Jorge Martins Cardoso

 

Um eterno aprendiz



Textos

A LIBERDADE... A VONTADE... "RETROSPECTIVA envolvendo a RECORD e o suposto TRÁFICO de COCAÍNA!" E a IURD o que tem a ver com isto? (X parte).







A LIBERDADE... A VONTADE... “RETROSPECTIVA envolvendo a RECORD e o suposto TRÁFICO de COCAÍNA!” E a IURD o que tem a ver com isto? (X parte).


    

     Transcorridos aproximadamente 23 anos (setembro de 1995), descobre-se que na Minissérie “DECADÊNCIA” existia um verdadeiro PROFETA cujo nome era DIAS GOMES (já falecido). Porém, paradoxalmente, dizem que DIAS GOMES era um ATEU. Como explicar que um suposto ATEU e também um suposto COMUNISTA fizesse tantas PROFECIAS? Mas, o que é PROFECIA? PROFECIA é um relato, muitas vezes com conotação RELIGIOSA, no qual se prevê ACONTECIMENTOS FUTUROS.
     Na Minissérie “DECADÊNCIA” o falso PROFETA Mariel (Edson Celulari), seduz “religiosamente” e sexualmente a “irmã” MARIANA, que era casada com o Pastor JOVILDO SIQUEIRA (MILTON GONÇALVES).
     O Pastor JOVILDO aparenta ser um evangélico sincero em sua FÉ e honesto financeiramente.
     Não por acaso ele era o tesoureiro da Igreja de “Dom” Mariel e tinha provas e documentos que poderiam levar para a cadeia o desonesto e falso PROFETA Mariel.
     Além de “forçar” a “irmã” MARIANA a cometer ADULTÉRIO, Dom Mariel “canta” ela para roubar as provas e documentos que poderiam incriminá-lo e consegue com que a apaixonada “irmã” arme uma cilada mortal para o seu próprio MARIDO.
     Na Minissérie “DECADÊNCIA” capangas encapuzados, terminam por assassinar o Pastor JOVILDO, a mando de Dom MARIEL.          
     A Minissérie “DECADÊNCIA” é uma peça de FICÇÃO que não tem a intenção de agredir nenhuma RELIGIÃO. Todavia parece ter acertado em cheio a “cabeça” do falso Bispo EDIR MACEDO.
     Entrementes, com o passar do tempo, em muitos aspectos a FICÇÃO tornou-se uma REALIDADE. É o que veremos a seguir.
      





O ASSASSINATO do PASTOR da IURD VALDECI PAIVA de JESUS.



1ª versão.



     Origem: - Wikipédia, a enciclopédia livre.




     VALDECI PAIVA de JESUS foi um PASTOR EVANGÉLICO e político brasileiro.
     Ligado à IGREJA UNIVERSAL do REINO de DEUS (IURD), foi ASSASSINADO quando era DEPUTADO ESTADUAL no RIO de JANEIRO, em um CRIME que NUNCA foi ESCLARECIDO. Era casado e pai de quatro filhos.



BIOGRAFIA.



     VALDECI era filho de LAVRADORES de Sobral, no Ceará.
     Na juventude, trabalhou como OPERÁRIO em Brasília e na década de 1970 migrou para o Rio de Janeiro, onde se tornou GARÇOM, GERENTE de um RESTAURANTE e posteriormente PASTOR EVANGÉLICO da IGREJA UNIVERSAL (IURD).
     Na década de 1990 foi eleito DEPUTADO FEDERAL, e ao final de seu mandato, em 2002, candidatou-se a DEPUTADO ESTADUAL, pelo Partido Social Liberal (PSL) sendo eleito.
     Não chegou, no entanto, a tomar posse na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), pois em janeiro de 2003, aos 49 anos, foi ASSASSINADO com 19 tiros quando se dirigia à sede do Partido Liberal (PL), do qual era aliado.
     Após sua morte, um assessor, WASHINGTON COSTA, disse que ele estava introspectivo dias antes do CRIME, e, afirmou tê-lo ouvido reclamar de sofrer pressões.
     Amigo de VALDECI, o também DEPUTADO FEDERAL Bispo RODRIGUES acusou o suplente de VALDECI, MARCOS ABRAHÃO (PSL), de ser o MANDANTE.
     Com a MORTE de Valdeci, Marcos Abrahão herdou o cargo de DEPUTADO ESTADUAL.
     No entanto, e ainda em 2003, pouco tempo depois de assumir o cargo, teve o mandato cassado em votação aberta na ALERJ, conforme determinava a Constituição do Estado do Rio de Janeiro.
     Uma liminar do Superior Tribunal de Justiça garantiu sua permanência no cargo.
     Esta decisão foi posteriormente ratificada pelo Supremo Tribunal Federal, que reconheceu como inconstitucional a existência de votações abertas para a cassação de mandato parlamentar.  
     Além de Marcos Abrahão, o assessor parlamentar Wanderley da Cruz também foi acusado de ser o mandante da morte de Valdeci, tendo chegado a ficar preso por 43 dias.
     Posteriormente, o próprio Bispo RODRIGUES, que teria seu mandato cassado em decorrência de ligações com o ESCÂNDALO do MENSALÃO, também foi acusado de ser o mandante da morte de Valdeci.
     O caso, entretanto nunca teve uma conclusão.




ABAIXO AS CINCO REFERÊNCIAS da Wikipédia.




     1ª - Luís Edmundo Araújo e Cecília Maia. «Deputados problema». Consultado em 16 de novembro de 2017.

     2ª - Estadão (24 de Janeiro 2003). «Deputado do PSL foi assassinato com 19 tiros». Consultado em 16 de novembro de 2017.

     3ª - Conjur. «STF mantém voto secreto para cassação de deputados». Consultado em 16 de novembro de 2017.

     4ª - Folha de S. Paulo (24 de março de 2003). «Suspeito de matar deputado Valdeci de Jesus é solto no Rio». Consultado em 16 de novembro de 2017.

     5ª - Senado (21 de setembro de 2005). «Carlos Rodrigues nega ter mandado matar o deputado Valdeci Paiva». Consultado em 16 de novembro de 2017.




