Jorge Martins Cardoso

 

Um eterno aprendiz



Textos

A LIBERDADE... (...). "O PODER CURATIVO DO SANGUE" - Por Dr. OLÍVIO MARTINS - (Médico nascido em Santo Amaro (BA). - 9ª parte. "DEUS, dívidas e DEUS".



AUTO-HEMOTERAPIA, Dr. Fleming e os antibióticos...



Artigo Extra.



O PODER CURATIVO DO SANGUE.  
(9ª parte).  



          
    
          Páginas - 53, 54, 55 e 56. – IV – DIABETE.




     Sendo a nossa clínica particular, não podemos e não devemos trazer à baila, os nomes dêsses clientes. Mas, os que aqui vão mencionados já se pronunciaram anterior e espontâneamente, até mesmo pela imprensa, num gesto aplausível de bem servir à humanidade e à medicina.
     Dr. THOMPSON NOGUEIRA levou à ACADEMIA NACIONAL de MEDICINA uma comunicação sôbre um seu cliente diabético, que “apesar dos mais cuidadosos tratamentos feitos, nunca pôde obter sua cura ou a sua melhora sequer, o qual perdeu totalmente o açúcar nas urinas e recobrou grande euforia e visível bem-estar, já com as primeiras INJEÇÕES AUTOTERÁPICAS”.
     Drs. OLIVEIRA BOTELHO e TOLENTINO MIRAGLIA, também apresentaram à ACADEMIA NACIONAL de MEDICINA diversos casos de DIABETES TRATADOS com grande êxito pela VACINA do SANGUE.
     Dr. GERALDO ROCHA, em editorial, disse: “Posso, porém, atestar sem receio de contestação que no meu caso de DIABETES consegui resultados magníficos com O PROCESSO de CURA do PRÓPRIO SANGUE aplicado pelo Dr. OLÍVIO MARTINS”.
     Sr. ALCINO TEIXEIRA de CARVALHO, da Alfândega de Santos, em entrevista à imprensa declarou: - “Cumpro um dever de solidariedade humana, transmitindo aos DIABÉTICOS os resultados maravilhosos que obtive. Há dez anos vinha padecendo desta moléstia que a ciência, até então, considerava incurável. Frequentei por diversas vêzes as termas de Araxá e após cada estação voltava de novo a GLICOSÚRIA. Fiz a primeira série de INJEÇÕES AUTOTERÁPICAS, há quatro meses e de então para cá, as perdas de açúcar desapareceram por completo, conforme exames de laboratório que tenho em meu poder. Fiz a segunda, livre de GLICOSÚRIA, e se enceto a terceira faço-a apenas por precaução para consolidar o tratamento”.
     Dr. PLÍNIO de CARVALHO confirma “que sofria, há sete anos, de uma tenaz DIABETE, chegando a perder 60 gramas de açúcar, por dia, nas URINAS e tendo mais de duas gramas no SANGUE. Os seus padecimentos eram agravados por uma terrível NEFRITE, atingindo o paciente o estado de miséria orgânica, quando um amigo lhe indicou o TRATAMENTO AUTOTERÁPICO. Embora descrente, fez a primeira série de INJEÇÕES e experimentou melhoras acentuadas. Depois de completo o TRATAMENTO pelas VACINAS do PRÓPRIO SANGUE, no Laboratório de Análises Newton Vale de Morais, revelando êstes ausência de GLICOSÚRIA e GLICEMIA NORMAL, conforme os boletins números 1.017 e 1.018”.    
      Coronel POMPÍLIO DIAS, pelas colunas do “Correio Português” de 11 de abril de 1940, declarou: “... Eu perdia mais de 96 gramas de açúcar nas URINAS, em 24 horas, conforme você verificará pela análise nº 46.156, do Laboratório Paulista, que aqui exibo. O meu SANGUE foi examinado, e a sua dosagem era de 3,06 gramas por litro. Um mês depois, isto é, a 1º de março do corrente ano, o Laboratório Paulista de Análises examinou novamente o meu SANGUE e URINAS, encontrando a percentagem de GLICOSE do SANGUE NORMAL, isto é, 1 g. e 17 cent. E as URINAS sem açúcar. Alcancei êste belíssimo resultado com as VACINAS do MEU PRÓPRIO SANGUE.”
     Sr. OTAVIANO SILVEIRA, também, “declara que uma pessoa de sua família foi CURADA de sua DIABETE pelas VACINAS do PRÓPRIO SANGUE”.  
