A LIBERDADE... O CONHECIMENTO... O TEMPO... A VIDA... “O IMPERADOR Dom Pedro II (1825 – 1891), foi deposto em 15 de novembro de 1889. Vieram os Presidentes da REPÚBLICA Federativa do BRASIL”... (2ª parte).


    
    

     Como escrevemos na 1ª parte, a chamada 3ª REPÚBLICA terminou no dia 31 de janeiro de 1946, quando, o ADVOGADO Cearense José Linhares passou o cargo de Presidente da REPÚBLICA para o MILITAR Mato-grossense Marechal Eurico Gaspar Dutra. Portanto, a 4ª REPÚBLICA teve início no dia 31 de janeiro de 1946.
     Todavia, os leitores merecem uma explicação mais detalhada para um fato ímpar na história do Brasil REPUBLICANO. Como o ADVOGADO Gaúcho Getúlio Dornelles Vargas, manteve-se no poder de 03 de novembro de 1930 até o dia 29 de novembro de 1945, ou seja, durante 15 anos e mais alguns dias?
     Getúlio Vargas, além de ADVOGADO era também proprietário rural, isto é, era ESTANCIEIRO (fazendeiro). Ele entendia a “alma” do camponês (zona rural). A favor dele ainda existiam mais TRÊS vantagens. Alguma experiência na área MILITAR, experiência na área de JORNALISMO e principalmente conhecimento de ECONOMIA.
     Getúlio Vargas nasceu em São Borja, no Rio Grande do Sul, no dia 19 de abril de 1883, filho do GENERAL Manuel do Nascimento Vargas e de Cândida Dornelles Vargas. Portanto o seu pai era um MILITAR de alta patente. Aos 15 anos, Getúlio alistou-se no VI Batalhão de Infantaria, estacionado em sua cidade, como SOLDADO raso. Um ano depois, já como segundo SARGENTO, recebeu autorização especial do MINISTÉRIO da GUERRA para se matricular na Escola Preparatória e Tática de Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, que abandonou em 1902, em consequência de desentendimentos com alguns colegas.  
     Mudou-se então para Porto Alegre e matriculou-se na FACULDADE de DIREITO, onde colou grau a 25 de dezembro de 1907. Militante do Movimento Castilhista foi um dos fundadores do jornal POLÍTICO “O Debate”, e redigiu EDITORIAIS em que apoiava o Partido REPUBLICANO.  
     Exerceu a ADVOCACIA, foi Promotor Público, foi eleito Deputado Estadual, e, logo depois, foi eleito Deputado Federal.
     Em 1926, durante o governo do ADVOGADO Mineiro Washington Luís, o ADVOGADO Gaúcho Getúlio Vargas assumiu a pasta da FAZENDA (hoje MINISTÉRIO da FAZENDA), que deixou em 1928, para se candidatar ao governo do Rio Grande do Sul. E foi eleito Presidente do Rio Grande do Sul*  
     O primeiro ato de Getúlio Vargas como Presidente da REPÚBLICA foi ANISTIAR todos os civis e MILITARES que tinham participado de movimentos revolucionários de 1922 até aquela data. Assim, ganhou a simpatia de muitos MILITARES.
     *Durante a 1ª REPÚBLICA ou REPÚBLICA velha quem era eleito para o GOVERNO de um ESTADO era chamado de PRESIDENTE do ESTADO. Após a revolução de 1930, todos ou quase todos os PRESIDENTES ESTADUAIS foram depostos, e, foram substituídos por INTERVENTORES FEDERAIS.
     **Os PREFEITOS MUNICIPAIS passaram a ser chamados de INTENDENTES MUNICIPAIS.
     *A partir da promulgação da Constituição de 1946 (a 4ª Constituição REPUBLICANA), os INTERVENTORES FEDERAIS passaram a ser chamados de GOVERNADORES ESTADUAIS.
     E, os INTENDENTES MUNICIPAIS voltaram a ser chamados de PREFEITOS MUNICIPAIS (e assim continua até os dias atuais).
     **Confesso que não estou muito seguro sobre as informações sobre PREFEITOS e INTENDENTES.  




