Jorge Martins Cardoso

 

Um eterno aprendiz



Textos

A LIBERDADE... (...). "O Que Significa DEÍSMO? - Ateísmo, DEÍSMO e Teísmo". + (CIÊNCIA - 4ª parte) - 27ª parte.





AUTO-HEMOTERAPIA, Dr. Fleming e uma PANACEIA*.


Artigo Extra.


Ateísmo, DEÍSMO e Teísmo.  



+ (CIÊNCIA – 4ª parte).



27ª parte.  





     LIBERDADE – (latim libertate). 1. Estado de pessoa livre e isenta de restrição externa ou coação física ou moral. 2. Poder de exercer livremente a sua vontade. 3. Condição de não ser sujeito, como indivíduo ou comunidade, a controle ou arbitrariedades políticas estrangeiras. 4. Condição do ser que não vive em cativeiro. 5. Condição de pessoa não sujeita a escravidão ou servidão. 6. Direito. Isenção de todas as restrições, exceto as prescritas pelos direitos legais de outrem. 7. Independência, autonomia. 8. Ousadia. 9. Permissão. 10. Imunidade. 11. Regalias, franquias, imunidades, privilégios concedidos aos cidadãos pela constituição do país ou de que goza um país, uma divisão dele, uma instituição, etc. 12. Maneira de proceder não sancionada pelas convenções sociais ou pelo decoro. 13. Familiaridade importuna; atrevimento, confiança: Tomar liberdades com alguém. (página 1043).
     Ainda sobre LIBERDADE, no dicionário ainda constam: 14. LIBERDADE civil, LIBERDADE de associação, LIBERDADE de comércio e indústria, LIBERDADE de consciência, LIBERDADE de ensino, LIBERDADE de imprensa, LIBERDADE de pensamento, LIBERDADE de RELIGIÃO, LIBERDADE de reunião, LIBERDADE de trabalho, LIBERDADE dos mares, LIBERDADE do ventre, LIBERDADE individual, LIBERDADE natural, LIBERDADE poética, LIBERDADE política, LIBERDADE profissional. (página 1043).
     15. LIBERDADE, Igualdade e Fraternidade: lema da Revolução Francesa (1793), posteriormente adotado pela maçonaria e por muitas democracias. (página 1043).  



Observações do escriba:

    

     1ª – Percebe-se, pois, que são muitas as LIBERDADES.

     2ª – Embora sejam variados os tipos de LIBERDADES, farei uso por enquanto da LIBERDADE de PENSAMENTO, para dizer o que vem logo a seguir.

     3ª – Pois então, eu tomo a LIBERDADE de dizer que o desgoverno do Partido dos Trambiqueiros (PT) está repleto de fascistas e ladrões.

     4ª – Pois então, eu tomo a LIBERDADE de dizer que a ANVISA está repleta de fascistas, petistas e oportunistas.

     5ª – Pois então, eu tomo a LIBERDADE de dizer que o Conselho Federal de Medicina (CFM) está repleto de ignorantes, incompetentes e irresponsáveis.  





ORIGENS DA CIÊNCIA.



     “Foto: Ptolomeu. Na Grécia Antiga encontram-se as origens do PENSAMENTO CIENTÍFICO.”


     Em uma visão cronológica a CIÊNCIA nasceu como uma tentativa de se achar respostas para os questionamentos humanos, questionamentos como "o que há lá fora?", "do que o mundo é feito?", "QUAL É O SEGREDO DA VIDA?" e "COMO CHEGAMOS ATÉ AQUI?".
    


Observações do escriba:


     1ª – Entre os quatro questionamentos humanos citados na Wikipédia, estou apenas preocupado com dois deles, a saber: A – “QUAL É O SEGREDO DA VIDA”? B – “COMO CHEGAMOS ATÉ AQUI”?

