     Marcelo Cruz: Ainda não há previsão de aprovação pela ANVISA. Outras TERAPIAS contra o câncer de pulmão já aprovadas e em uso nos EUA e na Europa ainda aguardam aprovação no Brasil há pelo menos dois anos.
     Observações do escriba: 1ª – Quando se fala aqui em SISTEMA IMUNE é sinônimo de SISTEMA IMUNOLÓGICO. 2ª – Quando se fala em SISTEMA IMUNE ou SISTEMA IMUNOLÓGICO, é impossível deixar-se de falar nas CÉLULAS de DEFESA DO ORGANISMO HUMANO, que são os GLÓBULOS BRANCOS existentes na corrente sanguínea (no sangue), e nos MACRÓFAGOS, encontrados no tecido conjuntivo frouxo espalhado por todo o organismo. 3ª – Quando se fala de SISTEMA IMUNE ou SISTEMA IMUNOLÓGICO, estamos adentrando no campo da IMUNOLOGIA. Portanto a IMUNOTERAPIA, é uma TERAPIA que passa pelos estudos dos IMUNOLOGISTAS. 4ª – Tanto a IMUNOLOGIA como a IMUNOTERAPIA é mais antiga do que eu. É o que veremos em outros artigos.  
     Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia. Boa leitura e bom dia.

Aracaju, 09 de dezembro de 2015.

Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE - 573


     Fonte: Revista Carta Capital, 11 de março de 2015, página 65, Coluna QI/Saúde, Por Riad Younes.