CATEGORIAS:



Deputados Federais do Brasil pelo Rio de Janeiro.
Membros do Partido Social Liberal (PSL).


     Esta página foi editada pela última vez às 11h28min de 1º de dezembro de 2017.






O ASSASSINATO do PASTOR da IURD VALDECI PAIVA de JESUS.




2ª versão.




Testemunhas do ASSASSINATO do Deputado Valdeci Paiva de Jesus depõem nesta sexta, dia 11.



     Notícia publicada pela Assessoria de Imprensa em 10/07/2014 18h24min.



     O I Tribunal do Júri da Capital realiza nesta sexta- feira, dia 11, a partir das 13 horas, audiência de instrução e julgamento para ouvir as testemunhas do processo que apura o assassinato do deputado e ex-pastor da Igreja Universal (IURD) Valdeci Paiva de Jesus, ocorrido em janeiro de 2003.
     O principal acusado é o Deputado Estadual Marcos Abrahão.
     Na época suplente de Valdeci, ele teria ordenado o crime para assumir o cargo do colega na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (ALERJ).
     Denunciado com outros quatro réus, Marcos Abrahão chegou a ser pronunciado, em 2005, para ser submetido a julgamento no Tribunal do Júri.
     O réu recorreu e, por decisão do Superior Tribunal de Justiça, o processamento e o julgamento da ação penal ocorrem no Órgão Especial do TJRJ, pois Abrahão, como Deputado, tem FORO ESPECIAL por prerrogativa de função.
     Apenas os atos instrutórios previstos no Regimento Interno do TJRJ serão praticados pela primeira instância.



RELEMBRE o CASO.



     O Deputado Federal Valdeci Paiva de Jesus foi assassinado em janeiro de 2003, com 11 tiros, quando chegava à sede regional de seu partido, PSL, em Benfica, na Zona Norte do Rio.
     O Pastor da IURD estava num Passat azul quando foi abordado por QUATRO HOMENS em um Gol branco que fizeram vários disparos. Valdeci foi eleito deputado estadual nas eleições de 2002 e tomaria posse do cargo poucos dias depois de sua morte.

     Processo nº 0026583-66.2013.8.19.0000 - N.C./M.G.







O ASSASSINATO do PASTOR da IURD VALDECI PAIVA de JESUS.




3ª versão.



Descobrindo a América  - Jornalista brasileiro peregrina por 04 meses pelos Estados Unidos, com bolsa do World Press Institute.


     Sexta-feira, 26 de agosto de 2005.
  

     Caso Pastor da IURD Valdeci Paiva versus Bispo da IURD Carlos Rodrigues.



     Parece que estão falando novamente sobre o assassinato do Deputado Estadual e ex-pastor da Universal (IURD) Valdeci Paiva de Jesus (PSL), em janeiro de 2003, início da atual legislatura na ALERJ.

     Trabalhei bastante nessa história e ouvi de verdade Marcos Abrahão, o suplente que assumiu a vaga e foi acusado do crime. Antes, só tinha ouvido ele pro forma.

     Segundo seus assessores, que tinham sido assessores de Valdeci, Bispo Rodrigues foi 'a casa do pastor no dia de sua morte, com alguns dos assessores do Valdeci e fez uma limpa. Os próprios assessores me contaram - A maioria ficou no gabinete do Abrahão.
     Ele pegou uma mala de dinheiro com US$ 80 mil, se não me engano e levou, dizendo que daria para a família de Valdeci. Pegou ainda as fitas de grampo que Valdeci tinha encomendado a um detetive particular. Depois de dez dias, talvez, algumas das fitas foram entregues à polícia.
     Segundo os assessores de Abrahão, muitas outras não foram entregues, assim como o dinheiro nunca foi entregue.
     Uma das suspeitas que eles têm do motivo do assassinato de Valdeci é que parte das fitas dizia respeito a Rodrigues, grampos de telefonemas dele.
     Segundo o ex-chefe de gabinete de Valdeci Paiva, o advogado Rogério Baptista (nossa fonte no caso LOTERJ - fantasmas), e o ex-assessor de Valdeci Paiva, Jorge Dias, Valdeci Paiva não queria mais pagar o dinheiro que o Bispo Rodrigues lhe cobrava mensalmente por conta da eleição pela igreja. Disse que não pagaria mais. Isto é fato, segundo eles.
     O que acham é que ele teria chantageado o bispo e dito que tinha as fitas do bispo.
     Quando perguntei ao bispo se ele não achava que era estranho um deputado ter tanto dinheiro vivo em mãos e qual o motivo, ele respondeu: - "Você há de convir que o deputado faça um favor para um empresário aqui, outro ali, e pode haver uma compensação... Não estou dizendo que eu faço isso, mas é o que acontece".
     Tenho isso gravado e publicado.
Tudo isso está nas primeiras matérias, aquelas sobre o crime, em maio de 2003, acho. A primeira conta todas as versões, dos dois lados, da morte do pastor.
     As pessoas que assessoravam Valdeci eram fiéis ao bispo Rodrigues, seu líder espiritual, algumas moraram com ele na África e tudo, portanto não seria apenas pelo emprego que inventariam a história e passariam para o lado do "assassino", contra o bispo.
     Todos disseram: - No dia da morte, quando todo mundo ainda estava chorando, logo ao saber do assassinato, o bispo veio para mim e disse: - “Irmã, é para dizer que foi o Marcos (Abrahão)”.


    


O ASSASSINATO do PASTOR da IURD VALDECI PAIVA de JESUS.




4ª versão.