     2ª – Para o segundo questionamento, “COMO CHEGAMOS ATÉ AQUI!” como seguidor do DEÍSMO, a resposta é: fomos criados por DEUS.

     3ª – No momento não estou muito interessado em saber “QUAL É O SEGREDO DA VIDA!”.

     4ª – Nos últimos oito anos, estou muito mais interessado em saber qual é o segredo da AUTO-HEMOTERAPIA! (AHT).  



     Mais do que capaz de satisfazer a curiosidade, mostrou-se gradualmente como uma verdadeira ocupação, inspirando trabalhos de vidas inteiras. Isso porque percebeu-se que, por meio da OBSERVAÇÃO e EXPERIMENTAÇÃO - do MÉTODO CIENTÍFICO - era possível não só compreender o mundo que nos cerca mas também a nós mesmos, isso de forma a impelir o desenvolvimento de novas TECNOLOGIAS e, assim, melhorar a QUALIDADE de VIDA das PESSOAS.
     Nesse sentido, embora não exista por si só e sim como uma produção humana, a CIÊNCIA é, de longe, a FERRAMENTA mais indispensável à manutenção do PROGRESSO.
     Com um longo caminho ainda a trilhar antes de atingir a definição e status atual, o aqui com ressalvas chamado "PENSAMENTO CIENTÍFICO” surgiu na Grécia Antiga com os pensadores pré-socráticos que foram chamados de FILÓSOFOS da NATUREZA e também PRÉ-CIENTISTAS.
     Nesse período a sociedade ocidental pela primeira vez ousou abandonar a forma de pensar baseada em MITOS e DOGMAS para estabelecer uma nova forma de pensar, uma forma de PENSAR NATURALISTA baseada no CETICISMO.
     O PENSAMENTO DOGMÁTICO coloca as IDEIAS como sendo SUPERIORES ao que se OBSERVA.
     O PENSAMENTO CÉTICO coloca o que é OBSERVADO como sendo SUPERIOR às IDEIAS.
     Por mais que se observe FATOS que destruam o DOGMA, uma pessoa com PENSAMENTO DOGMÁTICO preservará o seu DOGMA.
     Para a CIÊNCIA uma TEORIA é composta por um CORPO de FATOS e IDEIAS, e se observarem-se FATOS que COMPROVEM a FALSIDADE da IDEIA, o CIENTISTA tem a OBRIGAÇÃO de MODIFICAR ou RECONSTRUIR a TEORIA.
     Na época de Sócrates e seus contemporâneos, o PENSAMENTO CIENTÍFICO se consolidou, principalmente com a difusão do conceito de PROVA CIENTÍFICA (ao rigor moderno, "EVIDÊNCIA CIENTÍFICA ", "FATO CIENTÍFICO ") atrelado à OBSERVÂNCIA de REPETIÇÃO do FENÔMENO NATURAL.
     Embora não se encontre na Grécia antiga a definição de CIÊNCIA em moldes modernos, é nela que encontra-se o primeiro passo para se alcançá-la.
     Tanto as RELIGIÕES como a CIÊNCIA tentam descrever a NATUREZA. A DIFERENÇA está na FORMA de PENSAR.
     O CIENTISTA não aceita descrever o NATURAL com o SOBRENATURAL, e para ele é necessária a OBSERVAÇÃO de EVIDÊNCIAS que EVENTUALMENTE FALSEIAM as IDEIAS.
     Para um CIENTISTA a CIÊNCIA é uma SÓ, pois a NATUREZA é apenas UMA.  
     Sendo assim, as ideias da física devem complementar as ideias da química, da paleontologia, geografia e assim por diante.
     Embora a CIÊNCIA seja dividida em áreas, para facilitar o estudo, ELA AINDA CONTINUA SENDO APENAS UMA.




Da ESCOLÁSTICA à RENASCENÇA.