Presidentes da 4ª REPÚBLICA (1946 – 1964).


  
    

     16º – Marechal Eurico Gaspar Dutra – Mato-grossense – MILITAR – 31 de janeiro de 1946 – 31 de janeiro de 1951.

     17º – Getúlio Dornelles Vargas – Gaúcho – ADVOGADO – 31 de janeiro de 1951 – 24 de agosto de 1954.  

     18º - Café Filho – Potiguar – ADVOGADO – 24 de agosto de 1954 – 08 de novembro de 1955.

     19º - Carlos Luz – Mineiro – ADVOGADO – 08 de novembro de 1955 – 11 de novembro de 1955.

     20º - Nereu Ramos – Catarinense – ADVOGADO – 11 de novembro de 1955 – 31 de janeiro de 1956.

     21º - Juscelino Kubitschek – Mineiro – MÉDICO – 31 de janeiro de 1956 – 31 de janeiro de 1961.

     22º - Jânio Quadros – Mato-grossense – ADVOGADO – 31 de janeiro de 1961 – 25 de agosto de 1961.

     23º - Ranieri Mazzilli – Paulista – ADVOGADO – 25 de agosto de 1961 – 08 de setembro de 1961.

     24º - João Goulart – Gaúcho – ADVOGADO – 08 de setembro de 1961 – 02 de abril de 1964.

    

    
    
     A chamada 4ª REPÚBLICA se estendeu do dia 31 de janeiro de 1946 até o dia 02 de abril de 1964. No dia 02 de abril de 1964 o Congresso Nacional considerou como vago o cargo de Presidente da REPÚBLICA.
     Oficialmente o ADVOGADO Paulista Ranieri Mazzilli, assume o cargo de 25º Presidente da REPÚBLICA, na condição de Governante Provisório, dando início à chamada 5ª REPÚBLICA. Tem início assim a 5ª REPÚBLICA, estando na Presidência um CIVIL.
     Só no dia 15 de abril de 1964 é que o MILITAR Marechal Castelo Branco ocuparia o cargo de 26º Presidente da REPÚBLICA, com a plena concordância do Congresso Nacional (portanto eleição indireta).
     Ou seja, o mesmo que aconteceu com o ADVOGADO Getúlio Vargas em 1934 (eleição indireta) e o mesmo que iria acontecer com o ADVOGADO Tancredo Neves e com o ADVOGADO José Sarney em 1985 (eleição indireta).
     Então, está muito mais parecido com um Golpe CIVIL, do que com um Golpe MILITAR. Que tal um Golpe Civil-Militar? Estamos de acordo? As leitoras e os leitores podem se manifestar à vontade.  

                          


Observações do escriba:

    
    
     1ª – Durante a 4ª REPÚBLICA (1946 – 1964), tivemos na Presidência um Potiguar (portanto um Presidente da região Nordeste), um Paulista e dois Mineiros (portanto três Presidentes da região Sudeste), dois Mato-grossenses (portando dois Presidentes da região Sudoeste), um Catarinense e dois Gaúchos (portanto três Presidentes da Região Sul). No total, tivemos: - 1 Potiguar + 1 Paulista + 2 Mineiros + 2 Mato-grossenses + 1 Catarinense + 2 Gaúchos = 9 Presidentes da REPÚBLICA.
    
     2ª – Durante a 4ª REPÚBLICA (1946 – 1964) tivemos na Presidência 1 MILITAR, 1 MÉDICO e 7 ADVOGADOS = 9
    
     Os leitores já devem ter percebido que eu estou mais interessado nas PROFISSÕES dos nossos Presidentes da REPÚBLICA. Quanto aos Estados e Regiões do País a curiosidade fica em segundo plano.
    


RESUMINDO:
    

    
     A - 1ª REPÚBLICA – três MILITARES e dez ADVOGADOS = 13 Presidentes.
    
     B – 2ª e 3ª REPÚBLICAS – dois ADVOGADOS = 2 Presidentes.
    
