Jorge Martins Cardoso

 

Um eterno aprendiz



Textos

A LIBERDADE... (...). "O Que Significa DEÍSMO? - Ateísmo, DEÍSMO e Teísmo". + (2ª parte sobre ESPIRITISMO). - 13ª parte.





AUTO-HEMOTERAPIA, Dr. Fleming e os antibióticos...


Artigo Extra.


Ateísmo, DEÍSMO e Teísmo.


13ª parte.  


+ (2ª parte sobre Espiritismo).


     Outra parcela dos adeptos, no entanto, considera o uso do termo "kardecismo" apropriado.
     O uso deste termo é corroborado por fontes lexicográficas como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, o Michaelis Moderno Dicionário da Língua Portuguesa e o Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa.
     As expressões nasceram da necessidade de alguns em distinguir o "ESPIRITISMO" (como originalmente definido por KARDEC) dos cultos afro-brasileiros, como a UMBANDA.
    
    
Observações do escriba:

     1ª - Na próxima encarnação, como venho repetindo, serei um “robusto” BANQUEIRO.

     2ª – Na nova condição de “robusto” BANQUEIRO, mandarei construir o maior CENTRO de UMBANDA do MUNDO, vizinho ao “Templo de Salomão”, lá em São Paulo.

     3ª – O “Terreiro” será chamado  de “CENTRO de UMBANDA CELESTIAL”.

     4ª – A inauguração contará com a presença de nosso saudoso escritor JORGE AMADO, e a abertura musical será feita por nosso querido cantor baiano GILBERTO GIL, VIVO, doente ou morto. A cantora CLARA NUNES, já falecida, também se fará presente.

     5ª - Não posso, no momento, revelar o nome de todos os artistas, de todos os cantores e de todas as cantoras, que irão participar do evento inaugural. Será uma grande surpresa...


     Estes últimos, discriminados e perseguidos em vários momentos da história recente do Brasil, passaram a se autointitular espíritas (em determinado momento com o apoio da Federação Espírita Brasileira), num anseio por legitimar e consolidar este movimento RELIGIOSO, devido à proximidade existente entre certos conceitos e práticas destas doutrinas.
     Seguidores mais ortodoxos de KARDEC, entretanto, não gostaram de ver a sua prática associada aos cultos afro-brasileiros, surgindo assim o termo "espírita kardecista" para distingui-los dos que passaram a ser denominados como "espíritas umbandistas".


História.


Primeiras observações.




     “Foto: Diversas personalidades famosas compareciam às sessões mediúnicas de Daniel Dunglas Home no século XIX”.

     Segundo seguidores e simpatizantes da Doutrina Espírita, os fenômenos mediúnicos seriam UNIVERSAIS e teriam sempre existido, inclusive com fartos relatos na BÍBLIA.  
     Entre outros, os espíritas citam como exemplos mediúnicos bíblicos a proibição de Moisés à prática da "consulta aos mortos", que seria uma evidência da crença judaica nessa possibilidade, já que não se interdita algo irrealizável.  
     A consulta de Saul, primeiro rei do antigo Reino de Israel, à Bruxa de Endor, em I Samuel 28:1-25, que vê e ouve o Espírito desencarnado de Samuel, o último dos juízes de Israel e o primeiro dos profetas registrados na história do seu povo; a comunicação de Jesus com Moisés e Elias no Monte Tabor na Transfiguração de Jesus (Mateus 17:1-9).
     Na filosofia antiga também há exemplos: nos Diálogos de Platão, este fala sobre o daimon ou gênio que acompanharia Sócrates.
     Muitos espíritas adotam a data de 31 de março de 1848 (início dos acontecimentos mediúnicos na residência das Irmãs Fox em Hydesville, EUA) como o marco inicial das modernas manifestações mediúnicas, alegadamente mais ostensivas e frequentes do que jamais ocorrera, o que levou muitos pesquisadores a se debruçarem sobre tais fenômenos.
     No entanto, para Sir Arthur Conan Doyle e vários outros espíritas, o marco inicial das modernas manifestações mediúnicas foi na verdade Emanuel Swedenborg, polímata sueco do século XVII.
     Segundo Conan Doyle, a espiritualidade de Swedenborg marcou o início da era em que fenômeno mediúnico deixou de ter caráter esporádico, para transformar-se numa espécie de "invasão espiritual organizada" na Terra.