     A Sra. J. C. chegou a perder 117 gramas de açúcar nas URINAS, por dia, conforme Boletim do Laboratório de Biologia Clínica, datado de 19 de outubro de 1939, e 3,16 de TAXA GLICÊMICA. Com a primeira série das VACINAS de SANGUE as URINAS revelaram ausência de açúcar e a TAXA GLICÊMICA igual a 1,70. Quatro meses depois da segunda série, sem uso absoluto de insulina, mandou fazer novos exames pelo mesmo Laboratório de Biologia Clínica, em 21 de abril de 1940, revelando-se ausência de GLICOSÚRIA e uma TACA GLICÊMICA de 1,14.
     Muitos outros casos idênticos temos obtido com esta racional TERAPÊUTICA, mas evitamos molestar os nossos pacientes com pedidos de permissão para citar-lhes os nomes.
     Apenas, iremos nos referir a um trecho da carta que recebemos do nosso cliente e amigo AMÉRICO MACHADO, residente em Poços de Caldas, dando-nos notícias da saúde de sua espôsa, em que diz:
     “... Como o SANGUE de Bela não tinha a quantidade normal de açúcar, conforme exame que há dias fizemos, o médico daqui aconselhou-a a comer algum açúcar, o que ela fêz durante alguns dias”.  
     Esta nossa distinta cliente tinha uma TAXA GLICÊMICA de grs. 1,80 – a qual baixou para 0,70 três meses após o início do TRATAMENTO pela VACINA do SANGUE, e isso SEM USO DE INSULINA.
     Também, destacamos aqui o que nos relatou em carta o nosso cliente G. B. residente em São Paulo:
     “... O Exame de açúcar do SANGUE, de 3,72 passou para 1, 90 – e a URINA está negativa. Estou atribuindo que estas reações do organismo não terão outro motivo a não ser o efeito das VACINAS feitas pelo amigo, pois o médico agora confirmou que quando fui para o Rio eu perdia 12 a 14 grs. de açúcar, apesar das 50 unidades de insulina em cada refeição”.
     Ùltimamente fomos procurados pelo Sr. J. J. A., português, com 51 anos de idade, DIABÉTICO e portador de uma GRANDE ÚLCERA em cada PERNA. Êsse cliente curou-se do DIABETE e das ÚLCERAS, apenas com duas séries das VACINAS do SANGUE. E, quando voltou ao consultório, afim de DAR SANGUE para a sua terceira série, isto é, cinco meses após o início do TRATAMENTO, declarou-nos que se sentia tão bem disposto tal como se fôsse há trinta anos passados.  
     Apesar dêstes bons resultados, entretanto, nem todos os DIABÉTICOS perdem, totalmente, o açúcar nas URINAS, ou mesmo se curam.
     Os êxitos, mais ou menos completos, têm sido, em média, de 60% dos casos.
     Porém, aquêles que não conseguem resultados inteiramente satisfatórios, com relação à GLICOSÚRIA e a GLICEMIA, aproveitam sempre com o TRATAMENTO, porquanto adquirem maior resistência e toleram melhor a doença, amenizando, assim, um pouco mais a vida,
     A propósito, citamos o caso de uma distinta cliente nossa, da cidade de São Paulo, Professora G. P. A., que fez o tratamento pela VACINA do SANGUE, por ter sido sua saúde agravada por uma POLINEVRITE DIABÉTICA, que a levou quase à paralisia dos membros inferiores, lhe sobrevindo, também, uma RETINITE. Portanto, complicações estas que a tornaram inválida, naquela época. Depois do tratamento pela VACINA do SANGUE, ela recuperou a saúde, voltando ao magistério público do qual tinha sido afastada. Porém, a GLICOSÚRIA permaneceu e, ainda permanece, o que, aliás, não a impede de ter vida normal.


Observações do escriba:


     1ª – No livro do Dr. OLÍVIO MARTINS, no capítulo sobre DIABETE, as palavras GLICOSÚRIA e GLICEMIA aparecem com certa frequência.

     2ª – Antigamente, os CLÍNICOS, - hoje, uma especialidade médica praticamente em extinção – davam conta de tratar as pessoas portadoras de DIABETE, geralmente alcançando bons resultados.

     3ª – Posteriormente surgiram os chamados DIABETÓLOGOS, ou seja, médicos especialistas em tratarem os DIABÉTICOS.