     C – 4ª REPÚBLICA – um MILITAR, um MÉDICO e sete ADVOGADOS = 9 Presidentes.      
    
     D - SOMATÓRIO – 4 MILITARES + 1 MÉDICO + 19 ADVOGADOS = 24 Presidentes.

    
    

     A partir da Proclamação da República (15 de novembro 1889) até o dia da deposição do ADVOGADO Gaúcho João Goulart (02 de abril de 1964), portanto durante 75 anos e quatro meses aproximadamente, o Brasil esteve sobre o comando de dezenove ADVOGADOS, quatro MILITARES e apenas um “ousado” MÉDICO. Relembrando que o ADVOGADO Gaúcho Getúlio Vargas foi Presidente durante a 2ª, a 3ª e a 4ª REPÚBLICAS.
    
    
     O(s) “estranho(s) no(s) ninho(s)” nessa história longa teria sido o MÉDICO? Ou os quatro MILITARES? Ou teriam sido os dezenove ADVOGADOS? E, como um MÉDICO Mineiro conseguiu se eleger Presidente da REPÚBLICA?  
     Relembrando ainda que, os três primeiros Presidentes MILITARES (dois Alagoanos e um Gaúcho) assumiram o Comando do GOVERNO BRASILEIRO no início do Brasil REPUBLICANO. E mais. O quarto MILITAR, ou seja, o Marechal Mato-grossense Eurico Gaspar Dutra, governou o País no início da 4ª REPÚBLICA. O seu Mandato foi um dos mais calmos do Brasil.
     Do ponto de vista social (bons costumes), mandou fechar todos os CASSINOS do Brasil. JOGOS de AZAR é mais viciante e é mais prejudicial do que CIGARROS e BEBIDAS ALCOÓLICAS. Ou não? A quem defenda que tal atividade PERNICIOSA e VICIANTE geram tantos empregos diretos e tantos empregos indiretos. Balela pura. Parece-me coisa de aproveitadores ou de demagogos. Ou não?
     Por outro lado, existem pessoas que não gostam da expressão “bons costumes”. Defecar na Rua da Direita ou na Rua da Esquerda por acaso é um “bom costume”? É? Se vocês acham que é um “bom costume”, então continuem com seu “bom costume”. A indústria de “vasos sanitários” vai ficar tiririca das galáxias com vocês. Mas...  
     Do ponto de vista político a pancada foi mais forte. Colocou na ilegalidade o Partido Comunista Brasileiro, o PCB, mais conhecido como PARTIDÃO. E, todos aqueles que foram eleitos em 1945 pelo PCB perderam os seus mandatos. Os “agentes de MOSCOU”, ou seja, os “vermelhinhos” ficaram roxos de raiva. Como naquela época não existia a “CUBA livre” de hoje, os que reclamassem muito poderiam ser deportados, não para a Alemanha Nazista, mas sim, para a SIBÉRIA Socialista do ditador POLÍTICO Russo STALIN (que fumava CIGARROS). Provavelmente iriam morrer de fome ou de frio por lá.
     “Ouvi dizer” que o Presidente MILITAR Marechal Dutra andava com a Constituição (de 1946), num dos bolsos de seu paletó. Quando algum adversário político ou algum JORNALISTA metido a intelectual fazia-lhe alguns questionamentos embaraçosos, ele sacava a Constituição e dizia: - Está escrito aqui no LIVRINHO... Fim de papo...          
     Mas, vamos voltar à história do MÉDICO Mineiro “ousado”, que ficaria famoso como JK.
      



O MÉDICO JUSCELINO KUBITSCHEK.


     Origem: - Wikipédia, a enciclopédia livre.

