Jorge Martins Cardoso

 

Um eterno aprendiz



Textos

A LIBERDADE... (...). "O PODER CURATIVO DO SANGUE" - Por Dr. OLÍVIO MARTINS (Médico nascido em Santo Amaro (BA) - 3ª parte - "DEUS, dívidas e DEUS".




AUTO-HEMOTERAPIA, Dr. Fleming e os antibióticos...



Artigo Extra.



O PODER CURATIVO DO SANGUE.  
(3ª parte).  




     Páginas 13, 14, 15 e 16 – I – O PODER CURATIVO DO SANGUE.


     A natureza colocou, generosamente, no sangue do homem as suas defesas naturais. Se não fôssem elas o home teria uma vida fugaz, sòmente atingindo, raramente, a puberdade. Os inimigos da saúde do homem e os assaltantes de sua vida estão por tôda parte, nas poeiras das ruas, nos insetos que o rodeiam, nos alimentos com que êle se sustenta, na água que bebe, nas roupas com que se cobre, na aproximação do seu próprio semelhante, no ósculo dos lábios maternos, etc.  
     Por tôda parte são, pois, como se vê, consideráveis e constantes os perigos que ameaçam o homem e que o fariam sucumbir, precocemente, se êle não contasse com as defesas naturais contidas em determinados elementos do sangue.
     O sangue é a alma material do corpo. É êle que torna possível a sua vida e que é, ainda, capaz de curar algumas ou muitas vêzes as suas moléstias, por graves que elas possam ser.
     O sangue, desprovido dos elementos nocivos e banais, é de uma eficácia tão grande no tratamento das doenças que consideramos a HEMOTERAPIA a mais enérgica e pronta, além da mais inócua, de tôdas as terapêuticas. Quando falamos em HEMOTERAPIA não nos referimos, em absoluto, à AUTO-HEMOTERAPIA comum que consiste em injetar o sangue em natureza, com os seus germes, as suas toxinas e os seus elementos banais, em dados casos, podem vir a ser nocivos também. Consideramos perigosa essa técnica da injeção do sangue integral, que pode reinfetar o paciente, introduzindo-lhe no organismo os germes e as toxinas contidas no seu sangue. Suponhamos, por exemplo, o caso de um doente de malária, que leva no sangue o plasmodium produtor da moléstia, se nós injetarmos em natureza, isto é, sem expurgá-lo meticulosa e científicamente de seus elementos perigosos e nocivos, iremos agravar a situação do nosso doente, podendo até mesmo pôr em perigo a sua existência. Assim, nos casos de lepra, de sífilis, de icterícia causada por vírus, etc. É, pois, a nosso ver, inconveniente, sobretudo em casos concretos, o emprego do sangue integral.
    
    
Observações do escriba:

     1ª - Pelo que se pode observar, mais uma vez o Dr. OLÍVIO MARTINS se refere à AUTO-HEMOTERAPIA, ou seja, ao uso integral do sangue. Ou seja, o sangue natural.  Ele defende o ponto de vista de que o sangue integral possa estar contaminado com impurezas e até mesmo por microrganismos.

     2ª - Segundo Dr. OLÍVIO MARTINS o sangue deve ser purificado antes de ser aplicado na própria pessoa. Ele condena a AUTO-HEMOTERAPIA e preconiza a HEMOTERAPIA ou AUTOTERAPIA.

3ª - Segundo ficou esclarecido no artigo anterior Dr. OLÍVIO MARTINS faria uso de TÉCNICA ESPECIAL DE LABORATÓRIO, para purificar o sangue.    