     4ª – Atualmente a expressão DIABETÓLOGO caiu em desuso, e, em seu lugar surgiram os ENDOCRINOLOGISTAS, que, além de tratarem dos DIABÉTICOS, também tratam os portadores de outras patologias ligadas às diversas glândulas do corpo humano, como, por exemplo, a tireóide.

     5ª – Mas, o que é GLICOSÚRIA? GLICOSÚRIA é a presença de açúcar na urina. E o que é GLICEMIA? GLICEMIA é a presença de açúcar no sangue. Portanto, o indivíduo portador de DIABETE, pode apresentar açúcar na urina e também açúcar no sangue. Urina é urina, sangue é sangue e açúcar é açúcar. Simples assim? Pode ser...

     6ª – GLICOSÚRIA é um substantivo feminino (GLICOSE + URO + IA). Medicina. Presença de quantidades ANORMAIS de AÇÚCAR, especialmente de GLICOSE, na URINA.  

     7ª – GLICEMIA é um substantivo feminino (GLICO + HEMO + IA). Medicina. Existência NORMAL da GLICOSE no SANGUE.  

     8ª – No caso do indivíduo portador de DIABETE, o que acontece é a existência ANORMAL de GLICOSE no SANGUE. Na maioria dos casos, a quantidade de GLICOSE no SANGUE está aumentada, e recebe o nome de HIPERGLICEMIA. No entanto, em outros casos, a quantidade de GLICOSE no SANGUE está diminuída, e recebe o nome de HIPOGLICEMIA.

     9ª - Os DIABÉTICOS ficam oscilando entre a HIPERGLICEMIA (o que é mais comum) e a HIPOGLICEMIA (o que é menos comum). Estas duas condições não são boas para a saúde das pessoas. Aos médicos, cabe a tarefa de manter a GLICOSE no SANGUE, ou TAXA de GLICOSE no SANGUE, dentro de um padrão de normalidade a qual chamamos de NORMOGLICEMIA.  
  
     10ª – Mas, o que é GLICOSE? GLICOSE é um substantivo feminino. (GLICO + OSE). Química. 1. AÇÚCAR que existe nas uvas, noutros frutos açucarados, no mel (ao lado da levulose), no SANGUE, no suco de alguns vegetais, etc. É um monossacarídeo facilmente assimilável e muito nutritivo. 2. AÇUCAR de uvas, ou de amido.  

     11ª – Já vimos que GLICEMIA é (GLICO + HEMO + IA). Vimos também que GLICOSE é (GLICO + OSE).

     12ª – Mas, o que é GLICO? GLICO é um radical que significa: a) DOCE; b) AÇÚCAR; ou algumas vezes especificamente; c) GLICOSE; d) GLICERINA; e) GLICINA. Esta definição acima consta na página 480 do Dicionário Médico BLAKISTON.  

     13ª – O Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa na página 870 também define GLICO – Elemento de composição. (Grego Glukus). Exprime a idéia de DOCE e entra na formação de palavras que se relacionam com AÇÚCAR ou com GLICERINA: Glicogênio, Glicômetro, Glicorréia.    

     14ª – No capítulo sobre DIABETE, Dr. OLÍVIO MARTINS deixa claro que com uma “alimentação balanceada” e com o uso da VACINA do SANGUE, os seus pacientes diabéticos tanto diminuíram a GLICOSÚRIA como também a GLICEMIA, sem o uso escravizante da INSULINA, o que foi comprovado com o auxílio de exames laboratoriais. E, naturalmente, através de minuciosa avaliação CLÍNICA. A CLÍNICA continua SOBERANA.

     15ª – O médico carioca Dr. Luiz Moura ao falar da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), fala dos benefícios da mesma em relação aos DIABÉTICOS. Mas, aí é outra história.  

     A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e, a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.
     Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia ou a qualquer momento. Boa leitura e bom dia.

Aracaju, domingo, 13 de março de 2016.

Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE - 573



     Fontes: (1) - Livro do Dr. OLÍVIO MARTINS – O PODER CURATIVO DO SANGUE – “Menos Remédios e Mais Ciência” – 8ª EDIÇÃO – 1960 – Rio de Janeiro – páginas 53, 54, 55 e 56. (2) – Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. (3) – Dicionário Médico BLAKISTON. (4) – Outras fontes.

      
jorge martins
Enviado por jorge martins em 13/03/2016


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