     Durante a Idade Média, os FILÓSOFOS escolásticos criaram uma visão DOGMÁTICA de CIÊNCIA que ainda hoje pode ser encontrada em alguns livros e enciclopédias.
     Estes PENSADORES não admitiam o uso da MATEMÁTICA, aceitavam somente a DIALÉTICA e a LÓGICA ARISTOTÉLICA como formas de ANÁLISE CIENTÍFICA.
     O resultado disso é que nada de CIENTÍFICO foi produzido durante a Idade Média.
     Os séculos que se passaram entre o DECLÍNIO da SOCIEDADE GREGA ANTIGA e a RENASCENÇA ficaram conhecidos como "PERÍODO das TREVAS" em consequência do MARASMO CIENTÍFICO associado, onde não apenas não se produz nada de novo em termos "CIENTÍFICOS" como também se abandona o que havia sido produzido antes pelos GREGOS e outros.
     Na RENASCENÇA, os PENSADORES literalmente retomaram o PENSAMENTO CIENTÍFICO PRÉ-SOCRÁTICO, e passam a usar a MATEMÁTICA como forma de ANÁLISE CIENTÍFICA.
     Galileu Galilei e Descartes são nomes de destaque desta época.
     Após a retomada do pensamento CIENTÍFICO pré-socrático, voltou-se a evoluir CIENTIFICAMENTE.




MATEMÁTICA e LÓGICA não são CIÊNCIAS.




     “Foto: Embora a MATEMÁTICA e a LÓGICA sejam indispensáveis à CIÊNCIA, estas não são - aos RIGORES do MÉTODO CIENTÍFICO - CIÊNCIAS.

     Já na GRÉCIA antiga os FILÓSOFOS pré-socráticos discutiam se iriam atingir a VERDADE através das PALAVRAS ou dos NÚMEROS.
     Os SOFISTAS defendiam que iriam atingir a VERDADE através das PALAVRAS.
     Os PITAGÓRICOS, seguidores de PITÁGORAS, defendiam que atingiriam a VERDADE através dos NÚMEROS.
              ARISTÓTELES formalizou o PENSAMENTO LÓGICO DEDUTIVO.
     Na Idade Média, o pensamento lógico dedutivo foi usado em abundância pelos FILÓSOFOS escolásticos e o resultado foi um total vazio CIENTÍFICO durante essa época.
     Francis Bacon, na RENASCENÇA, afirmava que a LÓGICA de ARISTÓTELES é ótima para criar brigas e contendas, mas totalmente incapaz de produzir algo de útil para a humanidade.
  
  
         Sócrates, Platão e Demócrito defendiam que somente a MATEMÁTICA traz CLAREZA ao PENSAMENTO.
     O PENSAMENTO LÓGICO alheio ao FATO EXPERIMENTAL já se demonstrou ineficiente para criação de TEORIAS CIENTÍFICAS e para descrever a NATUREZA.
     René Descartes, já afirmava que: MATEMÁTICA é uma FERRAMENTA para se fazer CIÊNCIA, mas não é uma CIÊNCIA. Isso ocorre, pois PALAVRAS e NÚMEROS não existem na NATUREZA, portanto não são CIÊNCIA.
     Mas a MATEMÁTICA já se mostrou que é contudo ÓTIMA FERRAMENTA para o estudo e formulação de TEORIAS CIENTÍFICAS.
     A RIGOR, MATEMÁTICA e LÓGICA não são CIÊNCIAS, contudo, dada as suas aplicações dentro da CIÊNCIA, são indispensáveis para se fazer CIÊNCIA.
     A MATEMÁTICA - incluso a LÓGICA - é a LINGUAGEM com a qual se descreve a NATUREZA.



PILARES do PENSAMENTO CIENTÍFICO.




     “Foto: A CIÊNCIA constrói castelos de realidade sobre fundações tangíveis, e não castelos de fantasias sobre ilusões.”