ALLAN KARDEC.



     “Foto: Busto de Allan Kardec, o codificador e sistematizador da Doutrina Espírita, em seu túmulo no Cemitério Père Lachaise em Paris”.

     Durante o século XIX houve uma grande onda de manifestações mediúnicas nos Estados Unidos e na Europa.
     Estas manifestações consistiam principalmente de ruídos estranhos, pancadas em móveis e objetos que se moviam ou flutuavam sem nenhuma causa aparente.
     No final dos anos 1840 destacou-se o suposto caso das Irmãs Fox, nos EUA.
     Em 1855, o professor Denizard Rivail, que depois adotou o pseudônimo de ALLAN KARDEC, pretendia investigar o fenômeno que muitas pessoas afirmavam ter experimentado na época, das mesas girantes ou dança das mesas, em que mesas e objetos em geral pareciam animar-se com uma estranha vitalidade.
     Apesar de iniciais afirmações bastante duvidosas em relação ao fenômeno "Eu crerei quando vir e quando conseguirem provar-me que uma mesa dispõe de cérebro e nervos, e que pode se tornar sonâmbula; até que isso se dê, deem-me a permissão de não enxergar nisso mais que um conto para dormir em pé".
     Assegura-se que após dois anos de pesquisas, não tinha constatado um motivo para englobar todos os acontecimentos dessa ordem no âmbito das falácias e/ou charlatanices.
     Pessoalmente convencido não só da realidade do fenômeno, que considerou essencialmente real apesar das mistificações existentes, mas também acreditando que eles eram realmente causados por influência de espíritos, Rivail, passou a promover novos métodos de estudo para a identificação deste e outros fenômenos do tipo mas sagrou-se principalmente a divulgar suas concepções sobre consequências ÉTICO-MORAIS a eles relacionadas.


O verdadeiro Espírita não é aquele que crê nas manifestações, mas aquele que aproveita o ensinamento dado pelos Espíritos. De nada serve crer, se a crença não o faz dar um passo à frente no caminho do progresso, e não o torna melhor para o seu próximo.

— Allan Kardec; O Espiritismo na sua Mais Simples Expressão.



     Quanto à sua formação, foi discípulo de Pestalozzi (discípulo por sua vez de Rousseau) e membro de diversas sociedades acadêmicas.
     O seu principal intuito como espírita era dar algum suporte à espiritualidade humana numa época em que a CIÊNCIA avançava a passos largos e as RELIGIÕES perdiam cada vez mais adeptos.
     KARDEC julgava ter encontrado um novo modo de pensar o real, que uniria, de forma ponderada, a ascendente CIÊNCIA e a decadente RELIGIÃO.
     Analisou relatos de inúmeras ocorrências mediúnicas espalhadas pela Europa e Estados Unidos, unificando as informações que interpretou a fim de codificar esse tipo de prática e os ensinamentos transmitidos.
     Assim, KARDEC defendia que fazia uso do empirismo CIENTÍFICO para investigar os fenômenos, da racionalidade filosófica para dialogar com o que presumiu serem espíritos e analisar suas proposições, e buscou extrair desses diálogos consequências ÉTICO-MORAIS úteis para o ser humano.
     Surgia aí, mais precisamente em 18 de abril de 1857, a doutrina espírita, sistematizada na primeira edição de “O Livro dos Espíritos”.
     Nos Estados Unidos, desde os primórdios de seu aparecimento, o Espiritismo tem sido mais comumente denominado "Moderno Espiritualismo", em face da introdução de um caráter CIENTÍFICO-filosófico-RELIGIOSO novo nas ideias já existentes do espiritualismo.
     Nos países de língua inglesa, assim como boa parte da Europa, o espiritismo ainda é considerado, primordialmente, uma CIÊNCIA de observação dos fenômenos espiritualistas (uma espécie de "espiritualismo CIENTÍFICO ou experimental") e, muito menos, como uma RELIGIÃO.
     O Espiritualismo norte-americano e inglês evoluiu de forma bem diferente do que é conhecido como Espiritismo ou Doutrina Espírita, conforme codificado por ALLAN KARDEC.