ATA DA 2ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA PERMANENTE
Da Comissão de Constituição e Justiça
REALIZADA EM 14/03/2003


COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA

ATA DA 2ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA
(convocada em caráter permanente)



     Aos catorze dias do mês de março de dois mil e três, às dezesseis horas, realizou-se a 2ª Reunião Extraordinária da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, na sala trezentos e onze do Palácio Tiradentes, sob a presidência do Deputado Paulo Melo, com a presença dos Deputados Paulo Pinheiro, Vice-Presidente, Geraldo Moreira, Luiz Paulo, membros efetivos.
     Estiveram presentes, também, como advogados do representado, os Drs. Fajardo José Pereira Faria, Luciano Alvarenga Cardoso, Robson Gomes Barcellos e André de Jesus Silva.
     O Senhor Presidente declarou aberta a reunião da Comissão de Constituição e Justiça para esclarecimentos sobre a representação da Mesa Diretora da ALERJ no Processo 3996/03.
     Os convocados para hoje são os senhores Julio César Marques Paes e Vanderlei da Cruz. A presidência suspendeu a sessão até a apresentação das testemunhas.
     Dr. Fajardo José Pereira Faria (advogado do Deputado Marcos Abrahão): “- Vossa Excelência me permitiria formular uma questão de ordem?” Senhor Presidente: “- Concedo a palavra ao Dr. Fajardo.” Dr. Fajardo Faria: “- Agradeço.
     Os advogados do Deputado Marcos Abrahão foram comunicados dos procedimentos da Comissão de Constituição e Justiça na segunda-feira pela manhã e ao final da tarde de ontem.
     Como V. Exª sabe, embora seja um procedimento diferenciado do processo judicial, a ele aplica-se porque é um procedimento administrativo punitivo na esfera do Legislativo e a ele aplicam-se os princípios garantidores da ampla defesa do contraditório que tem sido observada. Todavia, essa intimação sem a observância de um interregno, de um interstício que normalmente é observado, de quarenta e oito horas, causou-nos sérias dificuldades, apesar de sempre termos comparecido.
     Um dos problemas será atendermos segunda-feira, quando compromissos e julgamentos inadiáveis no Tribunal de Justiça do Paraná, inclusive onde faço a defesa de um Procurador do Ministério Público perante o Tribunal de Justiça, razão pela qual fizemos um apelo a V. Exª para que a audiência de segunda-feira seja transferida para outro dia.
     Senhor Presidente: “- A presidência defere seu pedido, determinando seja consignado em ata, a remarcação de segunda para terça-feira.”
     Dr. Fajardo Faria: “- Agradeço.” Senhor Presidente: “- Está suspensa a reunião, até a apresentação da testemunha.”
     Ingressou no recinto a testemunha, Sr. Vanderlei da Cruz. Senhor Presidente: “- Peço aos responsáveis pelo preso que retirem as algemas, por gentileza. Iniciarei as perguntas.
     Sr. Vanderlei da Cruz: - Peço à testemunha para, antes de sair, preencha e assine o termo de qualificação e que declare que prestará depoimento com o compromisso de dizer a verdade. O Senhor tem conhecimento dos fatos apurados por esta Comissão de Constituição e Justiça quanto à representação da Mesa Diretora contra o nobre Deputado Marcos Abrahão?”
     Sr. Vanderlei da Cruz: “- Eu tenho conhecimento de que os advogados foram lá, onde estou e li o depoimento da pessoa que me acusa.”
     Senhor Presidente: “- Qual é a ligação do Senhor com os acusados da morte do Pastor Valdeci Paiva de Jesus?”
     Sr. Vanderlei da Cruz: “- Até o dia sete, quando foram me prender em casa, nunca os tinha visto.”
     Senhor Presidente: “- O Senhor, por acaso teve alguma reunião ou algum contato telefônico com os acusados de terem assassinado o Pastor Valdeci?”
     Sr. Vanderlei da Cruz: “- Nunca tive, nunca fui a almoço, ou a reunião com eles. A primeira vez que os vi foi quando entrei no elevador do prédio da Segurança Pública.”
     Senhor Presidente: “- O Senhor manifestou nenhum interesse em saber que o Deputado Marcos Abrahão assumiu o mandato.”
     Sr. Vanderlei da Cruz: “- Nenhum interesse.”
     Senhor Presidente: “- O senhor jamais procurou alguém com intento de ter ações que permitissem a assunção parlamentar do Deputado Marcos Abrahão?”
     Sr. Vanderlei da Cruz: “- Nunca procurei.”
     Senhor Presidente: “- O senhor esteve num restaurante do Leme?”
     Sr. Vanderlei da Cruz: “- Nem sei onde é o restaurante. Pelo que ouvi, ele falou que no dia pagou o café que tomei com uma nota de cinqüenta reais. Podem chamar não só os garçons, mas qualquer trabalhador do restaurante para fazer uma acareação comigo. Acho que ninguém se esqueceria de uma gorjeta de cinqüenta reais. Ele diz que sou moreno e tenho beiço grande; sou ruço desde pequeno.”
     Senhor Presidente: “- Qual a profissão que o senhor exerceu anteriormente?”
     Sr. Vanderlei da Cruz: “- Comerciante; eu vendia carvão lá, onde o senhor mora, em Saquarema.”
     Senhor Presidente: “- A que o senhor atribui esse conluio, essa tentativa de complicá-lo?”
     Sr. Vanderlei da Cruz: “- Estou há dias na Polinter. Sexta-feira, um rapaz procurou-me dizendo que, fazendo a barba de um preso, este lhe disse, quando me viu na televisão, que ia arrumar um dinheiro com essa história. Dia vinte e sete a Polícia Federal foi à minha cidade me apanhar. Fomos à Polícia Federal de Niterói, porque a pessoa que supostamente tinha visto o crime ia fazer o reconhecimento. Parece que houve um telefonema anônimo dizendo que fui eu quem deu o tiro. Chegando lá, a pessoa não me reconheceu porque, pelo retrato falado, eu não tinha barba, eu tinha cavanhaque. Eu nunca vi os dois presos. Nunca fui ao restaurante, até porque tenho como provar onde estava.”
     Senhor Presidente: “- Se o senhor nunca esteve naquele restaurante, acha que a tentativa de culpá-lo, na verdade foi interesse em receber a recompensa?”