     Juscelino Kubitschek de Oliveira (Diamantina, Minas Gerais, 12 de setembro de 1902 — Resende, 22 de agosto de 1976 – 73 anos) foi um MÉDICO, oficial da Polícia MILITAR Mineira e político brasileiro que ocupou a Presidência da REPÚBLICA entre 1956 e 1961.
     JK concluiu o curso de humanidades do Seminário de Diamantina e em 1920 mudou-se para Belo Horizonte. Em 1927, formou-se em MEDICINA pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e em 1930 especializou-se em UROLOGIA em Paris.
     Em dezembro de 1931, casou-se com a Mineira Sarah Gomes de Sousa Lemos (Dona de Casa e depois Primeira-Dama do Estado e da REPÚBLICA), com quem teve a filha Márcia, em 1943, e adotou Maria Estela, em 1947.
     Em 1931, ingressou na Polícia MILITAR de Minas Gerais como MÉDICO. Neste período, atuou na Revolução Constitucionalista de 1932 e tornou-se amigo do político e ADVOGADO Mineiro Benedito Valadares que, ao ser nomeado INTERVENTOR FEDERAL em 1933, nomeou o MÉDICO Mineiro Juscelino como seu chefe de gabinete.
     Em 1933, foi eleito Deputado Federal, mas o seu mandato foi cassado em 1937 com o advento do golpe do Estado Novo. Com a perda do mandato, retornou à MEDICINA.
     Em 1940, foi nomeado Prefeito de Belo Horizonte pelo ADVOGADO Mineiro Benedito Valadares, permanecendo neste cargo até outubro de 1945.
    

    

     Observação do escriba: - Salvo engano da nossa parte, os INTERVENTORES FEDERAIS nomeavam os INTENDENTES MUNICIPAIS*,  ao invés do nome de PREFEITOS MUNICIPAIS.


    
     No final do mesmo ano (1945) foi eleito Deputado Constituinte pelo Partido Social Democrático (PSD).
     Em 1950, venceu o ADVOGADO Mineiro Bias Fortes nas prévias do PSD para a escolha do candidato do partido ao Governo de Minas Gerais nas eleições daquele ano.
     Na eleição geral, derrotou seu concunhado o ADVOGADO Mineiro Gabriel Passos e foi empossado governador em 31 de janeiro de 1951.
     Neste cargo, criou a Companhia Energética de Minas Gerais, e também priorizou as ESTRADAS e a industrialização.
     Em outubro de 1954, lançou sua candidatura à Presidência da REPÚBLICA para a eleição de 1955, sendo oficializada em fevereiro de 1955.
     O MÉDICO Mineiro JK apresentou um discurso desenvolvimentista e utilizou como slogan de campanha "50 anos em 5".  
     Em uma aliança formada por SEIS PARTIDOS, seu companheiro de chapa foi o ADVOGADO Gaúcho João Goulart. Em 03 de outubro, elegeu-se presidente com 35,6% dos votos, contra 30,2% do MILITAR Cearense Juarez Távora, da UDN.
     A oposição tentou anular a eleição com a alegação de que o MÉDICO Mineiro JK não havia obtido a maioria absoluta dos votos.
     No entanto, o MILITAR Mineiro Marechal Henrique Teixeira Lott desencadeou um Movimento Militar que garantiu a posse do MÉDICO Mineiro JK e do ADVOGADO Gaúcho Jango em 31 de janeiro de 1956.
     Na Presidência, foi o responsável pela construção de uma nova Capital Federal, Brasília, executando assim um antigo projeto para promover o desenvolvimento do interior e a integração do país.
     Durante todo o seu mandato, o país viveu um período de notável desenvolvimento econômico e relativa estabilidade política.
     No entanto, houve também um significativo aumento da DÍVIDA PÚBLICA INTERNA, da DÍVIDA EXTERNA, e, segundo alguns críticos, seu mandato terminou com crescimento da inflação, aumento da concentração de renda e arrocho salarial.
     Na época não havia reeleição, e, em 31 de janeiro de 1961 foi sucedido pelo ADVOGADO Mato-grossense Jânio Quadros, que foi eleito pela UDN.  
     Em 1961, o MÉDICO JK elegeu-se Senador da REPÚBLICA por Goiás, e passou a planejar a sua candidatura à Presidência que deveria acontecer em 1965.
     No entanto, com o golpe MILITAR de 1964, foi acusado pelos MILITARES de CORRUPÇÃO e de ser apoiado pelos COMUNISTAS e como consequência teve seu mandato cassado e seus direitos políticos suspensos.
     A partir de então passou a percorrer cidades dos Estados Unidos e da Europa, em um EXÍLIO VOLUNTÁRIO.
     Em março de 1967, voltou definitivamente ao Brasil e uniu-se ao ADVOGADO Fluminense Carlos Lacerda e ao ADVOGADO Gaúcho Goulart na articulação da Frente Ampla, em oposição à ditadura MILITAR. A Frente Ampla foi extinta pelos MILITARES um ano depois, levando o MÉDICO Mineiro JK à prisão por um curto período.  
     O MÉDICO Mineiro JK pretendia voltar à vida política depois de passados os dez anos da cassação de seus direitos políticos.
     Em outubro de 1975, concorreu, sem sucesso, a uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (ABL). Em 22 de agosto de 1976, morreu em um acidente AUTOMOBILÍSTICO.
     O MÉDICO Mineiro JK é visto nacionalmente como o Pai do Brasil Moderno e está entre os políticos cujo legado é mantido mais favoravelmente.