As mesas girantes.


     Ver também: Efeito ideomotor.



     “Foto: Salão parisiense com as mesas girantes. (Revista "L'Illustration", 1853)”.


     Segundo seus biógrafos, ALLAN KARDEC foi convidado por Fortier, um amigo estudioso das teorias de Franz Anton Mesmer, a verificar, observar e analisar o fenômeno chamado de mesas girantes, um tipo de sessão espírita popular no século XIX.
     As primeiras manifestações de mesas girantes observadas por ele aconteceram por meio de mesas se levantando e batendo, com um dos pés, um número determinado de pancadas e respondendo, desse modo, sim ou não, segundo fora convencionado, a uma questão proposta.
     Apesar da crença que supostos espíritos ou gênios movimentavam as mesas, experimentos CIENTÍFICOS de MICHAEL FARADAY publicados em 1853 mostraram que os movimentos eram causados pelo efeito ideomotor e descartaram as explicações paranormais para o fenômeno das mesas girantes.
     O efeito ideomotor também causa os movimentos observados no chamado tabuleiro ouija e na "brincadeira do copo", nos quais os participantes movimentam marcadores involuntariamente sobre letras e números e também atribuem os movimentos a supostos espíritos ou gênios.
     KARDEC, analisando esses fenômenos, concluiu que não havia nada de convincente neste método para os céticos, porque se podia acreditar num efeito da eletricidade, cujas propriedades eram pouco conhecidas pela CIÊNCIA de então.
     Foram então utilizados métodos para se obter respostas mais desenvolvidas por meio das letras do alfabeto: a mesa batendo um número de vezes corresponderia ao número de ordem de cada letra, chegando, assim, a formular palavras e frases respondendo às perguntas propostas.
     KARDEC concluiu que a precisão das respostas e sua correlação com a pergunta não poderiam ser atribuídas ao acaso.
     O ser misterioso que assim respondia, quando interrogado sobre sua natureza, declarou que era um espírito ou gênio, deu o seu nome e forneceu diversas informações a seu respeito.
     Posteriormente o fenômeno diminuiu de popularidade e chegou a tornar-se anedótico.
     Por volta da mesma época Victor Hugo e Gerard de Nerval tornam-se crentes nas mesas girantes.
     Victor Hugo, durante seu exílio na ilha de Jersey (1851-1855) participou de inúmeras sessões de mesas girantes com seu amigo Auguste Vacquerie e passou a acreditar que havia entrado em contato com espíritos de falecidos, inclusive sua filha Léopoldine (morta por afogamento) e grandes escritores como Shakespeare, Dante, Racine e Molière.
     Diante de experiências com as mesas, Victor Hugo se converteu ao espiritismo e, em 1867, clamou que a CIÊNCIA deveria dar atenção e seriedade para os fenômenos das mesas:
     "A mesa girante ou falante foi bastante ridicularizada. Falemos claro. Esta zombaria é injustificável. Substituir o exame pelo menosprezo é cômodo, mas pouco CIENTÍFICO. Acreditamos que o dever elementar da CIÊNCIA é verificar todos os fenômenos, pois a CIÊNCIA, se os ignora, não tem o direito de rir deles.
     Um sábio que ri do possível está bem perto de ser um idiota. Sejamos reverentes diante do possível, cujo limite ninguém conhece, fiquemos atentos e sérios na presença do extra-humano, de onde viemos e para onde caminhamos".


Continuadores da Doutrina Espírita.


     “Foto: O médium e filantropo brasileiro Chico Xavier, considerado fortemente no Espiritismo como um grande exemplo de bondade e humildade”.