     Sr. Vanderlei da Cruz: “- Com certeza.”
     Senhor Presidente: “- E nesse dia em que é denunciado, que esteve até num restaurante junto com outras pessoas no sentido de articular e concretizar a contratação pode informar a esta Comissão o que o senhor fez.”
     Sr. Vanderlei da Cruz: “- Vou esclarecer. Em dezembro, vinte e três, vinte e quatro e vinte e cinco, passei mal, problema respiratório no pulmão. Fui hospitalizado no Hospital Darcy Vargas, em Rio Bonito, onde fiquei até quatro/cinco de janeiro. Dia sete, me deram alta. Por recomendação médica, fiquei até vinte de janeiro em casa. No dia vinte e dois, ia fazer um exame e nesse mesmo dia, às dezesseis horas, eu teria uma audiência em processo eleitoral, em Rio Bonito. Ninguém perguntou onde eu estava no dia vinte e dois, foram logo me acusando. Marco me chamou para falar com Josias Quintal, com a Drª. Clélia, para a posse do Coronel do PRV. Posso falar da hora que pegamos a Solange até a hora em que nós a deixamos em casa.”
     Senhor Presidente: “- Quem é Solange?”  
     Sr. Vanderlei da Cruz: “- Solange é sobrinha do Coronel. Posso falar também na Drª. Clélia, a moça que anda com ela. Quando descemos do Banerjão, ela encontrou com uma pessoa que chamou ‘meu eterno secretário’. Não o conheço. O Dr. Josias Quintal quando saiu para almoçar – ele ia para a TVE – chamou um vereador de Niterói e o convidou para ir junto. Eu me lembro até o prato e o valor da comida que comi. Ainda reclamei porque veio pouca comida. Eu não tenho como dizer que almocei em Copacabana. Falei isso com o policial, que me disse que seu eu repetisse isso para o juiz, este mandaria me prender.”  
     Senhor Presidente: “- Então, definitivamente, o senhor não esteve em Copacabana?”
     Sr. Vanderlei da Cruz: “- Na minha vida toda, só estive em Copacabana duas vezes. Vamos fazer uma acareação com o pessoal do restaurante.”
     Senhor Presidente: “- Quando o senhor foi procurado, chegou a ser intimado pela Polícia Federal, ou apresentou-se espontaneamente?”
     Sr. Vanderlei da Cruz: “- Eles passaram pela minha cidade. Sabe como é Rio Bonito, não é? Pequenino. Em Cidade Nova, já sabia que estavam na cidade; não foram me prender, apenas me convidar e fui bem tratado em Niterói. Aí, ouvi quando a pessoa que viu o assassinato disse: ‘Não, mas se ele fosse mais pretinho, mais baixinho, mais gordinho...”
     Senhor Presidente: “- Há uma testemunha que está protegida. Ela fez o reconhecimento?”
     Sr. Vanderlei da Cruz: “- Fez e não me reconheceu. Posso falar mais um pouco? Deixe-me prolongar.”
     Senhor Presidente: “- A presidência, apesar de não ser este um interrogatório, não quer cercear, em nenhum momento, e permite que o senhor não só responda às perguntas como, se necessário for, dê as devidas explicações.”
     Sr. Vanderlei da Cruz: “- Estou meio afoito porque estou há trinta e sete dias preso. É um inferno. Até agora ninguém chegou para mim se eu participei. Eu tenho duas filhas maravilhosas – uma de quatro e uma de doze anos – e jamais iria me envolver num negócio desses. Até agora, de vez em quando, o Delegado de Homicídios me ameaça, verbalmente: ‘Olha, rapaz, fala logo, está querendo proteger quem? Vai pegar trinta anos de cadeia e, quando sair, sua filha já vai ser vovó. ’ Sabe o que ele me propôs ontem? ‘Confessa, que vai pegar cinco anos de cadeia, o Deputado pega trinta anos’. Todo mundo sabe a história desse rapaz. Falam: ‘Aí, rapaz, caiu no golpe do Gordinho’. O Gordinho é 171. Ele enrolou o Amaury Jr., o trouxe de avião. Alugou aquele avião em Salvador, para trazer o pessoal para cá. Disseram que ele tinha dado vinte mil para conseguir um celular. Quando ele via na televisão essa promessa dos trinta mil, falou: ‘Vou arrumar esse dinheiro’. É aquele mesmo rapaz pego há pouco tempo na Barra, que o helicóptero da Polícia Federal o pegou.”
     Senhor Presidente: “- Algum membro da Comissão deseja fazer alguma pergunta? Deputado Geraldo Moreira, faça a pergunta à Presidência, que a repassará.”
     Deputado Geraldo Moreira: “- Eu quero saber se ele tem parente aqui na cidade do Rio de Janeiro, e se a visita rotineiramente?”
     Sr. Vanderlei da Cruz: “- Vou falar uma coisa que vocês vão rir: papai tem 26 filhos e cinco mulheres, tem parentes por parte da família de suas mulheres, que eu não considero parentes; não os visito. Amigos, sim.”
     Deputado Geraldo Moreira: “- Senhor Presidente, se ele visita esses amigos regularmente aqui no Rio de Janeiro.”
     Sr. Vanderlei da Cruz: “- Não, muito raramente, sou péssima pessoa para ir à casa de parentes.”
     Deputado Geraldo Moreira: “- Qual o bairro que o senhor conhece melhor aqui no Rio de Janeiro?”
     Sr. Vanderlei da Cruz: “- Não conheço nada; por nome, conheço Copacabana, mas os bairros que ficam pertos, não sei.”
     Deputado Geraldo Moreira: “- O senhor mora em Rio Bonito; foi criado lá?”
     Sr. Vanderlei da Cruz: “- Nascido e criado, mas não costumava vir para o Rio. De 2000 para cá que eu passei a vir ao Rio, mas o único caminho que conheço é ir ao Maracanã e voltar.”
     Deputado Geraldo Moreira: “- Presidente, o Vanderlei disse que alguém teria lhe dito na prisão que essa tal testemunha ou o preso teria confessado a alguém que iriam arrumar um dinheiro. Se ele confirma e sabe identificar essa pessoa.”
     Sr. Vanderlei da Cruz: “- Eu passei o nome do preso para o senhor, não passei?”
     Senhor Presidente: “- Vanderlei, você pode se dirigir direto ao advogado pode consultá-lo, se ele tiver o nome, pode juntá-lo aos autos, que o Presidente defere.”
     Sr. Vanderlei da Cruz: “- Veja bem, eu não quis tomar parte nisso, porque lá tudo é câmera, os policiais de lá não são tão bons como os policiais federais, para tudo eles dão bronca.