     Quando falamos em HEMOTERAPIA, referimo-nos ao tratamento dos doentes pelo sangue, isento da parte que é o veículo dos germes e suas toxinas, e ainda dos elementos banais que, também, podem vir a ser nocivos, com o aproveitamento, apenas, dos elementos anatômicos do sangue e das sôro-globulinas que são os vetores dos anticorpos, que se encarregam das defesas naturais, imunizam o organismo tornando-o terreno desfavorável à doença.  
     Essa é a HEMOTERAPIA a que nos referimos e que demanda um labor consciencioso e exaustivo de laboratório para se tornar uma terapêutica realmente inócua e verdadeiramente útil ao homem doente, tirando-se o máximo de aproveitamento do PODER CURATIVO DO SANGUE.  
     Assim, pois, poderemos definir a HEMOTERAPIA dizendo que é a terapêutica que consiste em libertar o sangue, a empregar, dos elementos nocivos e banais, aproveitando-se, ùnicamente, os elementos que produzem as defesas orgânicas, os quais, depois de cientìficamente tratados, desintegrados e revitalizados, serão injetados no doente como elemento curador.
     O PODER CURATIVO DO SANGUE, sempre, aproveitamos todos nós, tôdas as vêzes que recordamos que “é na própria fonte humana que a medicina moderna tem encontrado as melhores armas para manejá-las contra muitas doenças”. (Professor Aleixo de Vasconcelos). Porém, a maneira pela qual se pode buscar essas “armas para manejá-las” varia muito, de acordo com a técnica empregada. Uns empregam processos EMPÍRICOS, como a INJEÇÃO DO “PRÓPRIO SANGUE” INTEGRAL. Outros procuram meios mais racionais e científicos. Deixaremos, por enquanto, os processos inteiramente empíricos, pois, podem produzir choques hemoclássicos e tornarem-se perigosos.
    Na Alemanha, o Dr. Sthal e outros empregam o sangue desfibrinado e irradiado, com bons resultados, em inúmeros casos, e asseveram que “o sangue irradiado mobiliza as fôrças de defesa do organismo normal e, de maneira mais nítida, do organismo patológico”. Segundo os cientistas alemães são estas as principais indicações: - Esgotamento Geral Nervoso e Físico, principalmente nos casos com psicose maníaco depressiva, neuralgia, asma brônquica, eczema hereditário crônico, cefaleia, artrite deformante, crises tábidas, etc.

    
Observações do escriba:

     1ª – Segundo Dr. OLÍVIO MARTINS, médicos da Alemanha desfibrinam e irradiam o sangue, e fazem tratamento com o mesmo.

     2ª – Seria então outra maneira de se usar o próprio sangue, para tratar uma série de enfermidades.  
      

     Na América do Norte, as crianças vêm sendo imunizadas contra o sarampo e a coqueluche, graças às sôro-globulinas extraídas do sangue de convalescentes ou de pessôas adultas que já foram atacadas por essas doenças. A propósito, transcrevemos aqui a seguinte notícia vinda de Washington: - “Na Escola Médica da Universidade de Harvard, em Cambridge, Massachussetts, há um laboratório como “Plasma Fraction Laborator”, onde um grupo de cientistas trabalhou, durante os últimos anos, na ‘dissociação do sangue’“. Um de seus triunfos foi resolver como retirar do sangue um de seus componentes de proteína, o “serum globulin” do resto do sangue, conseguiram uma substância imunizadora, que provou ser altamente eficaz na prevenção e no tratamento do sarampo. Essa contribuição à imunização faz parte de certo número de progressos obtidos no curso de pesquisas feitas com o sangue.
     Destas pesquisas surgiram novos trabalhos sôbre o sangue, principalmente, da globulina gama que é a fração que contém a maioria dos corpos imunes, a qual tem sido aplicada, com êxito, na proteção contra a PARALISIA INFANTIL.
     Ainda, dos Estados Unidos, nos vem a notícia que o Dr. Morris Spielberg, de Brooklin, tem conseguido excelentes resultados, no tratamento da artrite reumática, com o uso de um sôro fabricado com sangue retirado de recém-nascidos. Isto, porque, geralmente, as senhoras que sofrem de artrite reumática ficam bem melhores no período de gestação, pelo que se torna mais aconselhável o tratamento daquela moléstia pelo sangue doado por senhoras gestantes.


Observação: continua na 4ª parte.
    

     A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e, a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.
     Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia ou a qualquer momento. Boa leitura e bom dia.


Aracaju, terça-feira, 08 de março de 2016.

Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.



     Fontes: (1) – Livro do Dr. OLÍVIO MARTINS – O PODER CURATIVO DO SANGUE – “Menos Remédios e Mais Ciência” – 8ª EDIÇÃO – 1960 – Rio de Janeiro – páginas 13, 14, 15 e 16. (2) – Outras fontes.


jorge martins
Enviado por jorge martins em 08/03/2016


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