Jorge Martins Cardoso

 

Um eterno aprendiz



Textos

A LIBERDADE... O CONHECIMENTO... A ARTE... O PREÇO... O TEMPO... "DEUS: DEUS, dívidas e DEUS". - 13ª parte.




AUTO-HEMOTERAPIA, Dr. Fleming e os antibióticos...



Artigo Extra.



O “Ouro Amarelo”, o “Ouro Negro” e o “Ouro Vermelho”. (13ª parte).




Chatô, Rockefeller e “REMÉDIOS”. (2ª parte).
    



     Como já escrevemos em artigos anteriores, o jornalista e empresário brasileiro (paraibano) Assis Chateaubriand, teve ao longo de sua atribulada vida uma relação muito forte com a família ROCKEFELLER. Fato que não consta na Wikipédia de maneira alguma.  
     No livro de Fernando Morais – Chatô - O Rei do Brasil – David Rockefeller é citado nas páginas 436 e 636, e, Nelson Rockefeller é mencionado nas páginas 24, 26, 433, 440, 499, 501, 629, 665, 666 e 669.
     Iremos começar nossa conversa pelo começo, ou seja, a partir da página 24, prolongando-se até a página 669.
     Página 24 – “O governador de Nova York, NELSON ROCKEFELLER, telefonara duas vezes aos médicos pedindo notícias do amigo doente”.
     Página 26 – “Edmundo Monteiro achou natural que coubesse a si a honra de enterrar o chefe. Tirando Austregésilo de Athayde – que afinal não tinha cargo de direção no império -, o amigo mais antigo de Chateaubriand era ele”.
     “Quantos, como ele – aí incluídos o presidente da República, as amantes, os filhos, os ROCKEFELLER, a rainha Elizabeth -, quantos puderam tratar o doutor Assis de “Chatô” sem ouvir um palavrão como resposta? Aquele era um privilégio que tinha custado caro”.
     Página 433 – “Do encontro com o ministro Salgado Filho, da Aeronáutica, ele partiu em busca de Berendt Friele, que representava no Brasil o milionário NESLON ROCKEFELLER, coordenador de Assuntos Interamericanos do governo ROOSEVELT. Repetiu toda a cantilena a Friele, pedindo-lhe que transmitisse o plano a ROCKEFELLER e pedisse luz verde para prosseguir”.
     “Semanas depois ele saberia que os americanos – que viam o ambíguo governo de Getúlio com enorme desconfiança – não achavam seu plano tão desmiolado assim. Da parte de ROCKEFELLER não havia objeções (e seria possível até arranjar recursos para financiar a legião), mas tudo iria depender da opinião de Claude Adams, homem de confiança do GENERAL GEORGE MARSHALL e que tinha sido nomeado adido militar norte-americano no Brasil”.      
     Página 436 – “Vou arranjar meu dinheiro com um banqueiro mais perfumado. Saiu do encontro e foi atrás de Pedro Correia e Castro, superintendente do BANCO LAR BRASILEIRO (filial brasileira do CHASE MANHATTAN BANKC), a quem pediu um milhão de dólares emprestados. Consultado na sede do banco, em Nova York, o empréstimo foi aprovado pelo próprio dono, DAVID ROCKEFELLER”.
     “Duas semanas depois, disputando com a SCHERING americana (que pretendia incorporar a brasileira a seu patrimônio), Chateaubriand tornava-se dono de 80% do capital da SCHERING, que lhe havia custado 1,3 milhão de dólares”.
     (...) “Além de trazer bons negócios, a guerra serviria também de pretexto para que Chateaubriand voltasse a bater com insistência naquele que elegera como seu inimigo permanente: o conde FRANCISCO MATARAZZO JUNIOR”.  
     Página 440 – “Na véspera da viagem de volta (após estadia de mais de um mês), Chateaubriand foi homenageado por um almoço com personalidades da vida política e intelectual norte-americana no Knickebocker Club, organizado por NELSON ROCKEFELLER – a quem ela saudou em russo, no discurso de agradecimento, chamando-o o tempo todo de “tovarisch NELSON” (camarada NELSON)”.
     “Antes de retornar ao RIO o jornalista ainda faria um desvio até TORONTO, no CANADÁ, apenas para depositar flores no túmulo de seu velho benfeitor, Sir ALEXANDER MACKENZIE, o antigo presidente da Light no Brasil”.  
     Página 499 – “Na falta de cadeiras para todos, Chateaubriand sugeriu que os convidados se sentassem no chão “como índios tupis”, no qual foi imediatamente atendido por um dos mais ilustres deles, o milionário NELSON ROCHEFELLER, presidente do Museu de Arte Moderna de NOVA YORK”.
     “A única câmara instalada no local transmitia tudo para as centenas e centenas de populares que se espremiam no saguão térreo e diante do monitor instalado no meio da rua”. Observação: Inauguração da TV Tupi no dia 18 de setembro de 1950.