    


Observações do escriba:


     1ª - Como a ata da reunião é muita longa, os leitores poderão conseguir uma cópia da ata na íntegra, na INTERNET.

     2ª – 2018 – 2003 = 15 anos. Passados 15 anos, ninguém sabe quem matou o Pastor da IURD?







O ASSASSINATO DO PASTOR da IURD VALDECI PAIVA de JESUS.




5ª versão.




Ex-Bispos da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) fazem denúncias graves contra a instituição.



     Por Shelbert Braz - 30 de novembro de 2016.




     Há relatos de extorsão, desvios de dinheiro de dízimos e ofertas, fraudes, apropriação indébita de bens, formação de quadrilha, evasão de divisas e até assassinatos encobertos.





“Foto: - Reprodução da Internet do Templo de Salomão. Acima, à esquerda, ex-bispo Natan Silva. À direita, Alfredo Paulo”.




     Os Ex-Bispos da Igreja Universal (IURD) Natan Silva e Alfredo Paulo continuam postando vídeos denunciativos contra a instituição por atos praticados contra seus fiéis.
     Nos vídeos, denunciam um sistema de corrupção arquitetado pela cúpula da igreja, que contempla um leque de crimes, de acordo com o Código Penal Brasileiro.
     De acordo com os ex-bispos, há desvio de finalidade no uso do dinheiro arrecadado com dízimos e ofertas, apropriação de bens como na ‘arrecadação’ de automóveis ou jóias, evasão de divisas usando avião da igreja, manipulação dos fiéis com promessas com o único objetivo: - A arrecadação de dinheiro para a igreja.
     Natan Silva, que foi bispo da igreja em Curitiba começou há sete meses suas denúncias. O total de visualizações ultrapassa a marca de três milhões de visualizações. Os vídeos começaram a ser postados no primeiro semestre deste ano.
     Alfredo Paulo começou pouco tempo depois. As denúncias já chegaram ao âmbito judicial, quando a direção da igreja entrou com vários processos por danos morais à imagem da instituição.
     Em um desses processos, movidos em vara de primeira instância do estado da Bahia, a igreja perdeu a liminar e a primeira decisão.
     Como coube recurso ao tribunal, a decisão final ainda não transitou em julgado.
     A instituição seguiu o mesmo caminho contra a Folha de S. Paulo, em 2002, mobilizando membros para ingressar com ações em várias localidades do país, para dificultar a defesa.
     Naquela ocasião, o judiciário entendeu como litigância de má-fé e deu ganho de causa ao jornal.
     As ações atuais, e são muitas, ainda estão em trâmite na justiça.
     A defesa da igreja alega que Alfredo Paulo traiu sua esposa, ferindo os dogmas da instituição, e que, por conta disso isso o demitiu.
     Segundo a IURD, em forma de vingança Alfredo Paulo estaria gravando seus vídeos, ou seja, em forma de retaliação. Mesmo porque o ex-bispo teria ficado na Instituição por mais de trinta anos, e nunca reclamou dos supostos crimes anteriormente.
     Alfredo Paulo, por sua vez, alega que “as escamas caíram de seus olhos” e que não quis mais fazer parte da forma de arrecadar dinheiro da igreja, embora confesse publicamente que de fato traiu sua esposa antes de seu afastamento.
     Com relação ao Bispo Natan Silva, a igreja também gravou vídeo com sua ex-esposa no qual denuncia o mau comportamento do ex-bispo quando exercia função religiosa na igreja.
     Isso, porém, não afasta nem absolve as denúncias graves feitas por Natan Silva. De acordo com o ex-bispo, a igreja ludibria, engana com falsas promessas e não mostra os bastidores sujos da instituição.
     Segundo ele, a IURD faz tudo pensando num jeito de aumentar a arrecadação de ofertas. E que todos os propósitos são feitos com o único intuito de sempre aumentar a arrecadação de dinheiro.
      



VASECTOMIA, Metas de Arrecadação e Destino das Ofertas.
    
    


     De acordo com o ex-Bispo Natan Silva, os pastores da instituição ganhavam no tempo em que ele era bispo além do salário um percentual em torno de 30% da arrecadação em cima das vendas dos exemplares do jornal Folha Universal.
     Num de seus vídeos diz que naquela época um bispo regional conseguia tirar em torno de 12 mil reais mensais de salário, há mais de dez anos (hoje este valor seria em torno de 22 mil reais, de acordo com INPC-IBGE).
     Não constam nos vídeos apenas as palavras do ex-bispo, mas também centenas de histórias de ex-membros, que teriam sido lesados pela instituição.
     E além de perdas financeiras, muitos alegam problemas de ordem emocionais, psicológicas, e que afetaram sua autoestima.
     Os obreiros, como são chamados os trabalhadores voluntários, relatam que muitas vezes eram forçados a vender livros do bispo Edir Macedo e até da funcionária da Record, Andressa Ulrach, - no sinaleiro e aos membros da igreja.
     Alguns ex-obreiros alegam que em certas ocasiões tinham metas de vendas e até compravam os exemplares por não ter opção.
     Também alegam que eram forçados a assistir o filme Os Dez Mandamentos. Muitos teriam ido mais de uma vez por ordem do pastor. Alguns relatam terem ido diversas vezes ao cinema para ajudar o filme a bater recorde de bilheteria.
     Os relatos são públicos no Youtube, e também no grupo de WHATSAPP “Eu não sou a Universal”.



     “Foto: - Planilha divulgada por um ex-pastor da IURD, com as metas e comissão sobre as ofertas” (em valores de 2007).