     São continuadores da doutrina e de fundamental importância para sua expansão: Arthur Conan Doyle, Albert de Rochas, Alexandre Aksakof, Amalia Domingo Soler, Bezerra de Menezes, Camille Flammarion, Cairbar Schutel, Cesare Lombroso, Chico Xavier, Deolindo Amorim, Divaldo Franco, Ernesto Bozzano, Eurípedes Barsanulfo, Gabriel Delanne, Gustave Geley, Herculano Pires, Hernani G. Andrade, Hermínio C. Miranda, Léon Denis, Oliver Lodge, Raul Teixeira, Paul Gibier, Vera Kryzhanovskaia, Waldo Vieira (até 1965), William Crookes, Yvonne Pereira, Zilda Gama, entre outros.
    
     Psiquiatra e parapsicólogo espírita brasileiro da Universidade Federal de Juiz de Fora, Alexander Moreira-Almeida faz ampla divulgação de suas pesquisas, com resultados que suportam DOGMAS da doutrina espírita como a mediunidade.
     Ele analisou a veracidade de cartas psicografadas por Chico Xavier.


Princípios.


     Nascido no século XIX, no dia 18 de Abril de 1857, com a publicação de “O Livro dos Espíritos”, o Espiritismo se estruturou a partir de pretensos diálogos estabelecidos com espíritos desencarnados que, se manifestando por meio de médiuns, discorreram sobre temas CIENTÍFICOS, RELIGIOSOS e filosóficos sob a ótica da MORAL CRISTÃ, ou seja, tendo por princípio o amor ao PRÓXIMO, trazendo à luz novas perspectivas sobre diversos temas de grande relevância filosófica e TEOLÓGICA.
     Desta forma foi estabelecido um dos preceitos básicos do espiritismo que é a importância da caridade, (Lema: Fora da caridade não há salvação) entendida como sendo a benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros e perdão das ofensas.


     “Foto: "Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei", em francês no túmulo de KARDEC”.


     O Espiritismo pretende chegar à compreensão da realidade mediante a integração entre as três formas clássicas de CONHECIMENTO, que seriam a CIÊNCIA, a FILOSOFIA e a RELIGIÃO.
     A doutrina espírita se propõe, assim, a estabelecer um diálogo entre as três, visando à obtenção de uma forma original que, a um só tempo, fosse mais abrangente e mais profunda, para desta forma melhor compreender a realidade.
     KARDEC sintetiza o conceito com a célebre frase: “FÉ inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a RAZÃO em todas as épocas da humanidade”.
     Segundo o filósofo espírita Herculano Pires, "Filosofia Espírita, como disse KARDEC, pertence genericamente ao que costumamos chamar Filosofia Espiritualista, porque a sua visão do UNIVERSO não se prende à Matéria, mas vai até o Espírito, que considera como causa de tudo o que percebemos no plano material. Englobando na sua interpretação COSMOLÓGICA a CIÊNCIA Espírita, e tendo como conseqüência a RELIGIÃO Espírita, a FILOSOFIA Espírita encerra em si mesma toda a doutrina."
     É importante ressaltar ainda que, quem quer que acredite haver em si alguma coisa mais do que os elementos integrantes do UNIVERSO NATURAL - matéria e radiação - acreditando assim em quaisquer entidades transcendentes ao UNIVERSO tangível é, por definição, espiritualista, independente de sua RELIGIÃO, sendo, portanto, o espiritualismo enquanto oposição ao materialismo, o pilar fundamental da maioria das doutrinas RELIGIOSAS.
     No caso do espiritismo, a principal diferença entre esta doutrina e a maioria das demais RELIGIÕES é sua crença na possibilidade de comunicação entre o mundo corporal e o mundo espiritual, contudo, a FÉ nesta possibilidade de comunicação gera grande confusão por parte dos leigos entre a doutrina espírita e as RELIGIÕES afro-brasileiras, contudo, cada uma delas possui origens completamente distintas umas das outras.
     ALLAN KARDEC, em "Obras Póstumas", propõe que o espiritismo seja uma doutrina natural, passível de ser interpretada ou não como RELIGIÃO pelos homens, isto é, capaz de colocar o HOMEM – ou o espírito – diretamente em relação com DEUS.