     COM OS GREGOS encontra-se a ORIGEM da CIÊNCIA e de lá para cá aprendeu-se muito, de forma que hoje pode-se dizer que a CIÊNCIA apóia-se basicamente, entre outros, sobre cinco pilares:

     1º - Princípio fundamental: o principal objetivo da CIÊNCIA é compreender o UNIVERSO em sua REALIDADE e TOTALIDADE..

     2º - Princípio UNO: a CIÊNCIA é ÚNICA pois o UNIVERSO TANGÍVEL TAMBÉM o É.

     3º - Princípio NATURALISTA: nunca usar o sobrenatural para descrever a NATUREZA e o UNIVERSO. As IDEIAS propostas devem manter-se compulsoriamente atadas a FATOS NATURALMENTE VERIFICÁVEIS; devem ser inequivocamente CORROBORADA por tantos quanto os possíveis, e por pelo menos por um.

     4º - Princípio da falseabilidade: as HIPÓTESES devem ser sempre TESTÁVEIS (falseáveis); apenas UM novo fato verificável contudo CONTRADITÓRIO é suficiente para que as IDEIAS TEÓRICAS CONFLITANTES sejam compulsoriamente recicladas ou abandonadas.

     5º - Princípio da generalidade e simplicidade: as TEORIAS CIENTÍFICAS devem ser as mais simples e abrangentes possíveis. Trata-se da conhecida Navalha de Ockham: "Se em tudo o mais forem idênticas as várias explicações de um fenômeno, a mais simples é a melhor" (William de Ockham). Igualmente assume-se que: Se em tudo o mais forem igualmente complicadas as várias explicações para um conjunto de fenômenos em enfoque, a mais abrangente é a melhor.




MÉTODO CIENTÍFICO.