      
     Vários obreiros relatam também que participavam nas campanhas eleitorais de forma coercitiva para fazer campanha para o candidato que a igreja apoiasse.  
     Muitos contam que faziam gratuitamente, debaixo de sol e chuva por ordem da direção de sua igreja.
    Uma participante conta que deixou de ser obreira da Universal porque disse que votaria em um candidato que não era o candidato da igreja. O pastor lhe disse que ela estava contrariando a direção da igreja.
     O vídeo encontra-se no Youtube, com depoimento, embora não haja legenda com nome da obreira. Ela conta que os obreiros são impossibilitados de pensar, que são obrigados a acatarem tudo que vem da direção.
     Há ainda outros relatos em que os PASTORES eram obrigados a fazer VASECTOMIA, para diminuir gastos com filhos. Esta decisão seria obrigatória e não voluntária, e teria como ordem superior da direção da igreja na pessoa de seu fundador Edir Macedo.
     Em matéria publicada pela Folha de S.Paulo, em novembro de 2014, divulgou-se a decisão do Tribunal Superior do Trabalho, que negou um recurso da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) e manteve decisão anterior que obriga a igreja a pagar indenização de 100 mil reais por danos morais a um ex-pastor.
     De acordo com a apuração, o ex-pastor afirma que foi incentivado pela igreja a fazer VASECTOMIA, cirurgia que torna o HOMEM ESTÉRIL, com a promessa de ser promovido a bispo da congregação na África.  
     Segundo ele, a igreja teria afirmado que o novo cargo exigiria total dedicação, e que seu desempenho poderia ser prejudicado se tivesse filhos. Ele diz que a condição era sempre lembrada, inclusive com promessas de salário maior, apartamento e carro de luxo.
     O ex-pastor diz ter trabalhado na igreja entre 1995 e 1997, em Itapevi (SP), com salário que chegava a 1.000 reais, com comissões. Ele se submeteu à cirurgia em 1996. Segundo ele, este fato teria causado seu divórcio, em 1997, porque a ex-mulher queria ter filhos.
     Na época, a Universal (IURD) informou, em nota, que "jamais forçou o ex-pastor a realizar a suposta VASECTOMIA" e que não há "nenhuma prova de que tenha praticado tal ato contra o autor da ação trabalhista, ou ainda que ele sequer tenha se submetido à cirurgia à época".
     O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região - SP condenou a Universal (IURD) a pagar indenização por danos morais.
     Para o TRT, a exigência da VASECTOMIA, paga pelo empregador, como condição "para a obtenção, manutenção, exercício ou promoção no trabalho, ainda que na profissão da fé", é "conduta altamente reprovável" e contraria os direitos à dignidade da pessoa humana e de personalidade, de integridade psicofísica, intimidade e vida privada.
     Vários outros ex-pastores também confirmam ter feito VASECTOMIA, exigência da Instituição, em grupos no WHATSAPP e em diversos comentários no Youtube e redes sociais como Facebook.
     O ex-pastor Saulo Henrique diz que a VASECTOMIA é obrigatória. Ele esteve pastoreando a IURD por oito anos e reclama que o pior foi ter ficado ESTÉRIL. Para reverter este quadro, precisa tentar uma cirurgia que custa 18 mil reais.
     Para isso resolveu escrever um livro e vender para levantar o valor.



     “Foto: - Trecho da Matéria divulgada na revista Forbes sobre EDIR MACEDO e a IURD”.



    
     Em 2013, a REVISTA FORBES divulgou uma lista de PREGADORES MILIONÁRIOS na qual alguns brasileiros se encontram na primeira fila, dentre eles VALDOMIRO SANTIAGO, RR SOARES, SILAS MALAFAIA e, encabeçando a lista, o “bispo” EDIR MACEDO.  
     Num dos vídeos também é denunciado que a cúpula da igreja seria detentora de 49% do BANCO RENNER, tendo o fundador da IURD, EDIR MACEDO como investidor.
     Outra participação acionária, de acordo com as denúncias, estaria no HOSPITAL MORIÁ, no centro de São Paulo.
     Além disso, os ex-bispos denunciam a compra da Rede Record, na qual foi usado dinheiro de arrecadação de ofertas para a aquisição de uma empresa privada, que não seria da igreja, mas apenas de seu fundador, o bispo Edir Macedo.
     A REVISTA EXAME publicou em 2015, com base nas informações do BANCO CENTRAL, que EDIR MACEDO é realmente dono de 49% do BANCO RENNER, e que estaria como “investidor estrangeiro”, já que ele reside nos Estados Unidos.
     Em outra denúncia, um de seus membros com identidade protegida pelo ex-bispo Natan Silva, relata que os uniformes vendidos pela igreja custam em média 800 reais, e que a arrecadação com a venda ficaria com a cúpula da igreja, para uma empresa ligada aos familiares de Edir Macedo.
     Ainda, alguns obreiros relataram a Natan Silva que são obrigados a participar de um curso chamado Godlywood (para mulheres) e Intellimen (para os homens), no qual a igreja estaria arrecadando milhões de reais, sendo um curso ministrado pela INTERNET, de baixíssimo custo, sem mostrar a finalidade da arrecadação nem dando margem para a escolha.
     O curso seria obrigatório e custaria 290 reais para cada obreiro, pago em parcelas. A igreja não tem um sistema de prestação de contas de forma transparente segundo os denunciantes.
     Muitas das denúncias que vêm à tona neste momento já haviam sido divulgadas nos anos 1990, por outro ex-pastor, MARIO JUSTINO, no livro “Nos Bastidores do Reino”.
     À época o livro foi retirado das prateleiras por decisão judicial.
     Porém, atualmente qualquer um pode baixá-lo em formato PDF na internet livremente.
     No livro constam as principais denúncias que são repetidas por Natan Silva e Alfredo Paulo.
     De acordo com a direção da igreja, o autor e ex-pastor MARIO JUSTINO se envolveu com prostituição numa vida libertina, adquiriu AIDS e por isso foi afastado da obra. Mas MARIO JUSTINO morou nos EUA, onde esteve ainda nos negócios da igreja.
     Outra denúncia conhecida é do ex-pastor CARLOS MAGNO, veiculada na REDE GLOBO, nos anos 1990.
     A igreja tentou retirar o vídeo do Youtube, mas a justiça decidiu por mantê-lo.