INÍCIO de VIDA.


     “Foto: - Residência de Juscelino dos três aos dezenove anos, localizada em Diamantina, na Rua São Francisco, número 241. Atualmente, é um Museu”.


     Juscelino Kubitschek de Oliveira nasceu em 12 de setembro de 1902 em Diamantina, num casarão colonial na Rua Direita. Seu pai, João César de Oliveira (1872-1905), foi CAIXEIRO-VIAJANTE e também exerceu várias outras profissões, de GARIMPEIRO até DELEGADO de POLÍCIA.
     Durante uma viagem de serviço, o CAIXEIRO-VIAJANTE João César de Oliveira contraiu um resfriado que se transformou em Pneumonia e deu origem a uma Tuberculose.
     Com medo de contaminar a família com a doença, o pai de JK decidiu ir morar em uma casa isolada, recebendo visitas de amigos e familiares.
     João César de Oliveira faleceu em 10 de janeiro de 1905. A única renda da família passou a ser a da mãe, a PROFESSORA Júlia Kubitschek (1873-1971), que era professora primária e possuía ascendência checa (seu sobrenome é uma germanização do original tcheco Kubícek).
     Viúva aos 32 anos de idade e poucos anos após ter se casado, em 1898, a PROFESSORA Júlia Kubitschek não quis se casar novamente, dedicando-se ao seu trabalho e aos dois filhos, Maria da Conceição, apelidada de Naná, nascida em 1901, e JK, o Nonô.
     A PROFESSORA Júlia Kubitschek havia perdido um bebê nos primeiros meses de vida, cujo nome era Eufrosina, nascida em 1900.
     O bisavô materno de Juscelino, Jan Nepomuk Kubícek, chegou ao Brasil por volta do ano de 1835, recebendo o apelido de João Alemão, provavelmente por ter chegado de uma região não independente na época, a Boêmia, que integrava o Império Austríaco (atualmente parte da República Checa), ou por ter cabelo ruivo e olhos azuis de acordo com as citações da época.
     Em 1840, o nome do João Nepomuk Kubitschek constou pela primeira vez em um censo populacional feito em Serro, Minas Gerais.
     Jan Nepomuk Kubícek teve três filhos, um deles Augusto Elias Kubitschek, COMERCIANTE de ARMARINHO e pai de Júlia. Outro filho de Jan, João Nepomuceno Kubitschek, foi POLÍTICO, tendo chegado a ocupar os cargos de Senador Estadual Constituinte e Vice-Governador de Minas Gerais entre 1894 e 1898.
     Quando menino, em uma brincadeira de esconde-esconde com um primo, Juscelino teria machucado o dedo mínimo do pé direito. Segundo o JORNALISTA e BIÓGRAFO Mineiro Roniwalter Jatobá, isto teria duas consequências para a vida de JK.
     A primeira seria uma característica física, pois não poderia mais fazer longas caminhadas e a pressão do sapato iria lhe trazer incômodo.
     A segunda seria de característica profissional, devido à dedicação do MÉDICO que lhe atendeu, que o influenciou a seguir carreira na MEDICINA.