Ver artigo principal: Método científico


     “Foto: O modelo de Bohr do átomo. A evolução do modelo atômico da matéria - desde sua proposição por Leucipo e Demócrito até o paradigma mais atual, o modelo atômico dos orbitais - fornece bom exemplo de como a CIÊNCIA trabalha, e de que as TEORIAS - quando em acordo com o MÉTODO CIENTÍFICO - evoluem com o TEMPO”.
     Os termos "MODELO", "HIPÓTESE", "LEI" e "TEORIA" têm significados diferentes em CIÊNCIA e na linguagem coloquial.
     Os CIENTISTAS usam o termo MODELO para referir-se a uma ou um conjunto de construções abstratas ou mesmo materiais construídas sobre HIPÓTESES CIENTIFICAMENTE CORROBORADAS que permitam estabelecer uma representação de um dado objeto ou fenômeno - geralmente mas não obrigatoriamente específico - em estudo.
     Sua construção têm por fim, via analogia, uma melhor compreensão do fenômeno ou objeto modelado.
     A palavra é pois usada em CIÊNCIA com a acepção ESTRITA desta - o de fruto de um TRABALHO de MODELAGEM.
     Os MODELOS são elaborados a partir da coleta de dados (FATOS) e observação cautelosa, e construídos de forma que possam ser usados para inferir características e fazer predições testáveis por EXPERIMENTO ou OBSERVAÇÃO.
     Os TESTES e OBSERVAÇÕES são contudo executados sobre o objeto ou fenômeno em si, e não sobre o MODELO, e os resultados são usados para aprimorar tanto a teoria associada como os MODELOS em si.
     A diferença entre um MODELO CIENTÍFICO e um ARTÍSTICO reside pois apenas no objetivo final e na metodologia empregada para construí-lo.
     Em MODELOS CIENTÍFICOS, é certamente obrigatório que a metodologia empregada esteja em pleno acordo com a METODOLOGIA CIENTÍFICA.
     Os MODELOS, assim como as HIPÓTESES e FATOS CIENTÍFICOS associados, também integram, certamente, as TEORIAS CIENTÍFICAS, sendo em verdade tão essenciais às TEORIAS quanto os demais.
     Ao falar-se de MODELO é importante ressaltar que, por mais trabalhado e elaborado que seja um modelo, um modelo não é o objeto que se modela, e há sempre o nele se melhorar, sendo o trabalho de modelagem, em verdade, um trabalho sem fim.
     Ao fim do raciocínio é possível até mesmo interpretar as TEORIAS CIENTÍFICAS como grandes e sofisticados modelos acerca da NATUREZA.
     O eterno trabalho de aperfeiçoá-los cada vez mais - quer em detalhes quer em abrangência - constitui o principal objetivo da CIÊNCIA e a labuta diária dos CIENTISTAS.
     Uma HIPÓTESE CIENTÍFICA é uma proposição FALSEÁVEL e TESTÁVEL acerca de algum FATO, CONJUNTO de FATOS ou FENÔMENOS NATURAIS.
     Em princípio, embora nem toda HIPÓTESE seja CIENTÍFICA, TODAS AS IDEIAS CIENTÍFICAS SÃO HIPÓTESES, o que equivale a dizer que a CIÊNCIA é CÉTICA, por definição.
     Há contudo uma "hierarquização" das HIPÓTESES dentro da CIÊNCIA em função de sua RELEVÂNCIA e em função do nível de CORROBORAÇÃO por EVIDÊNCIAS que as mesmas possuam.
     As HIPÓTESES nascem como simples CONJECTURAS, geralmente carecendo ainda dos TESTES EXPERIMENTAIS (e similares) pertinentes ao MÉTODO CIENTÍFICO.
     Recebendo a corroboração por parte dos primeiros testes, e nenhuma contradição, esta eleva-se ao nível de "HIPÓTESE” PLAUSÍVEL, e na sequência, à medida que a abrangência e o nível de corroboração aumentam, esta pode elevar-se ao nível de POSTULADO.
     Um POSTULADO é uma HIPÓTESE que, em vista de consideráveis corroborações e ausência de contradição, mantido o CETICISMO CIENTÍFICO, passou a ser aceita como VERDADE, já podendo e geralmente sendo utilizada como base para a DEDUÇÃO ou a CORROBORAÇÃO LÓGICA de outras VERDADES CIENTÍFICAS.
     Uma LEI FÍSICA ou uma LEI da NATUREZA consiste em uma HIPÓTESE que conseguiu, após exaustivos, variados e abrangentes testes, todos favoráveis à sua VERACIDADE, alcançar um patamar que lhe permite ser usada como uma descrição CIENTÍFICA generalizada de uma ampla gama de OBSERVAÇÕES EMPÍRICAS.
     O poder de uma LEI CIENTÍFICA geralmente reside em sua simplicidade e abrangência, contudo não se deve esquecer que esta é, antes de tudo, assim como as demais IDEIAS CIENTÍFICAS, uma HIPÓTESE.



     “Foto: O MODELO de Watson e Crick para a estrutura do DNA.”