     “Foto: - À esquerda, capa do livro “Nos Bastidores do Reino”, do ex-pastor da IURD MARIO JUSTINO. À direita,  discurso do diretor executivo a respeito das intenções na compra da Rede Record, o Bispo HONORILTON GONÇALVES, e imagens atuais da programação no canal de TV Imagem divulgada nas redes sociais”.



    
     Mas há outros pastores que naquela época estavam ao lado da Universal e hoje estão de outro lado. Um caso é o pastor Sergio Von Helder, conhecido por chutar a imagem católica num programa da igreja, na madrugada.
     Sergio Von Helder também acusa a cúpula da igreja de se esquecer do evangelho e pregar apenas a prosperidade financeira.
     Esta mesma afirmação foi feita por outro ex-pastor Ronaldo Didini, em vídeo na INTERNET. Ronaldo Didini foi um dos criadores da ABC (braço da igreja para assistência social naquela época).
     No grupo no WHATSAPP “Eu não sou a Universal” há muitas discussões a respeito do que está ocorrendo nos bastidores da igreja.
     Atuais membros, ex-membros, ex-pastores e ex-obreiros discutem e trocam experiências como funcionava o sistema da Igreja Universal nos bastidores. Não somente no Brasil.
     Há centenas de relatos chocantes de ex-pastores na Europa, México e EUA. Um dos pastores alegou que já obteve esta meta de arrecadar automóveis.
     Segundo ele (que prefere não se identificar) a meta na igreja de Guarulhos - SP era arrecadar trinta e três automóveis numa campanha da “Fogueira Santa”.
     Segundo conta, foi necessária uma carreta ‘cegonheira’ para buscar os carros. O ex-bispo Alfredo mostra um vídeo no qual seria um pátio dos carros arrecadados.
     Outro pastor conta que deixou com o irmão um dos automóveis arrecadados e uma quantia em dinheiro, fazendo um “pé de meia” para a hora que a “bomba estourar”, porque segundo ele, quando um pastor sai da instituição, sai sem direito a nada.
     Indagados sobre por que não querem denunciar, alguns dizem temer pela vida.
     Outro pastor cita um fato que havia sido arrancado do apartamento assim que deixou a obra, com ameaça de morte por um segurança, a mando da direção da instituição.
     Neste depoimento não fica claro se ele se refere à cúpula ou à direção da igreja onde exercia a função de pastor.

      
  
     ASSASSINATO: - O Caso Lucas Terra.



     O caso Lucas Terra nunca foi devidamente explicado. Apesar de já haver até filme sobre o crime, e ter passado no “Programa Linha Direta”, da Rede Globo, à época, há algumas lacunas que precisam ser preenchidas.
     As versões dos membros, dos pais e conhecidos são próximas e apontam para um fato não aceito pela magistrada da 2ª Vara Criminal de Salvador, quando do julgamento.
     Segundo os relatos, Lucas Terra teria flagrado sem querer um ato sexual entre os pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido.
     Após isso, um deles com medo da repercussão, teria agredido fatalmente a vítima, na época do crime com 14 anos, março de 2001.
     Em seguida, teriam dado sumiço no corpo do garoto dentro de um caixote posto no porta-malas de um automóvel.
     Na outra versão, aceito pelo judiciário, Lucas Terra teria sido abusado sexualmente por Silvio Galiza. O único condenado foi Galiza, pastor auxiliar na época, condenado a dezoito anos de prisão, reduzido para quinze, e já cumprido mais da metade da pena, portanto, em regime semiaberto.
     Ainda, segundo conta Galiza, há outro segurança conhecido por Luiz Cláudio, que teria participado do sumiço do corpo, que teria ajudado a carbonizá-lo num terreno baldio.
     De acordo com o laudo pericial, “Lucas Terra foi morto com requintes de crueldade, espancado, torturado e queimado vivo”.



     “Foto: - Fogueira nada santa: - Lucas Terra, obreiro assassinado dentro da Igreja Universal, em Salvador - BA.  Á direita, os envolvidos no assassinato: - Pastores Joel Miranda, Fernando Aparecido e Silvio Galiza. Abaixo local onde foi queimado o corpo. Foto de postagem nas redes sociais”.



     Atualmente Galiza está vindo a público revelar que sofreu ameaças de morte dos envolvidos quando descobriu o assassinato, por isso teria assumido a culpa.
     O pai da vítima conta que também sofreu ameaça de morte, mesmo após o assassinato de seu filho, caso não deixasse a imprensa e os holofotes.
     De acordo com o depoimento de Silvio Galiza, a Universal tentou camuflar o caso quanto pôde e transferiu os pastores envolvidos para outros estados.
     De acordo com informações divulgadas no jornal A Tarde, o advogado César Faria, que atua na defesa de Fernando e Joel, informou ter ingressado com um recurso especial no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por, segundo ele, haver contradições na denúncia oferecida pelo Ministério Público.
     "Não há cabimento em acusá-los, uma vez que a denúncia nunca soube dizer qual o motivo do crime. Em cinco depoimentos, Silvio Galiza apresentou versões diferentes para transferir sua responsabilidade", diz.
     "Vamos argüir a nulidade do processo, pois essas contradições não permitem a realização do júri".
     Os acusados aguardam em liberdade, segundo membros da instituição, um deles ainda estaria pregando e teria mudado de sobrenome, usando o da esposa. Esta informação não foi checada, mas por haver muitos membros afirmando isso, a reportagem preferiu incluir.
     De acordo com as últimas informações, o advogado Daniel Keller, que representa a família de Lucas, diz que o recurso levado ao STJ seria mais uma manobra da defesa para ganhar tempo, a fim de levar para a prescrição.
     O TJ - BA reformou a decisão por entender que há, de fato, fortes indícios sobre os acusados.
     O Ministério Público já apontou que é praticamente impossível Galiza ter cometido o crime sozinho.
     O promotor David Gallo, por sua vez, explica que o recurso em questão não tem poder para barrar o júri, por considerar apenas uma forma de manobrar e protelar o julgamento.
     Segundo afirma, a defesa está tentando levar o caso para prescrição, ou seja, mesmo que os pastores sejam culpados, se prescrever não cumprem a pena, por exceder o tempo entre o crime praticado e o julgamento.
     A Igreja Universal (IURD) e a Rede Record não se manifestam sobre o caso publicamente. Isso é um dos motivos que tem causado revolta de muitos ex-membros, que não tinham conhecimento do caso até virem à tona os vídeos de denúncias contra a igreja, de acordo com as postagens nas redes sociais.