EDUCAÇÃO e INÍCIO de CARREIRA.


     “Foto: - Juscelino na época de sua formatura em MEDICINA, em 1927”.


    

     Em 1914, Juscelino terminou o curso primário. Pagando uma mensalidade, foi estudar no seminário diocesano de Diamantina, dirigido por PADRES Lazaristas.
     No seminário, teve de usar batina como os demais, seguindo os estudos num regime severo, levantando às cinco horas da manhã e indo dormir às oito horas da noite.
     Nos estudos, ia razoavelmente bem, com exceção da disciplina de Aritmética na qual tinha dificuldades.
     Segundo o ADVOGADO Paulista Francisco de Assis Barbosa (também BIÓGRAFO e HISTORIADOR), Juscelino era um menino "como outro qualquer, incapaz de despertar inveja ou inimizades devido à sua condição econômica humilde e por seu temperamento brincalhão e avesso a discussões e intrigas." Como não conseguiria sair da cidade para ir estudar em Belo Horizonte por ser menor de idade, dedicou-se a estudar sozinho, conseguindo a ajuda de alguns professores.
     Teve cursos de língua inglesa com um PROFESSOR chamado José e língua francesa com a PROFESSORA Madame Louise.
     Em meio a dificuldades financeiras, conseguiu obter os exames preparatórios exigidos para o curso de MEDICINA.
     Em 1919, prestou em BH um concurso para TELEGRAFISTA na agência central da cidade. Para realizar o concurso exigia-se a idade mínima de dezoito anos, mas ele tinha apenas dezesseis anos incompletos.
     Para resolver este problema, conseguiu com o OFICIAL de REGISTRO de Diamantina uma Certidão Forjada que marcava como se tivesse nascido em 1900.
     Ficou em décimo nono lugar, sendo classificado. No final de 1920, mudou-se para a capital mineira. De início, sua mãe pagava os custos do filho na nova cidade, mas ele não morava em boas condições de conforto. Dois anos após o concurso, em maio de 1921, foi divulgada a sua nomeação para TELEGRAFISTA AUXILIAR.  
     Em janeiro de 1922, prestou o vestibular e matriculou-se na FACULDADE de MEDICINA da Universidade Federal de Minas Gerais.
     Em 1926, recebeu o diagnóstico de que estava com estertores no pulmão, tendo que ficar seis meses de cama. No quinto ano de MEDICINA, começou a trabalhar com o seu cunhado e amigo o MÉDICO Mineiro Júlio Soares como interno na enfermaria da CLÍNICA CIRÚRGICA da Santa Casa de Misericórdia.
     Juscelino gostava de dançar e, por isso, criou-se a fama de ser um "pé-de-valsa". Numa festa em 1926, conheceu a Mineira Sarah Gomes de Sousa Lemos (Dona de Casa e depois Primeira-Dama), de tradicional família Mineira e filha do POLÍTICO Mineiro Jaime Gomes de Sousa Lemos (Deputado Federal).  
     A partir de então começaram a namorar. Em 17 de dezembro de 1927, formou-se em MEDICINA, na mesma turma do MÉDICO Mineiro Pedro Nava.  
     Foi na cerimônia de colação de grau que a mãe dele conheceu Sarah. Após a formatura, deixou os Correios, passando a trabalhar em uma CLÍNICA CIRÚRGICA PARTICULAR, com o cunhado na Santa Casa e como assistente do MÉDICO e PROFESSOR Universitário Mineiro Baeta Viana em duas cadeiras, a da CLÍNICA CIRÚRGICA e FÍSICA MÉDICA.
     Além disso, foi nomeado como MÉDICO da Caixa Beneficente da Imprensa Oficial do Estado.  
     No final de abril de 1930, viajou de trem para o Rio de Janeiro, onde partiu para a França no navio Formose.

    



Observações do escriba:



     1ª – O escriba, no caso eu mesmo, nasci no pequeno Estado de Sergipe, na então pequena cidade de Aracaju no dia 23 de abril de 1950. Nasci então durante o Mandato Presidencial do MILITAR Mato-grossense Marechal Eurico Gaspar Dutra.
    