     A palavra TEORIA é mal entendida particularmente pelos não profissionais.
     O uso comum da palavra "TEORIA" refere-se a IDEIAS que não possuem PROVAS FIRMES ou BASE.
     Neste contexto não CIENTÍFICO uma TEORIA seria a MAIS VIL das HIPÓTESES, bem abaixo de uma SIMPLES CONJECTURA.
     No meio ACADÊMICO, entretanto, a acepção de TEORIA é drasticamente diferente.
     Os CIENTISTAS usam essa palavra como referência ao CORPO de IDEIAS que permite fazer descrições e predições geralmente mas não necessariamente específicas, ideias estas necessariamente embasadas em um conjunto bem estabelecido de FATOS CIENTÍFICOS, e necessariamente falseáveis perante tais, ou, principalmente, perante fatos sendo descobertos.
     Ressalta-se que fatos sozinhos não têm sentido, sendo a relação cronológica causal dos mesmos - o sentido dos mesmos - estabelecida pelas ideias.
     Igualmente ideias sem fatos que as corroborem estão livres da necessária conexão com a CIÊNCIA do real, e apesar de poderem manter entre si estrutura lógica impecável, não estão nestes termos obrigatoriamente conexas à realidade, e assim não constituem uma TEORIA CIENTÍFICA por si só.
     A TEORIA é assim não somente o conjunto de ideias, nem tão pouco somente o conjunto de fatos, mas a união indissociável dos dois conjuntos, o de IDEIAS e o de FATOS, ambos necessariamente estabelecidos nos MOLDES CIENTÍFICOS.
     A TEORIA da GRAVITAÇÃO UNIVERSAL de NEWTON é um CORPO de IDEIAS que permite ao CIENTISTA explicar um CONJUNTO de FATOS OBSERVACIONAIS relacionados, a exemplo, a queda de uma maçã ou mesmo o movimento da lua ao redor da Terra.
     Além disso, esta TEORIA permite fazer PREDIÇÕES sobre novas ocorrências, a saber como estes corpos comportar-se-ão com o passar do tempo, ou como outros corpos massivos, a exemplo, um SATÉLITE ARTIFICIAL ou uma SONDA ESPACIAL, mover-se-ão sob a mesma influência causal que determina a ocorrência das observações anteriores conforme foram observadas.
     FATOS e IDEIAS andam necessariamente juntos em um TEORIA CIENTÍFICA.
     Uma TEORIA especialmente frutífera que tem sobrevivido a incontáveis TESTES ao longo do tempo e tem uma considerável quantidade de EVIDÊNCIAS integrando-a é dita por muitos, inclusive por CIENTISTAS, quando não muito cautelosos com suas palavras, "PROVADA".
     No sentido CIENTÍFICO ESTRITO, entretanto, uma TEORIA CIENTÍFICA, qualquer que seja, NUNCA é PROVADA.  
     NÃO se PROVA uma TEORIA CIENTÍFICA.
     Uma TEORIA CIENTÍFICA, entendida em termos exatos não somente como o conjunto de ideias pertinentes à descrição e previsão de fatos, mas como a união indissociável deste conjunto de ideias e do conjunto de fatos naturais pertinentes, nunca encontra-se provada pois NÃO se PROVA a VERACIDADE de uma IDEIA em CIÊNCIA.
     Uma IDEIA CIENTÍFICA é uma ETERNA HIPÓTESE, necessariamente FALSEÁVEL, e por tal, nunca é PROVADA, pois não se pode garantir que em algum momento FUTURO uma NOVA EVIDÊNCIA, até então desconhecida, venha a CONTRADIZÊ-LA.
      Em acordo com o descrito, o uso da palavra "PROVADA", quando anexo ao conceito de TEORIA, é desencorajado, e se encontrado, deve ser substituído pela ideia correta que expressa, a de uma TEORIA exaustivamente TESTADA e corroborada frente ao conjunto, neste caso consideravelmente grande e abrangente, de fatos que a integra.
     Diz neste caso que a TEORIA é UNIVERSALMENTE aceita até aquela DATA, ou ainda, que constitui um PARADIGMA CIENTÍFICO VÁLIDO até aquele DATA.
     Algumas TEORIAS CIENTÍFICAS UNIVERSALMENTE ACEITAS tais como a teoria heliocêntrica, a teoria atômica, a teoria do electromagnetismo e a evolução biológica encontram-se em teste frente aos fatos naturais já há séculos, e estão tão bem estabelecidas que é atualmente inconcebível um meio que permita a descoberta de UM FATO pela qual estas possam ser FALSIFICADAS.
     Outras, tais como a relatividade e a mecânica quântica têm sobrevivido a testes empíricos rigorosos sem serem contraditas nas últimas décadas apenas, e por tal encontram-se sobre ESCRUTÍNIO cerrado dos PESQUISADORES.
     Mas não há garantia de que elas não serão um dia suplantadas, e ISTO VALE IGUALMENTE PARA TODAS ELAS, e não só para as últimas.
     "TEORIAS" ainda mais recentes tais como a TEORIA da REDE ou TEORIA das CORDAS podem conter ideias promissoras passíveis de serem testadas, mas ainda não receberam nem mesmo o título de TEORIAS CIENTÍFICAS uma vez que estas não encerram um conjunto razoável de fatos capaz de corroborar as ideias que propõem.
     Em outras palavras:

     TEORIA CIENTÍFICA, CORROBORA-SE OU É CONTRADITA, POR FATOS CIENTÍFICOS. JAMAIS SE PROVA UMA TEORIA CIENTÍFICA.

     Os CIENTISTAS nunca falam em CONHECIMENTO ABSOLUTO. Diferentemente da PROVA MATEMÁTICA, uma TEORIA CIENTÍFICA "PROVADA" está sempre aberta à FALSEABILIDADE se novas EVIDÊNCIAS forem apresentadas.
     Até as TEORIAS mais básicas e fundamentais podem tornar-se superadas se novas OBSERVAÇÕES mostrarem-se inconsistentes com suas IDEIAS.
     As TEORIAS da dinâmica e gravitação universal de Newton, que integram a TEORIA da mecânica clássica, são exemplos de TEORIAS que perduraram absolutas durante séculos, mas cujas ideias não puderam se sustentar frente a fatos oriundos de experimentos envolvendo MOVIMENTOS EM VELOCIDADES PRÓXIMAS À DA LUZ, frente à dimensões NANOMÉTRICAS, ou em proximidade a campos gravitacionais muito fortes, experimentos que tornaram-se passíveis de serem levados a cabo somente no século XX.
     Na ausência destes novos fatos as Leis de Newton continuam sendo um excelente modelo para o movimento e para a gravidade, mas uma evolução fez-se necessária.  
     Há hoje TEORIAS mais abrangentes, capazes de descrever a relação cronológica causal inclusive para os novos fatos, a saber a relatividade geral e a mecânica quântica detém atualmente o status de paradigmas válidos nestas áreas.
     Ressalva-se entretanto que a mecânica clássica não foi abandonada, não foi para "o lixo", e ainda é o paradigma ensinado à praticamente a totalidade da população mundial que frequenta um curso de ensino médio.
     A razão é óbvia: restringindo-se ao subconjunto de fatos sobre os quais a mecânica clássica se ergueu, a quase totalidade de fatos naturais acessíveis aos "simples mortais" em seu dia-a-dia, a mecânica clássica permanece sendo uma excelente TEORIA para explicá-los.
     Nem mesmo a CONQUISTA ESPACIAL exige TEORIAS além da clássica.
     Contudo, sabe-se hoje que a NATUREZA é mais complexa do que ela prediz.




     A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e, a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.  

     Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia ou a qualquer momento. Boa leitura, boa saúde, pensamentos positivos e bom dia.

     PANACEIA* - Uma ORDEM SUPERIOR determinou a substituição do vocábulo.


Aracaju, capital de Sergipe (ex-PAÍS do FORRÓ e futuro “PAÍS da BOMBA ATÔMICA”), segunda-feira, 02 de maio de 2016.

Jorge Martins Cardoso – Médico (e futuro BANQUEIRO) – CREMESE – 573.



     Fontes: (1) – Recanto das Letras – Transcrição parcial do artigo “O Que Significa DEÍSMO”, de autoria do Príncipe da Soledade, publicado no dia 02 de fevereiro de 2016. (2) – Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa – Encyclopaedia Britannica do Brasil – Companhia de Melhoramentos de São Paulo – Indústrias de Papel - 11ª EDIÇÃO – 1989 – página 1043 – (II volume). (3) – Wikipédia. (4) – Outras fontes.
jorge martins
Enviado por jorge martins em 02/05/2016


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