      


IMUNIDADE TRIBUTÁRIA das IGREJAS.

    

     A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA rege a Imunidade Tributária das Igrejas em seu artigo 150, “que diz serem as igrejas e templos de qualquer culto, imunes a cobranças de impostos”.
     Mas não se deve confundir impostos com outras espécies tributárias, por exemplo, contribuições sociais sobre a folha de salários ou taxas.
     As imunidades abarcam impostos sobre a renda, patrimônio, circulação de mercadoria, dentre outros.
     Porém, uma das denúncias é que alguns pastores relataram a Natan Silva, é que não tinham seus depósitos referentes a Contribuições Sociais efetuados junto ao Instituto Nacional de Seguridade Nacional - INSS.
     Outra reclamação comum nos relatos é que os pastores não recebem nada ao deixar a instituição ou ser afastado dela.
     Como o Brasil é um Estado Laico, isto é, há independência de Estado e Igreja, pastores por lei não deveriam ter direitos trabalhistas, por não ser considerado o trabalho religioso nos moldes da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
     Mas este entendimento vem sendo modificado. Em decisão do Superior Tribunal de Justiça, um ex-pastor também oriundo da Igreja Universal, recebeu direitos trabalhistas como se fosse trabalhador comum.
     O entendimento, por unanimidade do STJ, foi no sentido de que se o pastor cumpria ordens (hierarquia), trabalhava todos os dias da semana (habitualidade) e precisava atingir metas de arrecadação (serviço remunerado mediante resultados financeiros), ou seja, cumpria os requisitos de uma empresa comum, então a instituição deveria ser descaracterizada como “igreja”, equivalendo-se a EMPRESA.
     A situação é questionadora na medida em que se a instituição perde o “status” de igreja, adquirindo o de EMPRESA, deveria então perder também a imunidade tributária, que é previsão constitucional a igrejas, não a EMPRESAS.  
     No que diz respeito à imunidade, o jurista e professor de Direito Tributário Ives Gandra Martins, no que se refere à imunidade tributária aplicável aos Templos de qualquer culto: - “Na imunidade não há nascimento da obrigação tributária, nem, por conseguinte, do crédito tributário, que tem a mesma natureza daquela”.
     “A vedação ao poder de tributar é absoluta, razão pela qual a imunidade só pode ser concedida pela Constituição”.
    “Por meio dela, a Lei Maior retira determinadas pessoas, relações ou situações do poder impositivo do Estado”.
     “Por essa razão, as imunidades tributárias são quase sempre interpretadas extensivamente, enquanto, por força do artigo 111 do Código Tributário Nacional”.
     A vedação ao poder de tributar é absoluta, razão pela qual a imunidade só pode ser concedida pela Constituição.  
     Mas o resultado da arrecadação deve ser integralmente usado na instituição, não podendo ser apropriado como fonte de lucro. A exemplo disso tem-se a Súmula 724 do Supremo Tribunal Federal, a respeito de renda com aluguéis de imóveis obtida por locação de igrejas.
     Em outras palavras, a imunidade tributária às igrejas faz sentido se todo o resultado da arrecadação, de acordo com a Constituição, for realocado na própria instituição, para manutenção das atividades eclesiásticas.
     O Ministério Público de São Paulo moveu ação contra a instituição em 2011.
     Nos autos consta denúncia de lavagem de dinheiro, desvio de finalidade com o produto da arrecadação, extorsão, fraudes, formação de quadrilha, dentre outros.
     Um avião da igreja também foi apreendido pela Receita Federal, atualmente está sendo leiloado por 13 milhões de reais, ainda sem arrematante.
     De acordo com Alfredo Paulo, esta prática de transitar com dinheiro em avião são antigos na instituição.
     Fazia-se muito com dinheiro vindo da África para Portugal, em malas dentro de jatinho particular.
     Alfredo Paulo conta, mostrando fotos, de um suposto apartamento de valor milionário adquirido com dinheiro da igreja, em região nobre na cidade de Cascais, em Portugal, onde atuou junto da cúpula alguns anos atrás.
     O apartamento teria sofrido incêndio, de acordo com seu depoimento e fotos no vídeo.
     Por outro lado, num dos vídeos no Youtube, um pastor da IURD, no Equador, em reunião “secreta” com pastores, diz claramente que a igreja não é obrigada a sustentar nenhum pastor.
     E que aquele que não está contente, arrisca em portunhol, que “la puerta de la cale es la serventia de la casa” (a porta da rua é a serventia da casa).
     Após as denúncias dos ex- bispos, outro suposto pastor também do Equador, em gravação divulgada por Alfredo Paulo, orienta seus fiéis a deletarem das redes sociais todos aqueles que não fazem parte do quadro de membros da igreja.
    Ainda adverte que se for descoberto que alguém mantém relação de amizade com ex-membros ou que não “estejam na mesma fé” (que não são da igreja) serão expulsos pela direção da IURD.
     Ainda que seja uma relação de amizade com familiar, como o próprio pai e mãe. (continua no próximo artigo).

      

     A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA, também continua.
      Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia ou a qualquer momento. Boa leitura, boa saúde, pensamentos positivos e BOM DIA.
     ARACAJU, capital do Estado de SERGIPE, localizado no BRASIL, Ex-PAÍS dos fumantes de CIGARROS e futuro “PAÍS dos MACONHEIROS”. Domingo, 06 de maio de 2018.




                  
Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.




     Fontes: (1) – INTERNET. (2) – Minissérie “DECADÊNCIA” (setembro de 1995) – Rede Globo. (3) – Wikipédia. (4) – Processo nº 0026583-66.2013.8.19.0000. (5) – Ata da 2ª Reunião – Palácio Tiradentes. (6) – Jornalista Shelbert Braz. (7) – OUTRAS FONTES.


jorge martins
Enviado por jorge martins em 06/05/2018


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