Fundamentos principais.


     “Foto: Quadro retratando a Evolução espiritual, segundo a ótica da Doutrina Espírita”.


     A doutrina espírita, de modo geral, fundamenta-se nos seguintes pontos (princípios):
- Existência e unicidade de DEUS, rejeitando o DOGMA da Santíssima Trindade (Conforme está na primeira questão de "O Livro dos Espíritos" - "DEUS é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas". Também é ALGO e não ALGUÉM);
- O UNIVERSO é criação de DEUS, incluindo todos os seres racionais (Jesus, por exemplo) e irracionais, animados e inanimados, materiais e imateriais, que por sua vez, todos estão destinados a lei do progresso;
- Existência e imortalidade do espírito, compreendido como individualidade inteligente da CRIAÇÃO DIVINA que está ligado ao corpo físico através de um conectivo "semimaterial" denominado de perispírito;
- Volta do espírito à matéria (REENCARNAÇÃO), tantas vezes quanto necessário, como o mecanismo natural para se alcançar o aperfeiçoamento material e MORAL. No entanto, para a doutrina, a perfeição que a Humanidade é suscetível atingir é relativa pois apenas DEUS possui a perfeição absoluta, infinita em todas as coisas. Os espíritas rejeitam a crença na metempsicose;
- Conceito de "criação igualitária" de todos os espíritos, "simples e ignorantes" em sua origem, e destinados invariavelmente à perfeição, com aptidões idênticas para o bem ou para o mal, dado o LIVRE-ARBÍTRIO;
- Possibilidade de comunicação entre os espíritos encarnados ("vivos") e os espíritos desencarnados ("mortos"), por meio da MEDIUNIDADE (também denominada comunicabilidade dos espíritos). Essa comunicação é realizada com o auxílio de pessoas com determinadas capacidades - os MÉDIUNS como, por exemplo, na chamada "escrita automática" (psicografia);
- Lei de causa e efeito, compreendida como mecanismo de retribuição ÉTICA UNIVERSAL a todos os espíritos, segundo a qual nossa condição atual é resultado de nossos atos passados e nossos pensamentos, palavras e atos constroem diariamente nosso futuro (Quem semeia o bem, colhe o bem. Quem semeia o mal, colhe o mal);
- Pluralidade dos mundos habitados materiais e espirituais: a Terra não é o único planeta com vida inteligente no UNIVERSO, bem como os planetas possuem mundos espirituais habitados (por exemplo, Umbral, colônias espirituais e os planos espirituais superiores);
- Jesus, criado por DEUS, é o guia e modelo para toda a humanidade. Segundo o espiritismo, a MORAL CRISTÃ contida nos evangelhos canônicos é o maior roteiro ÉTICO-MORAL de que o homem possui, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela humanidade.
- Fora da caridade não há salvação. Para o espiritismo a caridade consiste em benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros e perdão das ofensas.
     Além disso, podem-se citar como características secundárias:
- A noção de continuidade da responsabilidade individual por toda a existência do espírito;
- Progressividade do princípio espiritual dentro do processo evolutivo em todos os níveis da natureza;
- Ausência total de hierarquia sacerdotal;
- Abnegação na prática do bem, ou seja, não se deve cobrar pela prática da caridade, nem o fazer visando a segundas intenções. Toda a prática espírita é gratuita, como orienta o princípio MORAL do evangelho: “Dai de graça o que de graça recebestes”;
- Uso de terminologia e conceitos próprios, como, por exemplo, perispírito, mediunidade, centro espírita;
- Total ausência de exorcismos, fórmulas, palavras sacramentais, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais, amuletos, talismãs, culto ou oferenda a imagens ou altares, danças, procissões ou atos semelhantes, paramentos, andores, bebidas alcoólicas ou alucinógenas, incenso e fumo, práticas exteriores ou quaisquer sinais materiais;
- Ausência de rituais institucionalizados, a exemplo de batismo, culto ou cerimônia para oficializar casamento;
- Incentivo ao respeito para com todas as RELIGIÕES e opiniões.
- Ter uma FÉ RACIOCINADA, rejeitando a FÉ cega que não utiliza o RACIOCÍNIO LÓGICO em suas CRENÇAS.