     Página 501 – “Foto: Inauguração do MASP: Chateaubriand (à direita) põe NELSON ROCHEFELLER sentado no chão (ao centro, de terno claro), sob o olhar do presidente DUTRA (à esquerda)”.
     Página 629 – “Seu quarto se tornou ponto de passagem obrigatória de toda autoridade ou empresário de prestígio no Brasil que aparecesse em NOVA YORK. As delegações de parlamentares e diplomatas brasileiros que regularmente iam aos Estados Unidos para assistir as sessões da ONU se sentiam na obrigação de ir em romaria à CLÍNICA RUSK”.
     (...) “Por intermédio de NELSON ROCKEFELLER – outra visita frequente ao hospital -, Chateaubriand tornou-se amigo do cardeal Francis Joseph Spellman, ferrenho anticomunista então arcebispo de NOVA YORK. (...) Outro figurão com quem o jornalista cruzava todas as manhãs, durante as sessões de fisioterapia, era JOSEPH PATRICK KENNEDY, pai do presidente dos Estados Unidos, também internado na CLÍNICA RUSK para tentar se curar de uma hemiplegia”.
     Página 636 – “Foto: A vida social prosseguia. Acima, com DAVID ROCKEFELLER (atrás estão o enfermeiro Honorato, o motorista Paulo e Irani). À direita, com Emília, ouve PIXINGUINHA. Abaixo, com Helena Lundgren, e à direita com Magalhães Pinto, Teresa, Juscelino e Alkmin”.  
     Página 665 – “No final de setembro de 1965, Chateaubriand fez uma curta viagem de recreio a WASHINGTON para o batismo do retrato do almirante Nelson, pintado por Graham Sutherland. A apresentação foi feita por um banquete promovido pelo governador de NOVA YORK, NELSON ROCKEFELLER, e no meio da multidão de políticos e grã-finos vestidos de black-tie Chateaubriand se destacava, orgulhoso, usando o quepe e trajando a sua insólita farda cáqui de coronel da PM mineira”.
     (...) “Chateaubriand emergiu da cardiopatia (que o mantivera internado por duas semanas na Beneficência Portuguesa) em meio a um tiroteio que se transformaria em um dos mais rumorosos episódios da história da televisão brasileira: O caso TIME-LIFE”.
     (...) “Alberto Hernandez Catá, filho de um embaixador cubano no Brasil, que, longe de ser um agente castrista, estava no Rio a serviço do poderoso TIME-LIFE Incorporation, com sede em NOVA YORK, para executar um contrato com a recém-fundada TV GLOBO, de propriedade do jornalista ROBERTO MARINHO”.
     Página 666 – “Foto: No alto, com o casal NELSON ROCKEFELLER e Emília em WASHINGTON. Acima e ao lado, em MOSCOU, saindo do hotel e na Academia de Ciências com Aimée de Heren (de óculos)”.
     Página 669 – “Igualmente polêmica é a versão dada por Gilberto Chateaubriand. Ela não colide com a de Edmundo Monteiro, mas assegura que, antes de avançar contra ROBERTO MARINHO, denunciando sua ligação com o Grupo TIME-LIFE, o próprio João Calmon tinha estado nos Estados Unidos “para tentar exatamente o mesmo” com a NBC ou com a CBS”.
     “Isso ocorreu em 1960 e eu sei por que estava junto com ele. O padrinho da operação seria o NELSON ROCKEFELLER. Marcamos um encontro com ele no Rainbow Restaurant e na hora do encontro quem apareceu foi o Berendt Friele, seu secretário, dando uma desculpa qualquer para a ausência do NELSON. O Calmon ficou indignado com aquilo e abandonou o almoço. Mas a tentativa foi feita”.
     “Se o Edmundo Monteiro tentou o mesmo em 1964 ou 1965, ele estava apenas insistindo em algo que já havia sido tentado quatro anos antes pelo João Calmon”.
     “Os Associados tinham contratado uma empresa de auditoria chamada Klein and Saks, que havia insinuado como uma saída para crise a associação com alguma empresa estrangeira. Estive com o Calmon junto com o Mead Brunnet, dirigente da RCA Victor, e depois disso é que fomos para o tal almoço frustrado com o ROCKEFELLER”.
     Observação do escriba: No próximo artigo mais considerações sobre a “tríplice aliança”, Chatô, ROCKEFELLER e os “REMÉDIOS”.
     A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e, a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.
     Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia ou a qualquer momento. Boa leitura e bom dia.

Aracaju, terça-feira, 01 de março de 2016.

Jorge Martins Cardoso – Médico (e futuro BANQUEIRO) – CREMESE – 573.
    


     Fontes: (1) – Livro – Chatô – O Rei do Brasil – Fernando Morais – Companhia das Letras - Edição de 1994 – páginas 24, 26, 433, 436, 440, 499, 501, 629, 636, 665, 666 e 669 – (735 páginas). (2) – Outras fontes.


jorge martins
Enviado por jorge martins em 01/03/2016


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