    
     2ª – Não vivenciei os Governos Presidenciais do ADVOGADO Gaúcho Getúlio Vargas (eleição direta), do ADVOGADO Potiguar Café Filho, do ADVOGADO Mineiro Carlos Luz, do ADVOGADO Catarinense Nereu Ramos, do MÉDICO Mineiro Juscelino Kubitschek de Oliveira, do ADVOGADO Mato-grossense Jânio Quadros, do ADVOGADO Gaúcho João Goulart e do ADVOGADO Paulista Ranieri Mazzilli, e, não me recordo de nada do chamado Golpe MILITAR de 1964. Hoje, reconheço que foi um Golpe CIVIL-MILITAR, porém, mais CIVIL do que MILITAR.

    
     3ª – Até onde eu sei meus avôs paternos e minhas avós maternas, nunca participaram de atividades políticas. Meu pai, minha mãe e meus tios e tias também nunca participaram da “política”. Nenhum dos meus irmãos e irmãs, bem como todos os meus primos e primas, sobrinhos e sobrinhas não se envolveram com “política”. Meus cinco filhos também nunca se envolveram em “política partidária”. Minha filha mais velha já tem 39 anos de idade. Apenas um tio da minha primeira esposa foi Prefeito da cidade de Riachuelo (eleição direta), cidade na qual eu trabalhei como MÉDICO. Nunca me interessei em saber como ele atuou como Prefeito Municipal. Minha primeira esposa nasceu na cidade de Riachuelo.

    
     4ª – Nunca li nenhum livro autobiográfico ou biográfico dos Presidentes Brasileiros. Já li vários livros sobre a política nacional de um modo geral. Baseado em tais leituras e de “ouvir dizer”, considero o ADVOGADO Gaúcho Getúlio Vargas o mais notável de todos os Presidentes do Brasil. E, percebam bem, não vivenciei a sua época. No próximo artigo daremos continuidade à trajetória do único MÉDICO Brasileiro que conseguiu ser Presidente do Brasil, e, já estamos no 130º ano de Brasil REPUBLICANO.  

    
     5ª – Depositei meu voto pela primeira vez no MÉDICO Sergipano João Gilvan Rocha (mais conhecido como Gilvan Rocha), que era do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), para o cargo de Senador da REPÚBLICA, em 1974 (em 1970 e 1971 eu morava em Brasília). Afinal o MÉDICO Gilvan Rocha foi meu PROFESSOR na cadeira de Fisiologia em 1973.

    
     6ª - Além disto, votei de uma maneira “Maria vai com as outras”, pois, a maioria dos estudantes de MEDICINA, em especial a mulherada, “idolatrava” o MÉDICO Gilvan Rocha. Fui na onda e não me arrependo. Afinal foi meu PROFESSOR, era competente, educado, era bom de oratória e era bom de pintura.

    
     7ª - A partir de então, nunca deixei de votar em todas as eleições, e, praticamente sei em quem eu votei em quase todos os cargos eletivos Nas próximas eleições (2020), já com 70 anos irei votar de novo. Esquerdistas e esquerdopatas não receberão o meu voto de maneira nenhuma. De CANALHAS, de LADRÕES e de PETRALHAS ando de saco cheio.      
        


    
     A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA, também continua.
      Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia ou a qualquer momento. Boa leitura, boa saúde, pensamentos positivos e BOM DIA.
     ARACAJU, capital do Estado de SERGIPE, localizado no BRASIL, Ex-PAÍS dos fumantes de CIGARROS e futuro “PAÍS dos supostos MACONHEIROS ESQUIZOFRÊNICOS”.

    

Aracaju, quinta-feira, 08 de agosto de 2019.




       Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.




    
     Fontes: (1) – INTERNET. (2) – Google. (3) – Wikipédia. (4) – Livro – Chatô – O Rei do Brasil – 1994. (5) – Almanaque Abril –Editora Abril - 1977. (6) – Memórias. (7) - Outras Fontes.