Observações do escriba:


     1ª – Em relação aos princípios estou de acordo com a Doutrina ou RELIGIÃO Espírita, em vários aspectos.

     2ª – Não vou entrar em detalhes sobre algumas convergências e sobre algumas divergências, sobre o Espiritismo.

     3ª – Como DEÍSTA, para mim o meu DEUS é ALGUÉM e também é ALGO.

     4ª – Ao olhar o SOL (criado por DEUS), eu costumo saudá-lo com um gostoso BOM DIA. Neste momento, eu estou falando com ALGUÉM e também com ALGO chamado DEUS.

     5ª – Em certos momentos de profundas reflexões, eu falo sozinho. Não e Não. Na verdade eu estou falando com ALGUÉM e também com ALGO chamado DEUS.

     6ª – Em outras ocasiões eu prefiro falar com ALGUÉM e com ALGO chamado DEUS, do que falar com certos “homo burriens”.

     7ª – Na minha atual atividade profissional eu lido com “ENTES QUERIDOS”. Eu não consigo, de jeito nenhum falar com os mortos.  
     Eu faço uma anamnese com os familiares, amigos e/ou conhecidos do falecido, depois realizo uma necropsia externa e, ao mesmo tempo, observo a existência de sinais abióticos imediatos e/ou mediatos.
     Portanto, eu falo com os familiares, com os amigos, ou com os conhecidos do falecido ou do (s) falecido (s) – (o que é muito raro acontecer).
     Todavia, ressalve-se, é-me impossível falar com os mortos. A “liturgia” é baseada nos meus CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS, que, diga-se de passagem, são superficiais.
     O relacionamento com os familiares é altamente respeitoso, do ponto de vista ÉTICO e MORAL, inclusive do ponto de vista RELIGIOSO.  

     8ª – Tenho respeito por todas as RELIGIÕES, mas, não concordo com todas as opiniões. Não incentivo nenhuma RELIGIÃO, mas, incentivo as boas opiniões.

     9ª – O que tem a ver uma Doutrina ou uma RELIGIÃO com o uso de bebidas alcoólicas ou o uso de fumo (cigarros convencionais)? Absolutamente nada. Este é um tema ligado à CIÊNCIA.
     Sou usuário de cerveja e de cigarros convencionais, porém não incentivo ninguém a fazê-lo. Minha esposa Sílvia e meus filhos Victor e Jéssica, não bebem e não fumam e jamais incentivei-os a fazê-lo.
     Da mesma forma, sobre RELIGIÃO, eles são completamente LIVRES para escolherem a que quiserem. Afinal existe a LIBERDADE, ou, se preferirem, existe o chamado “LIVRE-ARBÍTRIO”.

     10ª – Em relação aos meus “ENTES QUERIDOS” já falecidos, não estou preocupado em falar com eles. Vez por outra, bastam-me as boas lembranças, ou, se preferirem, as boas recordações.


    
     A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e, a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.  

     Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia ou a qualquer momento. Boa leitura, boa saúde, pensamentos positivos e bom dia.

Aracaju, capital de Sergipe (ex-PAÍS do FORRÓ e futuro “PAÍS da BOMBA ATÔMICA”), quarta-feira, 13 de abril de 2016.

Jorge Martins Cardoso – Médico (e futuro BANQUEIRO) – CREMESE – 573.



     Fontes: (1) – Recanto das Letras – Transcrição parcial do artigo “O Que Significa DEÍSMO”, de autoria do Príncipe da Soledade, publicado no dia 02 de fevereiro de 2016. (2) – Wikipédia. (3) – Outras fontes.
jorge martins
Enviado por jorge martins em 13/04/2016


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